Regeneração de espécies arbóreas em clareiras antropizadas na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá- RDSM, Amazônia Central
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional do INPA |
Texto Completo: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12820 http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703220T0 |
Resumo: | Dentre os estudos realizados sobre clareiras em regiões tropicais, muito poucos analisam os padrões de regeneração em clareiras antropizadas nas florestas inundáveis da Amazônia, especialmente nas várzeas, as zonas rurais mais populosas da região. Este estudo, realizado no Setor Jarauá da RDSM, Amazônia Central, Brasil, objetivou comparar os padrões de regeneração florestal na várzea quando a floresta é submetida às atividades agrícolas e extrativistas, em comparação à regeneração natural do sub-bosque florestal intacto. Foram amostradas vinte clareiras de origem agrícola, dezessete originadas da prática de extrativismo madeireiro e dezessete no sub-bosque florestal, de várzea alta (submetidas a períodos de inundação de até 3 m), totalizando 54 amostras. Em cada uma das clareiras foi estabelecida uma parcela circular de 5 m de raio, sendo inventariados todos os indivíduos acima de 1 m de altura e < 10 cm de DAP (diâmetro à altura do peito). As espécies presentes, tanto em clareiras de origem agrícola (CA) e de origem extrativista (CE), quanto em sub-bosque (SB) foram determinadas, classificadas quanto ao Índice de Valor de Importância (IVI), diversidade e similaridade. Com base em modelos alométricos considerando altura, DAP e as densidades da madeira obtidas na literatura, a biomassa das diferentes clareiras foi calculada. Foi amostrado um total de 1976 indivíduos, pertencentes a 42 famílias e 177 espécies, sendo 436 indivíduos em clareiras agrícolas em uma área amostral de 1570,80 m2, 885 indivíduos em clareiras extrativistas e 655 indivíduos no sub-bosque em áreas amostrais de 1335,18 m2. O DAP e a altura dos indivíduos diferiram entre os tipos de vegetação CA, CE e SB. O coeficiente de correlação (r2) nas clareiras agrícolas foi 72% para 436 indivíduos, nas clareiras extrativistas (70%) para 855 indivíduos e no sub-bosque preservado (76%) para 655 indivíduos. Considerando a média dos valores para cada tipo de vegetação, foi observado que a biomassa foi maior na CA>SB>CE. Em contraste com as clareiras agrícolas, clareiras extrativistas e áreas de subbosque contínuo apresentaram maior similaridade florística, assim como maior diversidade de espécies regenerantes, indicando que a atividade agrícola exerce um maior impacto sobre a floresta e sua regeneração. |
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Andrade, Teresinha Maria deSchongart, JochenPiedade, Maria Teresa Fernandez2020-02-18T19:44:59Z2020-02-18T19:44:59Z2012-06-21https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12820http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703220T0Dentre os estudos realizados sobre clareiras em regiões tropicais, muito poucos analisam os padrões de regeneração em clareiras antropizadas nas florestas inundáveis da Amazônia, especialmente nas várzeas, as zonas rurais mais populosas da região. Este estudo, realizado no Setor Jarauá da RDSM, Amazônia Central, Brasil, objetivou comparar os padrões de regeneração florestal na várzea quando a floresta é submetida às atividades agrícolas e extrativistas, em comparação à regeneração natural do sub-bosque florestal intacto. Foram amostradas vinte clareiras de origem agrícola, dezessete originadas da prática de extrativismo madeireiro e dezessete no sub-bosque florestal, de várzea alta (submetidas a períodos de inundação de até 3 m), totalizando 54 amostras. Em cada uma das clareiras foi estabelecida uma parcela circular de 5 m de raio, sendo inventariados todos os indivíduos acima de 1 m de altura e < 10 cm de DAP (diâmetro à altura do peito). As espécies presentes, tanto em clareiras de origem agrícola (CA) e de origem extrativista (CE), quanto em sub-bosque (SB) foram determinadas, classificadas quanto ao Índice de Valor de Importância (IVI), diversidade e similaridade. Com base em modelos alométricos considerando altura, DAP e as densidades da madeira obtidas na literatura, a biomassa das diferentes clareiras foi calculada. Foi amostrado um total de 1976 indivíduos, pertencentes a 42 famílias e 177 espécies, sendo 436 indivíduos em clareiras agrícolas em uma área amostral de 1570,80 m2, 885 indivíduos em clareiras extrativistas e 655 indivíduos no sub-bosque em áreas amostrais de 1335,18 m2. O DAP e a altura dos indivíduos diferiram entre os tipos de vegetação CA, CE e SB. O coeficiente de correlação (r2) nas clareiras agrícolas foi 72% para 436 indivíduos, nas clareiras extrativistas (70%) para 855 indivíduos e no sub-bosque preservado (76%) para 655 indivíduos. Considerando a média dos valores para cada tipo de vegetação, foi observado que a biomassa foi maior na CA>SB>CE. Em contraste com as clareiras agrícolas, clareiras extrativistas e áreas de subbosque contínuo apresentaram maior similaridade florística, assim como maior diversidade de espécies regenerantes, indicando que a atividade agrícola exerce um maior impacto sobre a floresta e sua regeneração.Among the studies done about canopy gaps in tropical regions, very few analyze the patterns of regeneration in anthropic canopy gaps in the Amazon flooded forests, especially on the várzeas, the most