Dinâmica de uma floresta de terra firme manejada experimentalmente na região de Manaus (AM)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional do INPA |
Texto Completo: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/4973 http://lattes.cnpq.br/5939818853684357 |
Resumo: | O presente estudo analisou a dinâmica de uma floresta tropical de terra firme, que foi submetida a uma exploração seletiva de madeira, em 1987 e 1988, sob diferentes intensidades de corte (leve – T1, intermediária – T2 e pesada – T3). O monitoramento foi realizado em parcelas permanentes, medidas antes da exploração (1986) e re-medidas anualmente a partir de 1990. Este estudo foi executado na Estação ZF-2 do INPA, aonde o projeto de manejo florestal, da Coordenação de Pesquisas em Silvicultura Tropical, foi instalado em 1980. O experimento cobriu uma área de 72 hectares, na forma de um delineamento em blocos casualizados, com 3 blocos de 24 hectares cada (400 x 600 m) e 3 tratamentos (intensidades de corte) e uma testemunha, de 4 ha cada (200 x 200 m). Ao todo, foram analisadas 12 parcelas permanentes de 1 ha cada (100 x 100 m), instaladas no centro dos tratamentos, aonde todos os indivíduos arbóreos com DAP ≥ 10 cm foram monitorados até 2005. Na análise das variáveis (número de árvores, área basal, volume e biomassa), os resultados obtidos indicam que, a floresta remanescente começa a responder de forma positiva a aplicação das diferentes intensidades de corte, a partir do quarto ano após a exploração seletiva de madeira (1991), a partir deste momento, as análises estatísticas, indicaram que existem diferenças significativas entre os tratamentos manejados para o número de árvores para todas as espécies e para o número de árvores de espécies comerciais listadas (EL). Os incrementos (corrente anual – ICA e médio anual – IMA) foram estimados para o período observado de 1990 a 2005. Com relação as variáveis, área basal, volume e biomassa, por meio das análises estatísticas com medidas repetidas, os resultados indicam que, o incremento corrente anual (ICA) e o incremento médio anual (IMA) variam significativamente com o passar do tempo, agregando todas as espécies. Por meio do cruzamento das informações dos ICA’s e IMA’s em volume foi observado que não existe padrão definido de crescimento, sendo difícil determinar o momento ideal para aplicação dos tratamentos silviculturais que sugerem desbaste. Utilizando a cadeia de transição probabilística de Markov, para fazer projeções sobre o número de árvores projetados em comparação ao número de árvores observadas no período, mostram que os tratamentos T2 e T3 em cada classe de diâmetro apresentaram os melhores resultados. A dinâmica da floresta manejada foi mais favorecida pelo ingresso de novos indivíduos do que pela mortalidade, principalmente no período de 1999-2002; o T2 apresentou o melhor desempenho. Apesar disso, todos os tratamentos tiveram a partir do quarto ano após a exploração, crescimento em área basal, volume e biomassa com o passar do tempo. Indicando que a floresta manejada, em uma estimativa mais otimista, poderá recuperar o volume original da primeira extração, em um prazo de, aproximadamente, 12 anos, ou seja, após 30 anos da primeira exploração. Além disso, o manejo florestal aplicado nessa área proporcionou o aparecimento de outras espécies na área de estudo, principalmente no tratamento T1 e T3 e a diversidade de espécies foi considerada altamente significativa com o passar do tempo. A exploração seletiva de madeira proporcionou mudanças na composição florística, mas, não provocou a diminuição na riqueza de espécies após sua aplicação. |
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Pinto, Alberto Carlos MartinsHiguchi, Niro2020-01-10T15:33:52Z2020-01-10T15:33:52Z2008-06-17https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/4973http://lattes.cnpq.br/5939818853684357O presente estudo analisou a dinâmica de uma floresta tropical de terra firme, que foi submetida a uma exploração seletiva de madeira, em 1987 e 1988, sob diferentes intensidades de corte (leve – T1, intermediária – T2 e pesada – T3). O monitoramento foi realizado em parcelas permanentes, medidas antes da exploração (1986) e re-medidas anualmente a partir de 1990. Este estudo foi executado na Estação ZF-2 do INPA, aonde o projeto de manejo florestal, da Coordenação de Pesquisas em Silvicultura Tropical, foi instalado em 1980. O experimento cobriu uma área de 72 hectares, na forma de um delineamento em blocos casualizados, com 3 blocos de 24 hectares cada (400 x 600 m) e 3 tratamentos (intensidades de corte) e uma testemunha, de 4 ha cada (200 x 200 m). Ao todo, foram analisadas 12 parcelas permanentes de 1 ha cada (100 x 100 m), instaladas no centro dos tratamentos, aonde todos os indivíduos arbóreos com DAP ≥ 10 cm foram monitorados até 2005. Na análise das variáveis (número de árvores, área basal, volume e biomassa), os resultados obtidos indicam que, a floresta remanescente começa a responder de forma