Relações entre os grupos funcionais da macrofauna e o volme dos macroporos do solo em sistemas agrossilviculturais da Amazônia Central
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2003 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional do INPA |
Texto Completo: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12099 http://lattes.cnpq.br/7333571735348155 |
Resumo: | Os resultados das atividades da fauna sobre as propriedades e processos do solo, têm chamado a atenção para a fertilidade biológica do solo, principalmente quando se leva em conta a intensificação e a sustentabilidade da agricultura nos trópicos. Porém nos agroecossistemas Amazônicos, a relação específica destes organismos com a porosidade do solo ainda precisa de maiores esclarecimentos. Em especial, são necessários estudos com enfoque no nível dos grupos funcionais e não apenas dos grupos taxonômicos superiores. Os objetivos deste trabalho foram: (i) avaliar o grau de correlação entre a biomassa dos principais grupos funcionais da macrofauna (decompositores e engenheiros-do-solo) e o volume dos macro-poros do solo das camadas superiores do solo (0-5, 5-10, 10-15 cm) na área de influência (micro-ambiente edáfico ao redor do caule) das espécies perenes avaliadas (fruteiras e palmeiras); (ii) avaliar o efeito do tempo de uso em pastagens (4, 5 e 8 anos) e o das plantas perenes sobre o volume de macro-poros no solo. O trabalho foi conduzido na Estação Experimental da EMBRAPA/CPAA, localizada no km 53 da rodovia BR-174, que liga Manaus a Boa Vista (2º 31' a 2º 32' S e 60º 02'W). As espécies avaliadas compõem o sistema agrossilvicultural 1 (AS1) e o sistema agrossilvicultural 2 (AS2), implantados pela EMBRAPA para recuperar uma área degradada após do uso em pastagens. Foram coletadas amostras coletadas indeformadas de solo (0-15 cm) e monólitos de 0-30 cm de profundidade (TSBF), a 40 cm de distância do caule de oito espécies de plantas perenes: Inga edulis, Bertholletia excelsa, eugenia stipitata, Euterpe oleracea e Colubrina glandulosa, incluindo as árvores de Theobroma grandiflorum plantadas nos sistemas AS1 e AS2 e as palmeiras Bactris gasipaes, para fruto e palmito, plantadas somente no sistema AS1. Vismia cayennensis, a espécies dominante das capoeiras adjacentes destes sistemas foi incluída, dando um total de dez tratamentos. O volume dos macro-poros do solo de 0-5 cm de profundidade diminui significativamente com o tempo de uso (4, 5e 8 anos) das áreas como pastagem (p0,05). No solo próximo a B. gasipaes para palmito (23, 3cm³), B. excelsa (22,6 cm³) e I. edulis (21,1cm³) foram registrados os maiores volumes de macro-poros do solo, enquanto que no solo próximo de T. grandiflorum do AS2 (13,0 cm³), E.stipitata (13,0 cm³) e V.cayennensis (15,7cm³) foram registrados os menores valores de macro-poros. No solo próximo a I.edulis (14), foi registrada a maior diversidade de grupos taxonômicos. No solo próximo a I. edulis (576 e 2635 ind.m¯²) e B.gasipaes para fruto (608 e 2581 ind.m¯²) foi registrada a maior densidade de decompositores e engenheiros-do-solo, respectivamente. Quanto à biomassa destes grupos funcionais (decompositores e engenheiros-do-solo), solo próximo a I.edulis (8,8 e 6,8g.m¯²), B.gasipaes para 3,9 e 3,1g.m¯²) e palmito (3,7 e 5,2g.m¯²) teve os maiores valores de biomassa, respectivamente. No solo próximo a V.cayennensis foram registradas as maiores densidade (107 e 384 ind.m¯², respectivamente) e biomassa (1,8 e 1,7g.m¯², respectivamente) de decompositores e engenheiro-do-solo. A biomassa dos decompositores foi positiva e significativemente correlacionada com o volume dos macroporos do solo de 0-5, 05-10 e 10-15 cm de profundidade (p=0,016; p=0,043; p=0,016 respectivamente), enquanto que a biomassa total foi somente correlacionada positiva e significativa com volume dos macro-poros do solo de 0-5 cm de profundidade (p=0,033). Os engenheiros-do-solo não foram correlacionados significativamente com o volume dos macro-poros do solo nas mesmas três profundidades (0-5, 5-10 e 10-15 cm) da área de influência das espécies perenes avaliadas (fruteiras e palmeiras). A biomassa de decompositores foi composta principalmente pelas ordens Oligochaeta (41% da biomassa do grupo), Isopoda (24%) Coleoptera imaturo (19%) e Diplopoda (15%), que parecem ter funções similares às dos engenheiros-do-solo, contribuindo assim para a gênese de macro-poros no solo da área de influência das espécies perenes avaliadas nestes sistemas. |
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Em especial, são necessários estudos com enfoque no nível dos grupos funcionais e não apenas dos grupos taxonômicos superiores. Os objetivos deste trabalho foram: (i) avaliar o grau de correlação entre a biomassa dos principais grupos funcionais da macrofauna (decompositores e engenheiros-do-solo) e o volume dos macro-poros do solo das camadas superiores do solo (0-5, 5-10, 10-15 cm) na área de influência (micro-ambiente edáfico ao redor do caule) das espécies perenes avaliadas (fruteiras e palmeiras); (ii) avaliar o efeito do tempo de uso em pastagens (4, 5 e 8 anos) e o das plantas perenes sobre o volume de macro-poros no solo. O trabalho foi conduzido na Estação Experimental da EMBRAPA/CPAA, localizada no km 53 da rodovia BR-174, que liga Manaus a Boa Vista (2º 31' a 2º 32' S e 60º 02'W). As espécies avaliadas compõem o sistema agrossilvicultural 1 (AS1) e o sistema agrossilvicultural 2 (AS2), implantados pela EMBRAPA para recuperar uma área degradada após do uso em pastagens. Foram coletadas amostras coletadas indeformadas de solo (0-15 cm) e monólitos de 0-30 cm de profundidade (TSBF), a 40 cm de distância do caule de oito espécies de plantas perenes: Inga edulis, Bertholletia excelsa, eugenia stipitata, Euterpe oleracea e Colubrina glandulosa, incluindo as árvores de Theobroma grandiflorum plantadas nos sistemas AS1 e AS2 e as palmeiras Bactris gasipaes, para fruto e palmito, plantadas somente no sistema AS1. Vismia cayennensis, a espécies dominante das capoeiras adjacentes destes sistemas foi incluída, dando um total de dez tratamentos. O volume dos macro-poros do solo de 0-5 cm de profundidade diminui significativamente com o tempo de uso (4, 5e 8 anos) das áreas como pastagem (p0,05). 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