Conhecendo as áreas úmidas amazônicas: uma viagem pelas várzeas e igapós

• Autor(a) principal: Lopes, Aline
• Data de Publicação: 2015
• Outros Autores: Piedade, Maria Teresa Fernandez
• Tipo de documento: Livro
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional do INPA
• Texto Completo: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/4711
• topic: Várzea; Amazônia

Utilizando uma linguagem simples, este livro sintetiza o conhecimento atual sobre as áreas úmidas amazônicas e sua importância para o ciclo hidrológico e de carbono global. É destacada a grande diferença existente entre as várzeas e os igapós, seus diversos tipos de águas e áreas alagáveis associadas. A ecologia e fisiologia de plantas como as árvores, macrófitas aquáticas e epífitas são destacados. O potencial de uso dessas plantas também foi sintetizado, mostrando como os povos da Amazônia fazem uso das plantas para sua subsistência. A importância dos peixes para a sobrevivência dos povos ribeirinhos é discutida, como são também apresentados os diferentes tipos de pesca, comercial, de subsistência, esportiva e de peixes ornamentais. O turismo se utiliza da pesca, e também da observação de aves e mamíferos aquáticos, estes últimos envoltos em lendas regionais que podem tanto contribuir para a sua preservação, como trazer prejuízos às populações desses importantes animais. Como parte da exuberante biodiversidade das áreas úmidas foi dado destaque ainda aos artrópodes, formigas, abelhas, borboletas, aranhas e muitos outros pequenos animais que muitas vezes nos causam nojo, porém, esta é uma visão a ser mudada. Pouquíssimos artrópodes são vetores de doenças, e a grande maioria é de imensa importância para o equilíbrio do ecossistema, servindo de alimento para diversos animais e reciclando os nutrientes que trazem fertilidade ao ambiente. As ameaças às áreas úmidas amazônicas são muitas. Entre elas as mais preocupantes são o desmatamento para criação de gado, o plantio de grãos como a soja, o estabelecimento de usinas hidrelétricas e a exploração de gás e petróleo, que pode acarretar em acidentes ambientais. A contabilização de danos ambientais é necessária e pode ser feita, porém, o estabelecimento de atividades de reparação dos danos ambientais e a aplicação de multas dependem do conhecimento do sistema. Trabalhar em áreas úmidas como pesquisador ou como técnico é árduo, mas profundamente recompensador. Além do contato constante com a fantástica fauna, flora e paisagens desses ambientes, os rios, suas cores e mistérios são um presente extra. Ainda há muito para se estudar nas áreas úmidas amazônicas e este livro busca motivar, especialmente os jovens estudantes a se juntar a nós nessa aventura.