Distribuição vertical nictemeral de Cladocera (Crustacea: Branchiopoda) no lago Tupé, Rio Negro, Amazonas, Brasil.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional do INPA |
Texto Completo: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11322 http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4730450Y4 |
Resumo: | Os cladóceros são microcrustáceos, com tamanho variando entre 0,2 e 3,0 mm, habitando preferencialmente ambientes dulcículas, sendo filtradores herbívoros, com curto ciclo de vida, e rápida reprodução. Possuem uma estreita relação com o meio, sendo bastante sensíveis a alterações ambientais. Sua distribuição no ambiente é heterogênea, e estudos sobre sua ecologia demonstraram capacidade de realizar movimentos verticais ao longo da coluna da água. Tais movimentos podem ser motivados pela distribuição de alimento, oxigênio, e também pela presença de predadores. Em ecossistemas neo-tropicais, especialmente na Bacia Amazônia, o fenômeno e as causas deste ainda são desconhecidas. O presente trabalho teve por objetivo estudar a distribuição vertical de Cladocera,no lago Tupé, e sua variação ao longo do ciclo nictemeral durante os períodos de seca e cheia, bem como determinar a biomassa das espécies mais abundantes e suas implicações ecológicas. O lago Tupé é um lago de água preta, do tipo RIA , situado próximo a Manaus e, um canal de comunicação com o Rio Negro condiciona as variações do lago com o ciclo hidrológico do rio. O estudo foi realizado nos períodos de seca (novembro/2005) e cheia (junho/2006), fazendo coletas com rede de plâncton com malha de 55m, em intervalos de 4 horas, ao longo de 24 horas, em cada metro de profundidade da coluna da água. As amostras foram fixadas em formol 6%, e contadas totalmente em câmera de Sedgewick-Rafter, em microscópio óptico. A determinação da biomassa foi feita utilizando o peso seco. Na seca foram registradas 17 espécies, e na cheia 20. As espécies com maior freqüência de ocorrência na seca foram Moina minuta (29,80%); Bosminopsis deitersi (29,21%) e Ceriodaphnia cornuta (18,34%). B. deitersi apresentou uma distribuição heterogênea, com maior abundância em profundidades superiores a 3,0m., e entre as 14 e 22hs. Moina minuta e Ceriodaphnia cornuta não apresentaram padrão claro de distribuição, porém houve um decréscimo acentuado de suas densidades entre as 2 e 6h, associado com uma abundância de Chaoborus sp., importante predador zooplanctônico. Holopedium amazonicum teve suas maiores abundâncias registradas na profundidade de 3,0m, ao longo de grande parte do dia. Na cheia, as espécies com maior ocorrência foram Bosminopsis deitersi (59,22%); Ceriodaphnia cornuta (12,42%) e Diaphanosoma polyspina (11,42%). As maiores densidades de B. deitersi durante a cheia foram registradas às 6h, a 3,5m. D. polyspina registrou maior abundância no mesmo horário, à 5,0m. Ceriodaphnia cornuta não apresentou padrão claro de distribuição. Moina minuta e Holopedium amazonicum foram registrados em valores significativos apenas durante a seca. Entre as variáveis abióticas, apenas a luminosidade aparentou ter maior relação com a distribuição dos organismos, associado principalmente à predação. A biomassa registrada das espécies mais abundantes foi próxima à de outros autores. C. cornuta e M. minuta foram as espécies com maior contribuição para a biomassa na seca. Durante a cheia D. polyspina registrou biomassa total próxima a B. deitersi, mesmo registrando abundância até seis vezes menor. Houve uma diferença na distribuição nictemeral de B. deitersi, relacionado ao seu tamanho corpóreo. |
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Ghidini, André RicardoSantos-Silva, Edinaldo Nelson dos2020-02-13T18:22:10Z2020-02-13T18:22:10Z2007-04-02https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11322http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4730450Y4Os cladóceros são microcrustáceos, com tamanho variando entre 0,2 e 3,0 mm, habitando preferencialmente ambientes dulcículas, sendo filtradores herbívoros, com curto ciclo de vida, e rápida reprodução. Possuem uma estreita relação com o meio, sendo bastante sensíveis a alterações ambientais. Sua distribuição no ambiente é heterogênea, e estudos sobre sua ecologia demonstraram capacidade de realizar movimentos verticais ao longo da coluna da água. Tais movimentos podem ser motivados pela distribuição de alimento, oxigênio, e também pela presença de predadores. Em ecossistemas neo-tropicais, especialmente na Bacia Amazônia, o fenômeno e as causas deste ainda são desconhecidas. O presente trabalho teve por objetivo estudar a distribuição vertical de Cladocera,no lago Tupé, e sua variação ao longo do ciclo nictemeral durante os períodos de seca e cheia, bem como determinar a biomassa das espécies mais abundantes e suas implicações ecológicas. O lago Tupé é um lago de água preta, do tipo RIA , situado próximo a Manaus e, um canal de comunicação com o Rio Negro condiciona as variações do lago com o ciclo hidrológico do rio. O estudo foi realizado nos períodos de seca (novembro/2005) e cheia (junho/2006), fazendo coletas com rede de plâncton com malha de 55m, em intervalos de 4 horas, ao longo de 24 horas, em cada metro de profundidade da coluna da água. As amostras foram fixadas em formol 6%, e contadas totalmente em câmera de Sedgewick-Rafter, em microscópio óptico. A determinação da biomassa foi feita utilizando o peso seco. Na seca foram registradas 17 espécies, e na cheia 20. As espécies com maior freqüência de ocorrência na seca foram Moina minuta (29,80%); Bosminopsis deitersi (29,21%) e Ceriodaphnia cornuta (18,34%). B. deitersi apresentou uma distribuição heterogênea, com maior abundância em profundidades superiores a 3,0m., e entre as 14 e 22hs. Moina minuta e Ceriodaphnia cornuta não apresentaram padrão claro de distribuição, porém houve um