Influência dos resíduos vegetais de exploração florestal nos estoques de carbono e nutrientes em Latossolos Amarelos das clareiras formadas por exploração florestal, Itacoatiara (AM)
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional do INPA |
Texto Completo: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5011 http://lattes.cnpq.br/4157446704447997 |
Resumo: | Tradicionalmente, os resíduos de exploração florestal, como, por exemplo, copas das árvores exploradas no manejo florestal, são deixados no próprio local de abate. Entretanto, esses resíduos tem despertado interesse de empresas florestais para geração de energia. Porém, a retirada dos resíduos de exploração florestal representa uma exportação adicional de nutrientes àquela relativa aos troncos comerciais. Assim, o objetivo deste estudo é avaliar a influência do acúmulo de resíduos florestais e da retirada dos galhos grossos, após um ano e meio da exploração florestal, nas propriedades físicas equímicas dos solos das clareiras formadas por árvores exploradas comercialmente no município de Itacoatiara, AM. A área de estudo é a U.P.A. ITP23, nas Fazendas Itapiranga II e III, pertencentes a Precious Woods Amazon Ltda. Cinco amostras de solos compostas foram coletadas nas profundidades 0-5, 5-10, 10-20, 20-30, 30-40, 40-100 e 100-150 cm em cada tratamento (FLOR – floresta nativa intacta; CCR – clareiras com resíduos; CSR – clareiras sem os galhos grossos das árvores abatidas). Nessas amostras, foram determinados os parâmetros físicos (textura e densidade) e químicos (pH, teores e estoques de C, N, P, K, Ca, Mg, Fe, Zn, Mn e Cu). Observou-se um aumento nos teores de argila, até 20 cm de profundidade, nos solos das CCR e CSR em relação à FLOR, mas a argila permaneceu como fração dominante nos solos de todos os tratamentos. Não se observaram diferenças significativas na densidade do solo entre tratamentos. Em geral, os maiores teores de carbono e nutrientes foram observados nas camadas 0-5 e 5-10 cm dos solos das CCR. A partir dessas profundidades, os esses teores foram maiores nos solos das CSR, com exceção dos teores de fósforo, o que indica uma maior decomposição dos resíduos remanescentes (principalmente galhos finos e folhas que estavam fragmentados) e lixiviação de nutrientes para as camadas mais profundas nessas clareiras, notadamente o potássio. Nos estoques de nutrientes, pôde-se observar que a zona de enraizamento principal (≤ 30 cm) acumula a maior parte dos estoques de nutrientes até 150 cm de profundidade (40-60%), em todos os tratamentos. Não se verificaram diferenças nas proporções dos estoques de nutrientes acumulados nas diferentes camadas do solo entre os tratamentos. Isso indica que o transporte de nutrientes nas clareiras CCR e CSR está em um estágio avançado e esses nutrientes estão alcançando camadas ainda mais profundas que as estudadas (> 150 cm). Notou-se nas CSR o maior estoque de macronutrientes, enquanto que nas CCR, os estoques de micronutrientes foram maiores. Os estoques de micronutrientes nos solos da FLOR foram, inclusive, maiores que os estoques desses nutrientes nos solos das CSR. A relação nutriente exportado/estoque no solo é maior nas CSR. Assim, apesar de a exploração dos galhos grossos resultar em um aumento nos estoques de nutrientes nos solos das CSR após um ano e meio da exploração, a realização dessa prática em todas as clareiras formadas durante os próximos ciclos da exploração florestal resultaria em uma diminuição mais acentuada nos estoques dos nutrientes no solo quando comparadas com as CCR. |
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Trindade, Alex de SousaFerraz, João Baptista Silva2020-01-10T16:23:32Z2020-01-10T16:23:32Z2014-03-17https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5011http://lattes.cnpq.br/4157446704447997Tradicionalmente, os resíduos de exploração florestal, como, por exemplo, copas das árvores exploradas no manejo florestal, são deixados no próprio local de abate. Entretanto, esses resíduos tem despertado interesse de empresas florestais para geração de energia. Porém, a retirada dos resíduos de exploração florestal representa uma exportação adicional de nutrientes àquela relativa aos troncos comerciais. Assim, o objetivo deste estudo é avaliar a influência do acúmulo de resíduos florestais e da retirada dos galhos grossos, após um ano e meio da exploração florestal, nas propriedades físicas equímicas dos solos das clareiras formadas por árvores exploradas comercialmente no município de Itacoatiara, AM. A área de estudo é a U.P.A. ITP23, nas