populated rural areas of the region. This study aimed to compare the patterns of forest regeneration in the várzea after agricultural and selective logging activities, compared to natural regeneration of the intact stands. Twenty gaps originating from agricultural activities and seventeen originating from selective logging were analysed and compared to seventeen gaps in the understory forest of so-called high várzea forests (subjected to flooding by a water column of up to 3 m), located in the sector of Jarauá RDSM, Central Amazonia, Brazil. In each gap a circular plot with 5 m radius was established, and all individuals above 1 m height up to <10 cm DBH (diameter at breast height) were inventoried. The species present in gaps of agricultural origin (CA), selective logging (CE), and in the continuous canopy (SB) were determined and ranked according to the Importance Value Index (IVI). Furthermore basal area, species richness and strucutral parameters such as diameter distribution of the gaps were analysed and the floristic composition compared. Based on allometric models considering DBH, height and wood densities obtained from literature biomass of the different gaps was estimated. Was sampled a total of 1976 individuals belonging to 42 families and 177 species, 436 individuals in agricultural gaps (1570.80 m2), 885 individuals in selective logging gaps (1335.18 m2) and 655 individuals in the continuous canopy (1335, 18 m2). DBH and height of individuals differed among vegetation types CA, CE and SB. The correlation coefficient (r2) in gaps of agriculture was 72% to 436 individuals, 70% in gaps of selective logging to 855 individuals and 76% to 655 individuals in continuous canopy. Considering the average values for each vegetation type, it was observed that the biomass was higher in CA> SB> EC. In contrast to the gaps of agricultural origin, selective logging and continuous canopy gaps had a higher floristic similarity, as well as a higher diversity of regenerating species, indicating that agricultural activity has a greater impact on the forest s regeneration.porInstituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPABotânicaAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessVárzea amazônicaExtrativismo madeireiroAgricultura de subsistênciaRegeneração de espécies arbóreasRegeneração de espécies arbóreas em clareiras antropizadas na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá- RDSM, Amazônia Centralinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional do INPAinstname:Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)instacron:INPAORIGINALTese_Teresinha_Andrade.pdfTese_Teresinha_Andrade.pdfapplication/pdf1976158https://repositorio.inpa.gov.br/bitstream/1/12820/1/Tese_Teresinha_Andrade.pdfdad8beb1470d72cb538d007299319ff2MD511/128202020-03-03 12:43:38.795oai:repositorio:1/12820Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.inpa.gov.br/oai/requestopendoar:2020-03-03T16:43:38Repositório Institucional do INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)false |
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Dentre os estudos realizados sobre clareiras em regiões tropicais, muito poucos analisam os padrões de regeneração em clareiras antropizadas nas florestas inundáveis da Amazônia, especialmente nas várzeas, as zonas rurais mais populosas da região. Este estudo, realizado no Setor Jarauá da RDSM, Amazônia Central, Brasil, objetivou comparar os padrões de regeneração florestal na várzea quando a floresta é submetida às atividades agrícolas e extrativistas, em comparação à regeneração natural do sub-bosque florestal intacto. Foram amostradas vinte clareiras de origem agrícola, dezessete originadas da prática de extrativismo madeireiro e dezessete no sub-bosque florestal, de várzea alta (submetidas a períodos de inundação de até 3 m), totalizando 54 amostras. Em cada uma das clareiras foi estabelecida uma parcela circular de 5 m de raio, sendo inventariados todos os indivíduos acima de 1 m de altura e < 10 cm de DAP (diâmetro à altura do peito). As espécies presentes, tanto em clareiras de origem agrícola (CA) e de origem extrativista (CE), quanto em sub-bosque (SB) foram determinadas, classificadas quanto ao Índice de Valor de Importância (IVI), diversidade e similaridade. Com base em modelos alométricos considerando altura, DAP e as densidades da madeira obtidas na literatura, a biomassa das diferentes clareiras foi calculada. Foi amostrado um total de 1976 indivíduos, pertencentes a 42 famílias e 177 espécies, sendo 436 indivíduos em clareiras agrícolas em uma área amostral de 1570,80 m2, 885 indivíduos em clareiras extrativistas e 655 indivíduos no sub-bosque em áreas amostrais de 1335,18 m2. O DAP e a altura dos indivíduos diferiram entre os tipos de vegetação CA, CE e SB. O coeficiente de correlação (r2) nas clareiras agrícolas foi 72% para 436 indivíduos, nas clareiras extrativistas (70%) para 855 indivíduos e no sub-bosque preservado (76%) para 655 indivíduos. Considerando a média dos valores para cada tipo de vegetação, foi observado que a biomassa foi maior na CA>SB>CE. Em contraste com as clareiras agrícolas, clareiras extrativistas e áreas de subbosque contínuo apresentaram maior similaridade florística, assim como maior diversidade de espécies regenerantes, indicando que a atividade agrícola exerce um maior impacto sobre a floresta e sua regeneração. |
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