Estudo das camadas limites planetárias marinha e continental na região do Centro de Lançamento de Alcântara

• Autor(a) principal: Elizabeth Diane de Jesus Reuter
• Data de Publicação: 2002
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do INPE
• Texto Completo: http://urlib.net/sid.inpe.br/mtc-m17@80/2007/01.17.11.32

As Camadas Limites Planetárias (CLPs) continental e oceânica são investigadas na região do litoral norte do Estado do Maranhão. Com este propósito, as estruturas das CLPs são examinadas através de estudos observacionais e numéricos. Os dados foram obtidos a partir de observações de superfície e lançamentos simultâneos de radiossondagens no oceano e no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). O modelo tri-dimensional de mesoescala (RAMS) é aplicado para a comparação entre as CLPs observada e simulada e também é aplicado no estudo da circulação de brisa marítima sobre a região do CLA. As maiores amplitudes diárias de temperatura e umidade relativa do ar são observadas no CLA. Observa-se que o vento predominante no CLA é de NE e para o oceano de NE-SE. O perfil vertical da atmosfera marinha e continental muito se assemelham. Nestes perfis, próximo da superfície, existe uma camada um pouco instável e acima dela tem-se uma camada bem misturada limitada acima por uma camada estável e próximo da neutralidade sobre o oceano. A Camada Limite Convectiva (CLC) continental é maior que a CLC marinha, mas a CLC marinha mantém a sua estrutura por mais tempo que a CLC continental, uma vez que esta última responde mais rápido ao ciclo diurno da radiação solar. Verifica-se que o maior desenvolvimento da CLC ocorre sobre o continente no horário das 18:00 UTC e para o oceano às 21:00 UTC. O contraste na rugosidade e aquecimento da superfície do continente e oceano causa a formação de uma circulação local ao longo da linha da costa. Através da componente meridional do vento observa-se que o vento na região do CLA é intensificado pela brisa marítima.