Análise epidemiologica espacial, temporal e suas relações com as variáveis ambientais sobre a incidência da malária no período de 2003 a 2009 em 4 municípios do estado do Amazonas, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Couto, Bruna Raquel Wolfarth
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional do INPA
Texto Completo: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12607
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4717208D5
Resumo: O objetivo deste trabalho consiste em realizar uma análise epidemiológica espacial, temporal e estatística sobre a incidência da malária em 4 municípios do estado do Amazonas: Coari, Codajás, Manacapuru e Manaus. O estudo busca a relação dos casos de malária com as variáveis ambientais, tais como: temperatura, precipitação, nível d água e repiquete com o intuito de identificar relações significativas de aumento ou diminuição dos casos de malária. Utilizou-se uma série de 7 anos (2003 a 2009) de dados para estudo. Aplicou-se em análise estatística a Correlação de Spearman para examinar a relação entre as variáveis ambientais e os casos de malária. Os resultados epidemiológicos da malária exibem uma distribuição de forma heterogênea entre os municípios e variam ao longo dos anos em maior e menor transmissão, inclusive em anos influenciados por eventos climáticos. Os municípios que apresentaram o maior risco de aquisição da malária foram Manacapuru e Coari, respectivamente. Observa-se o aumento das notificações de casos da doença no período da estação seca, principalmente a partir do mês de agosto, apresentando registros mais concentrados na época de estiagem da precipitação. Os picos sazonais da malária nos municípios de Coari, Codajás e Manacapuru apresentam-se numa média de 1 a 2 meses antes da temperatura máxima anual, e para Manaus numa média de 2 a 3 meses antes da temperatura máxima anual. O número de casos de malária exibem seus picos sazonais numa média de 1 a 2 meses após as cheias dos rios. Nos dados hidrológicos observa-se fenômenos hidrológicos conhecidos como repiquete. O tempo de duração total do repiquete pode variar de 9 à 56 dias. Existem repiquetes inferiores a 30 dias, igual ou acima de 30 dias e menores que 60 dias. Presumi-se que repiquetes com tempo de duração maior que 30 dias influenciem nos casos anômalos de malária. Supostamente só há ocorrência de picos anômalos de malária com variação de repiquete superior a 20 dias (tempo entre o máximo nível d água do repiquete até o mínimo nível d água do repiquete). O pico anômalo da malária apresenta-se, em média, de 1 a 1 mês e meio após o repiquete. Os resultados estatísticos apresentam uma correlação estatisticamente significativa entre os casos de malária e a temperatura, precipitação, nível d água. Correlações positivas entre a temperatura mensal e os casos de malária apresentaram p-valores entre 0,0008 à 0,05. Correlações negativas entre a precipitação e os casos de malária apresentaram p-valores entre <0,0001 a 0,05. Correlações positivas entre o nível d água e os casos de malária apresentaram p-valores entre 0,0003 a 0,04. De todas as variáveis estudadas a temperatura parece ser a mais fraca influência sobre a malária, e a precipitação o fator mais importante, principalmente para o município de Coari. O nível d água também tem influência importante sobre os casos de malária como evidenciado em Manacapuru. Cada município tem sua particularidade e preferência quanto relação entre às variáveis ambientais e a malária, como foi observado para Coari e Manacapuru. Ações de controle da malária tem que ser diferenciada e modelada conforme a exigência de cada município endêmico.