Fazendas Itapiranga II e III, pertencentes a Precious Woods Amazon Ltda. Cinco amostras de solos compostas foram coletadas nas profundidades 0-5, 5-10, 10-20, 20-30, 30-40, 40-100 e 100-150 cm em cada tratamento (FLOR – floresta nativa intacta; CCR – clareiras com resíduos; CSR – clareiras sem os galhos grossos das árvores abatidas). Nessas amostras, foram determinados os parâmetros físicos (textura e densidade) e químicos (pH, teores e estoques de C, N, P, K, Ca, Mg, Fe, Zn, Mn e Cu). Observou-se um aumento nos teores de argila, até 20 cm de profundidade, nos solos das CCR e CSR em relação à FLOR, mas a argila permaneceu como fração dominante nos solos de todos os tratamentos. Não se observaram diferenças significativas na densidade do solo entre tratamentos. Em geral, os maiores teores de carbono e nutrientes foram observados nas camadas 0-5 e 5-10 cm dos solos das CCR. A partir dessas profundidades, os esses teores foram maiores nos solos das CSR, com exceção dos teores de fósforo, o que indica uma maior decomposição dos resíduos remanescentes (principalmente galhos finos e folhas que estavam fragmentados) e lixiviação de nutrientes para as camadas mais profundas nessas clareiras, notadamente o potássio. Nos estoques de nutrientes, pôde-se observar que a zona de enraizamento principal (≤ 30 cm) acumula a maior parte dos estoques de nutrientes até 150 cm de profundidade (40-60%), em todos os tratamentos. Não se verificaram diferenças nas proporções dos estoques de nutrientes acumulados nas diferentes camadas do solo entre os tratamentos. Isso indica que o transporte de nutrientes nas clareiras CCR e CSR está em um estágio avançado e esses nutrientes estão alcançando camadas ainda mais profundas que as estudadas (> 150 cm). Notou-se nas CSR o maior estoque de macronutrientes, enquanto que nas CCR, os estoques de micronutrientes foram maiores. Os estoques de micronutrientes nos solos da FLOR foram, inclusive, maiores que os estoques desses nutrientes nos solos das CSR. A relação nutriente exportado/estoque no solo é maior nas CSR. Assim, apesar de a exploração dos galhos grossos resultar em um aumento nos estoques de nutrientes nos solos das CSR após um ano e meio da exploração, a realização dessa prática em todas as clareiras formadas durante os próximos ciclos da exploração florestal resultaria em uma diminuição mais acentuada nos estoques dos nutrientes no solo quando comparadas com as CCR.Usually, residues from logging(i.e., logged tree’s crown), remainon site. However, forest managers have considered using those wastes for energy generation. But, harvesting residues represents an additional nutrient exportation to those nutrients in commercial tree trunks. Therefore, the objective of this study is to evaluate the influence of harvesting residues from logging on soil (Oxisols) physical and chemical properties 18 months after gaps formation by tree fall. The study was carried out on the Annual Production Unit ITP23, situated on Farms Itapiranga II and III that belong to Precious Woods Amazon Ltda.(Itacoatiara –Amazon State). Five soils samples were taken in 0-5, 5-10, 10-20, 20-30, 30-40, 40-100 and 100-150 cm depths in each treatment: mature undisturbed forest (FLOR), gaps with residues remaining on site (CCR) and gaps with removal of logged tree’s large branches (CSR). Physical (texture and bulk density) and chemical (pH, contents and stocks of C, N, P, K, Ca, Mg, Fe, Zn, Mn and Cu) analysis were performed. Until 20 cm deep, clay contents were higher in CCR and CSR’s soils than FLOR’s soils, but all soils remained clayey. No differences were founded on soil’s bulk density between treatments. In general, carbon and nutrients levels were higher in 0-5 and 5-10 cm soil layers of CCR. Above those, contents of all nutrients but phosphorus were higher in CSR’s soils. This indicates higher decomposition rates in remaining residues (mainly, fragmented small branches and leaves) and nutrient leaching to deeper layers in those soils, especially potassium. Nutrients stocks were higher in ≤ 30 cm layers in all treatments (which represents 40-60% of total nutrient stock in 150 cm depth). No differences were founded in soil nutrient’s stock proportions between treatment’s soil layers. This means an advanced nutrient transportation in CCR and CSR soils and those nutrients may be reaching deeper layers than those studied (> 150 cm). Macronutrients stocks were higher in CSR’s soils, while micronutrients were higher in CCR’s soils. Even micronutrients stocks in FLOR’s soils were higher than CSR’s soils. The