Variação mensal e infecção natural em Lutzomyia umbratilis Ward & Fraiha, 1977, Lutzomyia anduzei Rozeboom, 1942, Lutzomyia flaviscutellata Mangabeira, 1942 e Lutzomyia olmeca nociva Young & Arias, 1982 (Diptera: Psychodidae) e por tripanosomatídeos (Kinetoplastida: Trypanosomatidae) em área de treinamento militar na Amazônia, AM, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gomes, Luís Henrique Monteiro
Data de Publicação: 2003
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional do INPA
Texto Completo: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12552
Resumo: Este estudo foi realizado durante o período de março de 2002 a fevereiro de 2003 em área de reserva militar localizada entre os quilômetros 54 e 70 da Rodovia AM-010 no Amazonas. Nesta reserva situam-se 5 bases de treinamento militares (BIBR, B11, BI2, BI3 e B14) e casos de leishmaniose tegumentar tem sido notificados. Informações quanto às espécies vetoras e parasitos circulantes nesta área, até então, eram desconhecidos. Os objetivos deste estudo foram: i) verificar a variação mensal de Lutzomyia umbratilis, L. anduzei, L. fIaviscutellata e L. olmeca nociva, incriminadas na transmissão de leishmaniose tegumentar no Amazonas, além de suas distribuições nas bases de treinamento existentes na reserva militar e ii) avaliar a taxa de infecção natural por tripanosomatídeos em flebótomos nestas bases militares. Para captura e coleta dos flebótomos foram utilizadas armadilhas luminosas do tipo COC, aspiração em base de árvore e isca animal. Os resultados obtidos na reserva revelaram um total de 11.583 flebótomos capturados, distribuídos em 58 espécies, onde as quatro espécies vetoras estudadas somaram 6.182 (53,3%), sendo L. umbratilis a mais abundante (4,293/69,4%), seguida de L. anduzei (890/14,4%), L. olmaca nociva (668/10,8%) e L. fIaviscutellata (331/5,4%) indivíduos coletados. Lutzomyia fIaviscutellata foi a única espécie coletada em todos meses de estudo. A base BI1 apresentou maior número e diversidade de flebótomos capturados em armadilha luminosa (2.573/47,6%), seguida da base BIBR (1.496/27,6%), BI2 (899/16,6%), BI3 (366/6,8%) e BI4 (73/1,4%). A variação mensal das quatro espécies vetoras não se mostrou regular na área de treinamento em relação ao regime pluviométrico da região, apresentando picos populacionais com a redução do período de chuvas. Das 821 fêmeas dissecadas, 15 (1,96%) apresentaram infecção natural por tripanosomatídeos, envolvendo apenas a espécie L. umbratilis, encontrada naturalmente infectada nas bases BI1 e BIBR, no entanto, não obtivemos sucesso no isolamento dos flagelados, ocasionado pela contaminação do material de cultura manuseado em campo. Sugerimos uma investigação epidemiológica na detecção da taxa de infecção natural em flebótomos através dos métodos tradicionais de dissecção ancorados no uso de ensaios moleculares (PCR) em todas as bases de treinamento.
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