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Os resultados epidemiológicos da malária exibem uma distribuição de forma heterogênea entre os municípios e variam ao longo dos anos em maior e menor transmissão, inclusive em anos influenciados por eventos climáticos. Os municípios que apresentaram o maior risco de aquisição da malária foram Manacapuru e Coari, respectivamente. Observa-se o aumento das notificações de casos da doença no período da estação seca, principalmente a partir do mês de agosto, apresentando registros mais concentrados na época de estiagem da precipitação. Os picos sazonais da malária nos municípios de Coari, Codajás e Manacapuru apresentam-se numa média de 1 a 2 meses antes da temperatura máxima anual, e para Manaus numa média de 2 a 3 meses antes da temperatura máxima anual. O número de casos de malária exibem seus picos sazonais numa média de 1 a 2 meses após as cheias dos rios. Nos dados hidrológicos observa-se fenômenos hidrológicos conhecidos como repiquete. O tempo de duração total do repiquete pode variar de 9 à 56 dias. Existem repiquetes inferiores a 30 dias, igual ou acima de 30 dias e menores que 60 dias. Presumi-se que repiquetes com tempo de duração maior que 30 dias influenciem nos casos anômalos de malária. Supostamente só há ocorrência de picos anômalos de malária com variação de repiquete superior a 20 dias (tempo entre o máximo nível d água do repiquete até o mínimo nível d água do repiquete). O pico anômalo da malária apresenta-se, em média, de 1 a 1 mês e meio após o repiquete. Os resultados estatísticos apresentam uma correlação estatisticamente significativa entre os casos de malária e a temperatura, precipitação, nível d água. Correlações positivas entre a temperatura mensal e os casos de malária apresentaram p-valores entre 0,0008 à 0,05. Correlações negativas entre a precipitação e os casos de malária apresentaram p-valores entre <0,0001 a 0,05. Correlações positivas entre o nível d água e os casos de malária apresentaram p-valores entre 0,0003 a 0,04. De todas as variáveis estudadas a temperatura parece ser a mais fraca influência sobre a malária, e a precipitação o fator mais importante, principalmente para o município de Coari. O nível d água também tem influência importante sobre os casos de malária como evidenciado em Manacapuru. Cada município tem sua particularidade e preferência quanto relação entre às variáveis ambientais e a malária, como foi observado para Coari e Manacapuru. Ações de controle da malária tem que ser diferenciada e modelada conforme a exigência de cada município endêmico.The objective this work to conduct an epidemiological analysis of spatial, temporal and statistics on the incidence of malaria in four municipalities of Amazonas state: Coari Codajás, Manacapuru and Manaus. The study focuses on the relationship of malaria with environmental variables such as temperature, rainfall, water level and repiquete in order to identify significant relationships to increase or decrease in malaria cases.We used a series of seven years (2003-2009) of data for study. Applied in statistical analysis Spearman correlation to examine the relationship between environmental variables and malaria cases. Epidemiological evidence of malaria exhibit a heterogeneous distribution among municipalities and vary over the years into high and low transmission, even in years influenced by weather events. The municipalities that had higher risk of acquiring malaria were Manacapuru and Coari, respectively. Was observe an increased reporting of cases of disease during the dry season, mainly from the month of august, with records concentrated in the dry season rainfall. Seasonal peaks of malaria in the municipality of Coari, Codajás Manacapuru presents a average of 1 to 2 months before the annual maximum temperature, and Manaus to an average of 2 to 3 months before the annual maximum temperature. The number of malaria cases display their seasonal peaks in an average of 1 to 2 months after the floods of rivers. In hydrological data is observed hydrologic phenomena known as repiquete. The total duration of repiquete can vary from 9 to 56 days. There repiquetes less than 30 days, equal or more than 30 days and less than 60 days. Assumed that repiquetes with duration greater than 30 days bearing in anomalous cases of malaria. Supposedly there's only occurrence of anomalous peaks from malaria ranging repiquete more than 20 days (time between maximum level repiquete to the minimum level of repiquete). The anomalous peak of malaria is presented, on average, 1 to 1,5 months after the repiquete. The statistical results show a statistically significant correlation between malaria cases and the temperature, rainfall, water level. Positive correlations between the monthly temperature and malaria cases with p values between 0.0008 to 0.05. Negative correlations between rainfall and malaria cases with p values between <0.0001 to 0.05. Positive correlations between water level and malaria cases with p values between 0.0003 to 0.04. Of all the variables studied, the temperature seems to be the weakest influence on malaria, and precipitation the most important factor, especially for the municipality of Coari. The water level also has important influence on the cases of malaria as evidenced in Manacapuru. Each municipality has its particularity and preference as to the relationship between environmental variables and malaria, as observed for Coari and Manacapuru. Actions to control malaria should be differentiated and shaped according to the requirement of each endemic municipality.porInstituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPAClima e Ambiente - CLIAMBAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessMaláriaVariáveis ambientaisHidrologiaRepiqueteAnálise epidemiologica espacial, temporal e suas relações com as variáveis ambientais sobre a incidência da malária no período de 2003 a 2009 em 4 municípios do estado do Amazonas, Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional do INPAinstname:Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)instacron:INPAORIGINALBruna Couto.pdfBruna Couto.pdfapplication/pdf8778543https://repositorio.inpa.gov.br/bitstream/1/12607/1/Bruna%20Couto.pdf46fbaa3869af677a1ea1c15cf293fa8aMD511/126072020-03-06 13:57:51.159oai:repositorio:1/12607Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.inpa.gov.br/oai/requestopendoar:2020-03-06T17:57:51Repositório Institucional do INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)false
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