nutrient exported/soil nutrient stocks were higher with large branches harvest (CSR). This would result in a faster nutrient depletion in soils compared to residues remaining on site.porInstituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPACiências de Florestas Tropicais - CFTAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessEstoque de carbonoManejo florestalQuímica do soloInfluência dos resíduos vegetais de exploração florestal nos estoques de carbono e nutrientes em Latossolos Amarelos das clareiras formadas por exploração florestal, Itacoatiara (AM)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional do INPAinstname:Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)instacron:INPACC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.inpa.gov.br/bitstream/1/5011/1/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD51ORIGINALAlex_Trindade.pdfAlex_Trindade.pdfapplication/pdf4320723https://repositorio.inpa.gov.br/bitstream/1/5011/2/Alex_Trindade.pdfb4b151488a30b5fdace732d9a37b2387MD521/50112020-01-20 13:12:46.952oai:repositorio:1/5011Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.inpa.gov.br/oai/requestopendoar:2020-01-20T17:12:46Repositório Institucional do INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)false |
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Tradicionalmente, os resíduos de exploração florestal, como, por exemplo, copas das árvores exploradas no manejo florestal, são deixados no próprio local de abate. Entretanto, esses resíduos tem despertado interesse de empresas florestais para geração de energia. Porém, a retirada dos resíduos de exploração florestal representa uma exportação adicional de nutrientes àquela relativa aos troncos comerciais. Assim, o objetivo deste estudo é avaliar a influência do acúmulo de resíduos florestais e da retirada dos galhos grossos, após um ano e meio da exploração florestal, nas propriedades físicas equímicas dos solos das clareiras formadas por árvores exploradas comercialmente no município de Itacoatiara, AM. A área de estudo é a U.P.A. ITP23, nas Fazendas Itapiranga II e III, pertencentes a Precious Woods Amazon Ltda. Cinco amostras de solos compostas foram coletadas nas profundidades 0-5, 5-10, 10-20, 20-30, 30-40, 40-100 e 100-150 cm em cada tratamento (FLOR – floresta nativa intacta; CCR – clareiras com resíduos; CSR – clareiras sem os galhos grossos das árvores abatidas). Nessas amostras, foram determinados os parâmetros físicos (textura e densidade) e químicos (pH, teores e estoques de C, N, P, K, Ca, Mg, Fe, Zn, Mn e Cu). Observou-se um aumento nos teores de argila, até 20 cm de profundidade, nos solos das CCR e CSR em relação à FLOR, mas a argila permaneceu como fração dominante nos solos de todos os tratamentos. Não se observaram diferenças significativas na densidade do solo entre tratamentos. Em geral, os maiores teores de carbono e nutrientes foram observados nas camadas 0-5 e 5-10 cm dos solos das CCR. A partir dessas profundidades, os esses teores foram maiores nos solos das CSR, com exceção dos teores de fósforo, o que indica uma maior decomposição dos resíduos remanescentes (principalmente galhos finos e folhas que estavam fragmentados) e lixiviação de nutrientes para as camadas mais profundas nessas clareiras, notadamente o potássio. Nos estoques de nutrientes, pôde-se observar que a zona de enraizamento principal (≤ 30 cm) acumula a maior parte dos estoques de nutrientes até 150 cm de profundidade (40-60%), em todos os tratamentos. Não se verificaram diferenças nas proporções dos estoques de nutrientes acumulados nas diferentes camadas do solo entre os tratamentos. Isso indica que o transporte de nutrientes nas clareiras CCR e CSR está em um estágio avançado e esses nutrientes estão alcançando camadas ainda mais profundas que as estudadas (> 150 cm). Notou-se nas CSR o maior estoque de macronutrientes, enquanto que nas CCR, os estoques de micronutrientes foram maiores. Os estoques de micronutrientes nos solos da FLOR foram, inclusive, maiores que os estoques desses nutrientes nos solos das CSR. A relação nutriente exportado/estoque no solo é maior nas CSR. Assim, apesar de a exploração dos galhos grossos resultar em um aumento nos estoques de nutrientes nos solos das CSR após um ano e meio da exploração, a realização dessa prática em todas as clareiras formadas durante os próximos ciclos da exploração florestal resultaria em uma diminuição mais acentuada nos estoques dos nutrientes no solo quando comparadas com as CCR. |
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