decréscimo acentuado de suas densidades entre as 2 e 6h, associado com uma abundância de Chaoborus sp., importante predador zooplanctônico. Holopedium amazonicum teve suas maiores abundâncias registradas na profundidade de 3,0m, ao longo de grande parte do dia. Na cheia, as espécies com maior ocorrência foram Bosminopsis deitersi (59,22%); Ceriodaphnia cornuta (12,42%) e Diaphanosoma polyspina (11,42%). As maiores densidades de B. deitersi durante a cheia foram registradas às 6h, a 3,5m. D. polyspina registrou maior abundância no mesmo horário, à 5,0m. Ceriodaphnia cornuta não apresentou padrão claro de distribuição. Moina minuta e Holopedium amazonicum foram registrados em valores significativos apenas durante a seca. Entre as variáveis abióticas, apenas a luminosidade aparentou ter maior relação com a distribuição dos organismos, associado principalmente à predação. A biomassa registrada das espécies mais abundantes foi próxima à de outros autores. C. cornuta e M. minuta foram as espécies com maior contribuição para a biomassa na seca. Durante a cheia D. polyspina registrou biomassa total próxima a B. deitersi, mesmo registrando abundância até seis vezes menor. Houve uma diferença na distribuição nictemeral de B. deitersi, relacionado ao seu tamanho corpóreo.Cladocerans are micro-crustaceans, with size range between 0,2 and 3,0 mm, living preferably in freshwater ecosystems. They are filtering herbivorous, with short life cycle and fast reproduction. Their strict relationship with the environment makes them sensible to alterations. Their distribution is heterogeneous and studies about their ecology shows an ability to perform vertical movements in the water column. These movements can be affected by food and oxygen distribution, and also by predator s presence. In neo-tropical ecosystems, especially in the Amazon Basin, the phenomena of vertical migration and its causes are still unknown. This study had the objective to understand the vertical distribution of Cladocera from the Tupé Lake, and its variations during a 24h cycle, during low and high water period and also detect the biomass for the most abundant species and its ecological implications. The Tupé Lake is a black water RIA lake, located close to Manaus, and a channel of connection with Negro river links the lake variations to the river s hydrological cycles. The study was performed during low-water period (November/2005) and high water period (june/2006), with sampling using a 55μm plankton net, every 4 hours, during the 24 hours cycle, every meter of dept of water column. The samples were fixed with formol 6%, and counted in Sedgewick-Rafter chamber, using optic microscope. Biomass were determined using dry weight. During the dry season, 17 species were registered, against 20 species during wet season. The most frequent species in dry season were Moina minuta (29,80%); Bosminopsis deitersi (29,21%) and Ceriodaphnia cornuta (18,34%). B. deitersi registered an heterogeneous distribution with higher densities in depths higher than 3m, an between 2-10pm. M. minuta e C. cornuta didn t show a clear pattern of vertical distribution, but an extreme decline in their populations between 2 and 6am were related to high Chaoborus sp. abundances, the last one being an important zooplankton predator. Holopedium amazonicum registered its higher densities at 3m depth, during most of the day. During high water period the species with higher occurrence were Bosminopsis deitersi (59,22%); Ceriodaphnia cornuta (12,42%) and Diaphanosoma polyspina (11,42%). The highest densities of B. deitersi during the high waters were registered at 6am, at 3m depth. D. polyspina registered its highest abundances in the same time period, at 5m depth. C. cornuta didn t show a clear distribution pattern. M.minuta and H. amazonicum only occurred in high densities during low water period. Between the environmental variables, only the light intensity related itself with the species distribution, due mainly to its relationship with predation. The biomasses of the more abundant species were close to others authors. C. cornuta and M. minuta were the species with higher biomass contribution to the total community during low waters, while during high waters; D. polyspina registered general biomass relatively close to B. deitersi, even though their densities were 6 times different. Differences in the size related distribution of the B. deitersi were registered.porInstituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPABiologia de Água Doce e Pesca Interior - BADPIAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessZooplânctonCladoceradistribuição vertical nictemeralLago TupéÁguas pretasDistribuição vertical nictemeral de Cladocera (Crustacea: Branchiopoda) no lago Tupé, Rio Negro, Amazonas, Brasil.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional do INPAinstname:Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)instacron:INPATEXTTese_Andre_Ghidini.pdf.txtTese_Andre_Ghidini.pdf.txtExtracted texttext/plain121431https://repositorio.inpa.gov.br/bitstream/1/11322/2/Tese_Andre_Ghidini.pdf.txt4a2d02b8d74ed74b832a4d049b367268MD52THUMBNAILTese_Andre_Ghidini.pdf.jpgTese_Andre_Ghidini.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1252https://repositorio.inpa.gov.br/bitstream/1/11322/3/Tese_Andre_Ghidini.pdf.jpgf9dfe5b591c76a341c8529ca87e39a1cMD53ORIGINALTese_Andre_Ghidini.pdfTese_Andre_Ghidini.pdfapplication/pdf1118184https://repositorio.inpa.gov.br/bitstream/1/11322/1/Tese_Andre_Ghidini.pdf35f50ad20bcc07cccd43e8b2175a127aMD511/113222020-03-10 15:31:31.813oai:repositorio:1/11322Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.inpa.gov.br/oai/requestopendoar:2020-03-10T19:31:31Repositório Institucional do INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)false |
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