Bactérias celulolíticas e o uso de resíduo de maracujá (Passiflora edulis) em rações extrusadas para juvenis de tambaqui (Colossoma macropomum)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Wegbecher, Fabio Xavier
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional do INPA
Texto Completo: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11446
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798719Y0
Resumo: O cultivo de tambaqui é uma atividade econômica em fase de expansão na Região Amazônica. Entretanto, os elevados gastos com alimentação retardam o crescimento da atividade, levando o produtor a utilizar rações não adequadas às necessidades nutricionais da espécie. Por tanto, são necessárias pesquisas acerca da utilização de vegetais em rações para tambaqui. No presente trabalho, dividido em três fases, foi utilizada a torta da semente de maracujá (TSM) como alimento alternativo, considerando a constituição de seus componentes fibrosos e a possibilidade de degradação deles por bactéria produtora de enzimas fibrolíticas. Na primeira fase, peixes foram coletados de rio e de tanques, a fim de constatar a presença de bactérias produtoras de celulases e quantificar as celulases e xilanases; na segunda fase, foi testada a inclusão crescente de TSM na digestibilidade de rações para peixes juvenis (0, 10, 20 e 30% de TSM); na terceira fase, utilizou-se a ração TSM 30% como substrato para a inoculação, em densidades crescentes, de uma linhagem bacteriana produtora de celulases e xilanase, que foi fornecida para juvenis de tambaqui, avaliando-se a digestibilidade, variáveis de desempenho produtivo e composição corporal. Os resultados da primeira fase demonstraram que tambaquis apresentam bactérias produtoras de celulases em seus intestinos e que a linhagem TR9 produziu maiores valores das celulases endo-b-glucanase, exo-b-glucanase e xilanase. Os resultados da segunda fase demonstraram que a inclusão de TSM a 10% não afetou a digestibilidade da ração, e que os demais níveis de inclusão mostraram a potencialidade da TSM como ingrediente alternativo. Os resultados da terceira fase demonstraram que a linhagem bacteriana TR9 utilizada não influenciou na digestibilidade, desempenho zootécnico e composição corporal dos peixes.
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