Dinâmica e estrutura de espécies arbóreas após a exploração madeireira na floresta nacional do Tapajós

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gouveia, Débora Monteiro
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional do INPA
Texto Completo: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5031
http://lattes.cnpq.br/8786730588119854
Resumo: Considerando que as florestas são sistemas biológicos dinâmicos que estão em contínua mudança é necessário entender a floresta e seu papel no funcionamento do ecossistema na busca de uma melhor estratégia tanto para sua conservação como para o aproveitamento de seus recursos florestais. Diante disso, este trabalho teve o objetivo de avaliar a dinâmica e a estrutura de uma floresta explorada sob diferentes intensidades de corte a 31 anos, na Amazônia oriental e com as informações, fazer uma estimativa para o próximo ciclo de corte. O experimento se localiza na Floresta Nacional do Tapajós, município de Belterra, km 67 da Rodovia Santarém-Cuiabá, estado do Pará. Foram testados os seguintes tratamentos: T0 - controle, representado pela floresta não explorada; T1 - corte de árvores comerciais com DAP ≥ 45 cm; T2 - corte de árvores comerciais DAP ≥ 55 cm. Em cada tratamento foram instaladas 18 parcelas permanentes de 0,25 hectares, sendo observadas todas as árvores com DAP maior ou igual a 5 cm. A exploração de madeira ocorreu em 1979. O primeiro monitoramento foi realizado em 1981 e o último em 2012. Para os tratamentos explorados houve aumento no número de espécies. As taxas de recrutamento foram maiores que as taxas de mortalidades em T1 e T2, variaram de 3,30% a 3,78% para recrutamento e 2,60% a 2,94% para a mortalidade respectivamente. A área basal e o volume apresentaram crescimento progressivo. Ao final do monitoramento a área basal para T0, T1 e T2 foi de 27.5, 30.0, e 28.6 m².ha-1 e para o volume foi de 225.6, 267.3, 258.8 m³.ha-1 respectivamente. O incremento médio em volume de todas as espécies para T1 e T2 foi de 7.76 ± 1.33 m³.ha-1.ano-1 e 8.58 ±1.32 m³.ha-1.ano-1 (IC 95%), e para as espécies comerciais foi de 3.22 ± 0,60 m³.ha-1.ano-1 e 3.36 ± 0,47 m³.ha-1.ano-1 (IC 95%), respectivamente. A intensidade da exploração não foi satisfatória para manter após 31 anos a composição florística original da floresta. Por outro aspecto, a exploração proporcionou a recomposição dos indivíduos e favoreceu o crescimento dos indivíduos remanescentes. Conforme o crescimento e o volume da floresta, o manejo experimental de 1979 não foi sustentável, porém sua atual estrutura possibilita um segundo ciclo de corte.
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Foram testados os seguintes tratamentos: T0 - controle, representado pela floresta não explorada; T1 - corte de árvores comerciais com DAP ≥ 45 cm; T2 - corte de árvores comerciais DAP ≥ 55 cm. Em cada tratamento foram instaladas 18 parcelas permanentes de 0,25 hectares, sendo observadas todas as árvores com DAP maior ou igual a 5 cm. A exploração de madeira ocorreu em 1979. O primeiro monitoramento foi realizado em 1981 e o último em 2012. Para os tratamentos explorados houve aumento no número de espécies. As taxas de recrutamento foram maiores que as taxas de mortalidades em T1 e T2, variaram de 3,30% a 3,78% para recrutamento e 2,60% a 2,94% para a mortalidade respectivamente. A área basal e o volume apresentaram crescimento progressivo. Ao final do monitoramento a área basal para T0, T1 e T2 foi de 27.5, 30.0, e 28.6 m².ha-1 e para o volume foi de 225.6, 267.3, 258.8 m³.ha-1 respectivamente. O incremento médio em volume de todas as espécies para T1 e T2 foi de 7.76 ± 1.33 m³.ha-1.ano-1 e 8.58 ±1.32 m³.ha-1.ano-1 (IC 95%), e para as espécies comerciais foi de 3.22 ± 0,60 m³.ha-1.ano-1 e 3.36 ± 0,47 m³.ha-1.ano-1 (IC 95%), respectivamente. A intensidade da exploração não foi satisfatória para manter após 31 anos a composição florística original da floresta. Por outro aspecto, a exploração proporcionou a recomposição dos indivíduos e favoreceu o crescimento dos indivíduos remanescentes. Conforme o crescimento e o volume da floresta, o manejo experimental de 1979 não foi sustentável, porém sua atual estrutura possibilita um segundo ciclo de corte.Whereas forests are dynamic biological systems that are in continuous change is necessary to understand the forest and its role in ecosystem functioning in search of a better strategy both for conservation and for the use of their forest resources. Thus, this study aimed to evaluate the dynamics and structure of a forest operated under different cutting intensities to 31 years in eastern Amazonia, estimate for the next cutting cycle. The experiment is located in the Tapajós National Forest, the city of Belterra, along of 67 km of Highway Santarém-Cuiabá, state of Pará. The following treatments were tested: T0 - control, represented by the undisturbed forest; T1 - cutting commercial trees with dbh ≥ 45 cm; T2 - cutting commercial trees dbh ≥ 55 cm. In each treatment were installed 18 permanent plots of 0.25 hectares and observed all trees with DBH greater than or equal to 5 cm. The logging occurred in 1979. The first monitoring was conducted in 1981 and the last in 2012. For treatments analyzed except for the control, the number of species has increased. Recruitment rates were higher than mortality rates in treatments explored ranging from 3.30% to 3.78% for the recruitment and 2.60% to 2.94% mortality, respectively T1 and T2. The basal area and volume showed progressive growth. At the end of monitoring the basal areas found were 27.5, 30, 28.6 and m².ha-1 and volume were 225.6, 267.3, 258.8 m³.ha-1, to respectively T0, T1 and T2. The average increase in volume of all species were 7.76 ± 1,33 m³.ha-1.yr-1 and 8.58 ± 1,32 m³.ha-1.yr-1 (IC 95%), and commercial species were 3.22 ± 0.60 m³.ha-1.yr-1 and 3.36 ± 0.47 m³.ha-1.yr-1 (IC 95%), respectively to T1 and T2. The intensity of the treatments was not satisfactory to keep the original floristic composition of the forest. On the other aspect, the operation provided the recovery of individuals and favored the growth of the remaining individuals. Growth and volume of the 1979 experimental forest management were not sustainable, but the present forest structure suggests that a second cutting cycle.porInstituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPACiências de Florestas Tropicais - CFTAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessManejo florestalExploração madeireiraCiclo de corteDinâmica e estrutura de espécies arbóreas após a exploração madeireira na floresta nacional do Tapajósinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional do INPAinstname:Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)instacron:INPAORIGINALDebora_Gouveia.pdfDebora_Gouveia.pdfapplication/pdf2772355https://repositorio.inpa.gov.br/bitstream/1/5031/1/Debora_Gouveia.pdf2388098ffc95c3faa3951329750c2e70MD511/50312020-01-21 09:42:24.755oai:repositorio:1/5031Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.inpa.gov.br/oai/requestopendoar:2020-01-21T13:42:24Repositório Institucional do INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)false
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