Avaliação dos efeitos de medidas de manejo na pesca comercial efetuada na Amazônia Central

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vicentini, Rafaela Nascimento
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do INPA
Texto Completo: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11338
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4765243U6
Resumo: A restrição ao acesso a áreas de pesca tem sido utilizada como forma de controle dessa atividade por diversos países em diferentes ecossistemas. No Estado do Amazonas o IBAMA delimitou algumas áreas para a suspensão da pesca durante o período reprodutivo. O objetivo deste trabalho é verificar se existe alguma evidência do efeito dessa restrição sobre a atividade pesqueira na região. Foram analisados dados de desembarque pesqueiro no porto de Manaus - AM entre os anos de 1994 e 2001, coletados pelo projeto Estatística Pesqueira da UFAM, provenientes de quatro áreas protegidas e quatro áreas não protegidas. Esses dados foram comparados em captura total e CPUE com o uso de ANCOVA e ANOVA. Um total de 2753 viagens foram registradas como provenientes dessas áreas sendo 1529 para áreas protegidas e 1224 para as áreas não protegidas. Depois da proibição, os registros de viagens de pesca durante o período do defeso para tais áreas passaram de 24% para 21%. A proporção de pescado desembarcado variou pouco apresentando aumento no desembarque de jaraqui e diminuição de matrinchã para as duas áreas. A ANCOVA indicou não haver diferença significativa entre os grupos de áreas, e que estariam variando em função do esforço exercido. Porém, aumento da CPUE depois da proteção foi significativo e poderia estar representando indícios de resposta dos estoques a tais medidas. Esse aumento foi similar para espécies sedentárias e migradoras que não apresentaram variações significativas nas diferenças entre si (p>0,05). Porém, registros de desembarques durante o período reprodutivo persistiram, indicando falhas na efetivação das proibições. Portanto, para uma proteção eficiente de espécies por restrição de áreas é necessário que esta medida esteja ligada a um planejamento mais amplo da bacia e que haja participação de todos os envolvidos no processo para sua efetiva aplicação.
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Um total de 2753 viagens foram registradas como provenientes dessas áreas sendo 1529 para áreas protegidas e 1224 para as áreas não protegidas. Depois da proibição, os registros de viagens de pesca durante o período do defeso para tais áreas passaram de 24% para 21%. A proporção de pescado desembarcado variou pouco apresentando aumento no desembarque de jaraqui e diminuição de matrinchã para as duas áreas. A ANCOVA indicou não haver diferença significativa entre os grupos de áreas, e que estariam variando em função do esforço exercido. Porém, aumento da CPUE depois da proteção foi significativo e poderia estar representando indícios de resposta dos estoques a tais medidas. Esse aumento foi similar para espécies sedentárias e migradoras que não apresentaram variações significativas nas diferenças entre si (p>0,05). Porém, registros de desembarques durante o período reprodutivo persistiram, indicando falhas na efetivação das proibições. Portanto, para uma proteção eficiente de espécies por restrição de áreas é necessário que esta medida esteja ligada a um planejamento mais amplo da bacia e que haja participação de todos os envolvidos no processo para sua efetiva aplicação.Restrictions to fishing areas has been used by several countries in different ecosystems as a measure of controlling that activity. In the State of Amazonas the IBAMA delimited some areas where fishery was suspended during the spawning period. The purpose of the present paper is to ascertain whether there are perceptible results of the fishery on account of that restriction. Data collected by the UFAM Fishery Statistics project from four protected and unprotected areas respectively, were analysed, regarding fish landings occurring on the Harbour of Manaus - AM between 1994 and 2001. These data had been compared in total capture and CPUE with the use of ANCOVA and ANOVA. A total of 2753 trips were registered as proceeding from these areas, 1529 for protected areas and 1224 for the areas not protected. After the prohibition, the registers of trips of fishery during the period of the fenced season, for such areas, had passed of 24% for 21%. The disembarked fished ratio showed small variation, presenting increase in the landing of jaraqui and reduction of matrinchã for the two areas. The ANCOVA indicated not to have significant difference between the groups of areas, and that they would be varying in function of the exerted effort. However, increase of the CPUE after the protection was significant and could be representing indications of reply of the supplies to such measures. This increase was similar for sedentary and migratory species that had not presented significant variations in the differences between themselves (p>0,05). However, registers of landings during the reproductive period had persisted, indicating imperfections in the execution of the prohibitions. Therefore, for an efficient protection of species by restriction of areas, it is necessary that this measure has been linked to an ampler planning of the basin and that has participation of all involved in the process, for the its effective application.porInstituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPABiologia de Água Doce e Pesca Interior - BADPIAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessÁreas protegidasManejoPesca comercialIBAMAAvaliação dos efeitos de medidas de manejo na pesca comercial efetuada na Amazônia Centralinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do INPAinstname:Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)instacron:INPATEXTDissertacao_Rafaela_Vicentini (1).pdf.txtDissertacao_Rafaela_Vicentini (1).pdf.txtExtracted texttext/plain170679https://repositorio.inpa.gov.br/bitstream/1/11338/2/Dissertacao_Rafaela_Vicentini%20%281%29.pdf.txt26e9f2802f364ac560f6ccc59ec773e9MD52THUMBNAILDissertacao_Rafaela_Vicentini (1).pdf.jpgDissertacao_Rafaela_Vicentini (1).pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1461https://repositorio.inpa.gov.br/bitstream/1/11338/3/Dissertacao_Rafaela_Vicentini%20%281%29.pdf.jpg66b122d079697c19d129a48048d8a1a5MD53ORIGINALDissertacao_Rafaela_Vicentini (1).pdfDissertacao_Rafaela_Vicentini (1).pdfapplication/pdf600444https://repositorio.inpa.gov.br/bitstream/1/11338/1/Dissertacao_Rafaela_Vicentini%20%281%29.pdf705a28cf1a723f28c6b45ef8b6fec9abMD511/113382020-03-10 15:31:56.689oai:repositorio:1/11338Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://bdtd.inpa.gov.br/PUBhttps://repositorio.inpa.gov.br/oai/requestrepositorio@inpa.gov.br||repositorio@inpa.gov.bropendoar:2020-03-10T19:31:56Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)false
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