positiva a aplicação das diferentes intensidades de corte, a partir do quarto ano após a exploração seletiva de madeira (1991), a partir deste momento, as análises estatísticas, indicaram que existem diferenças significativas entre os tratamentos manejados para o número de árvores para todas as espécies e para o número de árvores de espécies comerciais listadas (EL). Os incrementos (corrente anual – ICA e médio anual – IMA) foram estimados para o período observado de 1990 a 2005. Com relação as variáveis, área basal, volume e biomassa, por meio das análises estatísticas com medidas repetidas, os resultados indicam que, o incremento corrente anual (ICA) e o incremento médio anual (IMA) variam significativamente com o passar do tempo, agregando todas as espécies. Por meio do cruzamento das informações dos ICA’s e IMA’s em volume foi observado que não existe padrão definido de crescimento, sendo difícil determinar o momento ideal para aplicação dos tratamentos silviculturais que sugerem desbaste. Utilizando a cadeia de transição probabilística de Markov, para fazer projeções sobre o número de árvores projetados em comparação ao número de árvores observadas no período, mostram que os tratamentos T2 e T3 em cada classe de diâmetro apresentaram os melhores resultados. A dinâmica da floresta manejada foi mais favorecida pelo ingresso de novos indivíduos do que pela mortalidade, principalmente no período de 1999-2002; o T2 apresentou o melhor desempenho. Apesar disso, todos os tratamentos tiveram a partir do quarto ano após a exploração, crescimento em área basal, volume e biomassa com o passar do tempo. Indicando que a floresta manejada, em uma estimativa mais otimista, poderá recuperar o volume original da primeira extração, em um prazo de, aproximadamente, 12 anos, ou seja, após 30 anos da primeira exploração. Além disso, o manejo florestal aplicado nessa área proporcionou o aparecimento de outras espécies na área de estudo, principalmente no tratamento T1 e T3 e a diversidade de espécies foi considerada altamente significativa com o passar do tempo. A exploração seletiva de madeira proporcionou mudanças na composição florística, mas, não provocou a diminuição na riqueza de espécies após sua aplicação.The present study analyzed the dynamics of a sample of “terra-firme” tropical forest, which was submitted to a selective logging in 1987 and 1988 under different felling intensity levels. The accompaniment was accomplished in permanent portions, measures before the exploration (1986) and re-measures annually starting from 1990. This study was executed in the Estação ZF-2 of INPA, the one where the project of forest handling, of the Coordination of Researches in Tropical Forestation, it was installed in 1980. Did the experiment cover an area of 72 hectares, in the form of blocks to the maybe, with 3 blocks of 24 hectares each (400 x 600 m) and 3 treatments (cut intensities) and does a witness, of 4 have each (200 x 200 m). To the whole, were 12 permanent portions of 1 analyzed there is each (100 x 100 m), done install in the center of the treatments, the one where all the arboreal individuals with DAP? 10 cm was monitored up to 2005. In the analysis of the variables (number of trees, basal area, volume and biomass), the obtained results indicate that, the remaining forest begins to answer in a positive way the application of the different cut intensities, starting from the fourth year after the selective exploration of wood (1991), starting from this moment, the statistical analyses, indicated that significant differences exist among the treatments handled for the number of trees for all the species and for the number of trees of striped commercial species (EL). With relationship the variables, basal area, volume and biomass, through the statistical analyses with repeated measures, the results indicate that, the annual average increment (ICA) and the annual medium increment (IMA) they vary significantly in the course of time, joining all the species. Through the crossing of the information of ICA's and IMA's in volume was observed that defined pattern of growth doesn't exist, being difficult to determine the ideal moment for application of the treatments of forest trees, that suggest rough-hewing. Using the chain of transition of Markov, to do projections on the number of trees projected in comparison with the number of trees observed in the period, they show that the treatments T2 and T3 in each diameter class presented the best results. The dynamics of the handled forest was more favored for the new individuals' entrance than for the mortality, mainly in the period of 1999-2002, where T2 presented the best acting, in other words, the forest handling used in that study it was it of the natural regeneration, that it proposes the maintainable use of the wood production, without the application of treatments of the trees. In spite of that, all the treatments had starting from the fourth year after the exploration, growth in basal