Propagação vegetativa de três espécies florestais utilizando estacas de grande porte

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Gisele Rodrigues dos
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional do INPA
Texto Completo: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5128
http://lattes.cnpq.br/6429485484245995
Resumo: Os efeitos dos distúrbios, causados por ações antrópicas na floresta amazônica, podem ser minimizados com a restauração das áreas degradadas, onde se procura restabelecer parte da biodiversidade local, e facilitar a restauração do ecossistema florestal. Métodos como plantio de árvores, nucleação, condução e manejo da regeneração natural induzem e/ou aceleram a sucessão natural promovendo a restauração da área degradada. O uso de estacas de grande porte é potencialmente útil à restauração de áreas degradadas, pois pode restaurar em tempo curto alguns aspectos funcionais, como o sombreamento do solo pela copa das estacas e produzir locais de repouso para dispersores de sementes. Promovendo, desta forma, um micro-habitat mais adequado para a regeneração natural do banco de sementes do solo e da sementes introduzidas pela dispersão, além de reduzir a competição com espécies invasoras intolerantes à sombra. No entanto, esta prática têm sido pouco aplicada, pois há pouca informações sobre espécies que possam ser propagadas por meio de estacas de grande porte, havendo assim necessidade de serem definidas espécies com essa capacidade. Esta dissertação teve como objetivo avaliar a propagação vegetativa por meio de estacas de grande porte, com diferentes classes de diâmetro e profundidades de plantio, de duas espécies florestais nativas da Amazônia (Spondias mombin L. e Pseudobombax munguba (Mart. & Zucc.) Dugand) e uma espécie naturalizada (Hibiscus tiliaceus L.) originária das ilhas do Pacífico, com reconhecido potencial. Foram utilizadas 60 estacas para cada espécie com 1 m de comprimento, distribuídas em três classes de diâmetro (1,5-3,0; 3,0-4,5 e 4,5-6,0 cm) e duas profundidades de plantio (30 e 60 cm). As estacas foram plantadas em tubos de PVC posicionados verticalmente em viveiro a pleno sol contendo latosolo amarelo de baixa fertilidade obtido do horizonte B do solo, similar aos solos presentes na maioria das áreas degradadas nesta região. Foram avaliadas variáveis como mortalidade e número de brotações por estaca semanalmente por 7 meses, e biomassa parte aérea e da raiz e biomassa total ao final do experimento. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, fatorial 3 x 2, para cada espécie. Spondias mombin e Pseudobombax munguba apresentaram baixa ou nenhuma presença de folhas e raízes ao final do experimento. As condições do experimento não permitiram o desenvolvimento de raízes das duas espécies nativas e as mesmas apresentaram algumas poucas brotação apenas durante os primeiros meses. Sugere-se que novos estudos sejam realizados, levando em consideração a utilização de um maior diâmetro das estacas. Entretanto, as estacas de Hibiscus tiliaceus, independente do diâmetro da estaca (1,5 a 6,0 cm) ou da profundidade de plantio (30 cm ou 60 cm), apresentaram alta sobrevivência e desenvolvimento de raízes e de uma copa no decorrer de sete meses, mesmo enterradas em um latossolo, pobre de nutrientes e sob condições extremas de luminosidade e temperatura. Desta forma a espécie pode ser considerada de fácil propagação vegetativa e candidata a ser utilizada na forma de estaca de grande porte na restauração de áreas degradadas nesta região.
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Promovendo, desta forma, um micro-habitat mais adequado para a regeneração natural do banco de sementes do solo e da sementes introduzidas pela dispersão, além de reduzir a competição com espécies invasoras intolerantes à sombra. No entanto, esta prática têm sido pouco aplicada, pois há pouca informações sobre espécies que possam ser propagadas por meio de estacas de grande porte, havendo assim necessidade de serem definidas espécies com essa capacidade. Esta dissertação teve como objetivo avaliar a propagação vegetativa por meio de estacas de grande porte, com diferentes classes de diâmetro e profundidades de plantio, de duas espécies florestais nativas da Amazônia (Spondias mombin L. e Pseudobombax munguba (Mart. & Zucc.) Dugand) e uma espécie naturalizada (Hibiscus tiliaceus L.) originária das ilhas do Pacífico, com reconhecido potencial. Foram utilizadas 60 estacas para cada espécie com 1 m de comprimento, distribuídas em três classes de diâmetro (1,5-3,0; 3,0-4,5 e 4,5-6,0 cm) e duas profundidades de plantio (30 e 60 cm). As estacas foram plantadas em tubos de PVC posicionados verticalmente em viveiro a pleno sol contendo latosolo amarelo de baixa fertilidade obtido do horizonte B do solo, similar aos solos presentes na maioria das áreas degradadas nesta região. Foram avaliadas variáveis como mortalidade e número de brotações por estaca semanalmente por 7 meses, e biomassa parte aérea e da raiz e biomassa total ao final do experimento. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, fatorial 3 x 2, para cada espécie. Spondias mombin e Pseudobombax munguba apresentaram baixa ou nenhuma presença de folhas e raízes ao final do experimento. As condições do experimento não permitiram o desenvolvimento de raízes das duas espécies nativas e as mesmas apresentaram algumas poucas brotação apenas durante os primeiros meses. Sugere-se que novos estudos sejam realizados, levando em consideração a utilização de um maior diâmetro das estacas. Entretanto, as estacas de Hibiscus tiliaceus, independente do diâmetro da estaca (1,5 a 6,0 cm) ou da profundidade de plantio (30 cm ou 60 cm), apresentaram alta sobrevivência e desenvolvimento de raízes e de uma copa no decorrer de sete meses, mesmo enterradas em um latossolo, pobre de nutrientes e sob condições extremas de luminosidade e temperatura. Desta forma a espécie pode ser considerada de fácil propagação vegetativa e candidata a ser utilizada na forma de estaca de grande porte na restauração de áreas degradadas nesta região.The effects of disturbances, caused by human actions in the Amazon forest, can be minimized with the restoration of degraded areas, where if you are looking to restore part of the local biodiversity, and facilitate the restoration of the forest ecosystem. Methods such as planting trees, nucleation, conduct and management of natural regeneration induce and/or accelerate the natural succession by promoting the restoration of degraded area. The use of large stakes is potentially useful to the restoration of degraded areas, because it can restore in short time some functional aspects, such as the shading of the soil by copa stakes and resting places for seed dispersers. Promoting, in this way, a micro-habitat more suitable for the natural regeneration of the soil seed bank, in addition to reduce competition with invasive species shade intolerant.However, they have been rarely applied, because there is little information on species that can be propagated by large stakes, and so need to be defined species with this capability. This thesis aims to evaluate the vegetative propagation by large stakes with different classes of diameter and depth of planting, two native forest species from the Amazon (Spondias mombin L. and Pseudobombax munguba (Mart. & Zucc.) Dugand) and a species naturalized (Hibiscus tiliaceus L.) originating in the Pacific Islands, with recognized potential. We used 60 stakes for each species with 1 m in length, distributed in three classes of diameter (1.5.0, 3.0-4.5 and 4.5- 6.0 cm) and two depths of planting (30 and 60 cm). The stakes were planted in PVC tubes placed vertically in a pond in full sun containing latosolo yellow of low fertility obtained of the B-horizon of the soil, similar to the soils present in most degraded areas in this region. We evaluated variables such as mortality and number of shoots per cutting weekly for 7 months, and biomass shoot and root and total biomass at the end of the experiment. The experimental design was a completely randomized factorial 3 x 2, for each species. Spondias mombin and pseudobombax munguba presented low or no presence of leaves and roots at the end of the experiment. The conditions of the experiment did not allow the development of roots of two native species and submitted a few budding only during the first few months. It is suggested that new studies are conducted, taking into consideration the use of a larger diameter of the stakes. However, the stakes of Hibiscus tiliaceus, regardless of the diameter of the stake (1.5 to 6.0 cm) or the planting depth (30 cm or 60 cm), had a high survival and development of roots and a canopy over the course of seven months, even buried in an oxisol, poor in nutrients and under extreme conditions of light and temperature. In this way, the species may be considered easy vegetative propagation and a candidate to be used in the form of stakes in large companies in the restoration of degraded areas in this region.porInstituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPACiências de Florestas Tropicais - CFTAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCajáMungubaPropagação vegetativaPropagação vegetativa de três espécies florestais utilizando estacas de grande porteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional do INPAinstname:Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)instacron:INPAORIGINALGisele_Santos.pdfGisele_Santos.pdfapplication/pdf2003245https://repositorio.inpa.gov.br/bitstream/1/5128/1/Gisele_Santos.pdf4be14682516bf8bb321095730a22b5bfMD511/51282020-01-20 14:06:26.168oai:repositorio:1/5128Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.inpa.gov.br/oai/requestopendoar:2020-01-20T18:06:26Repositório Institucional do INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)false
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