area, volume and biomass in the course of time. Indicating that the handled forest, in a more optimistic estimate, it can recover the original volume of the first extraction, in one period of approximately 12 years, in other words, after 30 years of the first exploration. Besides, the applied forest handling in that area provided the emergence of other species in the study area, mainly in the treatment T1 and T3 and the diversity of species was considered highly significant in the course of time. In other words, the selective exploration of wood provided changes in the composition of the trees, but, it didn't provoke the decrease in the wealth of species after your application.porInstituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPACiências de Florestas Tropicais - CFTAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessManejo florestalExploração florestalCadeia de MarkovDinâmica de uma floresta de terra firme manejada experimentalmente na região de Manaus (AM)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional do INPAinstname:Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)instacron:INPAORIGINALAlberto_Pinto.pdfAlberto_Pinto.pdfapplication/pdf1088779https://repositorio.inpa.gov.br/bitstream/1/4973/1/Alberto_Pinto.pdf0c1e328467a689eaacba510a570e1546MD511/49732020-01-10 15:13:13.152oai:repositorio:1/4973Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.inpa.gov.br/oai/requestopendoar:2020-01-10T19:13:13Repositório Institucional do INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)false |
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O presente estudo analisou a dinâmica de uma floresta tropical de terra firme, que foi submetida a uma exploração seletiva de madeira, em 1987 e 1988, sob diferentes intensidades de corte (leve – T1, intermediária – T2 e pesada – T3). O monitoramento foi realizado em parcelas permanentes, medidas antes da exploração (1986) e re-medidas anualmente a partir de 1990. Este estudo foi executado na Estação ZF-2 do INPA, aonde o projeto de manejo florestal, da Coordenação de Pesquisas em Silvicultura Tropical, foi instalado em 1980. O experimento cobriu uma área de 72 hectares, na forma de um delineamento em blocos casualizados, com 3 blocos de 24 hectares cada (400 x 600 m) e 3 tratamentos (intensidades de corte) e uma testemunha, de 4 ha cada (200 x 200 m). Ao todo, foram analisadas 12 parcelas permanentes de 1 ha cada (100 x 100 m), instaladas no centro dos tratamentos, aonde todos os indivíduos arbóreos com DAP ≥ 10 cm foram monitorados até 2005. Na análise das variáveis (número de árvores, área basal, volume e biomassa), os resultados obtidos indicam que, a floresta remanescente começa a responder de forma positiva a aplicação das diferentes intensidades de corte, a partir do quarto ano após a exploração seletiva de madeira (1991), a partir deste momento, as análises estatísticas, indicaram que existem diferenças significativas entre os tratamentos manejados para o número de árvores para todas as espécies e para o número de árvores de espécies comerciais listadas (EL). Os incrementos (corrente anual – ICA e médio anual – IMA) foram estimados para o período observado de 1990 a 2005. Com relação as variáveis, área basal, volume e biomassa, por meio das análises estatísticas com medidas repetidas, os resultados indicam que, o incremento corrente anual (ICA) e o incremento médio anual (IMA) variam significativamente com o passar do tempo, agregando todas as espécies. Por meio do cruzamento das informações dos ICA’s e IMA’s em volume foi observado que não existe padrão definido de crescimento, sendo difícil determinar o momento ideal para aplicação dos tratamentos silviculturais que sugerem desbaste. Utilizando a cadeia de transição probabilística de Markov, para fazer projeções sobre o número de árvores projetados em comparação ao número de árvores observadas no período, mostram que os tratamentos T2 e T3 em cada classe de diâmetro apresentaram os melhores resultados. A dinâmica da floresta manejada foi mais favorecida pelo ingresso de novos indivíduos do que pela mortalidade, principalmente no período de 1999-2002; o T2 apresentou o melhor desempenho. Apesar disso, todos os tratamentos tiveram a partir do quarto ano após a exploração, crescimento em área basal, volume e biomassa com o passar do tempo. Indicando que a floresta manejada, em uma estimativa mais otimista, poderá recuperar o volume original da primeira extração, em um prazo de, aproximadamente, 12 anos, ou seja, após 30 anos da primeira exploração. Além disso, o manejo florestal aplicado nessa área proporcionou o aparecimento de outras espécies na área de estudo, principalmente no tratamento T1 e T3 e a diversidade de espécies foi considerada altamente significativa com o passar do tempo. A exploração seletiva de madeira proporcionou mudanças na composição florística, mas, não provocou a diminuição na riqueza de espécies após sua aplicação. |
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