Fundos estocásticos de ondas gravitacionais primordiais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Márcio Eduardo da Silva Alves
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do INPE
Texto Completo: http://urlib.net/sid.inpe.br/mtc-m19@80/2009/11.23.18.20
Resumo: A detecção de ondas gravitacionais geradas no Universo jovem trará informações únicas da física nas escalas de energia extremamente elevadas que foram dominantes alguns tempos de Planck após o Big Bang. O espectro de potência de tais ondas carregam não somente a "memória" do mecanismo responsável pela inflação, mas também dos subsequentes estágios de evolução do Universo. O espectro primordial também pode permitir decidir entre as várias teorias de gravidade? Essa é uma das principais questões do presente trabalho. No contexto de uma dada teoria alternativa de gravitação, ondas gravitacionais podem exibir até seis estados de polarização, ao contrário da Relatividade Geral que apresenta apenas dois. Então a detecção direta de ondas gravitacionais, e a correspondente determinação do número de polarizações independentes, são ferramentas poderosas para testar a Relatividade Geral e teorias alternativas. No presente trabalho utilizamos o formalismo Newman-Penrose para caracterizar ondas gravitacionais no contexto de algumas teorias de gravitação, sendo elas a Relatividade Geral, teorias escalares-tensoriais, gravidade emph{f}(R) e uma teoria bimétrica com grávitons massivos. Uma vez que o número de estados de polarização é determinado de forma inequívoca, descrevemos um esquema de decomposição particularmente adequado para tratar da evolução dos modos de ondas gravitacionais cosmológicas para qualquer teoria métrica. Aplicamos a decomposição para uma teoria escalar-tensorial geral, para a qual as ondas gravitacionais apresentam quatro estados de polarização, e para a teoria bimétrica que apresenta seis polarizações. Das equações resultantes emergem características ausentes na teoria de Einstein. Os modos de ondas gravitacionais são agora "acoplados" às perturbações vetoriais e escalares do fluido perfeito, no sentido que as perturbações de densidade e velocidade entram como fonte para as equações evolutivas das ondas. Finalmente, avaliamos o espectro para os modos livres de ondas gravitacionais para a Relatividade Geral no contexto do modelo $ lambda$ CDM, e para a teoria bimétrica para a qual grávitons massivos mimetizam os efeitos da energia escura. Uma comparação entre os dois espectros mostra que a possibilidade de distinguir entre os dois modelos através de observações com detectores espaciais de ondas gravitacionais como o LISA e o BBO dependem do valor do índice espectral escalar. Se o valor for aquele dado pelo satélite WMAP, então não será possível detectar o sinal por esses experimentos, mas experimentos com sensibilidade mais elevada serão necessários. A futura determinação do espectro primordial para os modos acoplados é de suma importância para compreender as implicações de teorias alternativas na física das perturbações cosmológicas.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisFundos estocásticos de ondas gravitacionais primordiaisThe stochastic background of primordial gravitational waves2009-12-22Oswaldo Duarte MirandaJosé Carlos Neves de AraújoJosé Ademir Sales de LimaJailson Souza de AlcanizMássimo TintoMárcio Eduardo da Silva AlvesInstituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)Programa de Pós-Graduação do INPE em AstrofísicaINPEBRcosmologiaondas gravitacionais primordiaisteorias alternativas de gravitaçãopolarização de ondas gravitacionaisespectros de ondas gravitacionaiscosmologyprimordial gravitational wavesalternative theories of gravitypolarizations of gravitational wavesgravitational waves spectraA detecção de ondas gravitacionais geradas no Universo jovem trará informações únicas da física nas escalas de energia extremamente elevadas que foram dominantes alguns tempos de Planck após o Big Bang. O espectro de potência de tais ondas carregam não somente a "memória" do mecanismo responsável pela inflação, mas também dos subsequentes estágios de evolução do Universo. O espectro primordial também pode permitir decidir entre as várias teorias de gravidade? Essa é uma das principais questões do presente trabalho. No contexto de uma dada teoria alternativa de gravitação, ondas gravitacionais podem exibir até seis estados de polarização, ao contrário da Relatividade Geral que apresenta apenas dois. Então a detecção direta de ondas gravitacionais, e a correspondente determinação do número de polarizações independentes, são ferramentas poderosas para testar a Relatividade Geral e teorias alternativas. No presente trabalho utilizamos o formalismo Newman-Penrose para caracterizar ondas gravitacionais no contexto de algumas teorias de gravitação, sendo elas a Relatividade Geral, teorias escalares-tensoriais, gravidade emph{f}(R) e uma teoria bimétrica com grávitons massivos. Uma vez que o número de estados de polarização é determinado de forma inequívoca, descrevemos um esquema de decomposição particularmente adequado para tratar da evolução dos modos de ondas gravitacionais cosmológicas para qualquer teoria métrica. Aplicamos a decomposição para uma teoria escalar-tensorial geral, para a qual as ondas gravitacionais apresentam quatro estados de polarização, e para a teoria bimétrica que apresenta seis polarizações. Das equações resultantes emergem características ausentes na teoria de Einstein. Os modos de ondas gravitacionais são agora "acoplados" às perturbações vetoriais e escalares do fluido perfeito, no sentido que as perturbações de densidade e velocidade entram como fonte para as equações evolutivas das ondas. Finalmente, avaliamos o espectro para os modos livres de ondas gravitacionais para a Relatividade Geral no contexto do modelo $ lambda$ CDM, e para a teoria bimétrica para a qual grávitons massivos mimetizam os efeitos da energia escura. Uma comparação entre os dois espectros mostra que a possibilidade de distinguir entre os dois modelos através de observações com detectores espaciais de ondas gravitacionais como o LISA e o BBO dependem do valor do índice espectral escalar. Se o valor for aquele dado pelo satélite WMAP, então não será possível detectar o sinal por esses experimentos, mas experimentos com sensibilidade mais elevada serão necessários. A futura determinação do espectro primordial para os modos acoplados é de suma importância para compreender as implicações de teorias alternativas na física das perturbações cosmológicas.The detection of gravitational waves generated in the very early Universe will provide us with an unique information on the physics at extremely high energy scales which took place at several Planck times after the Big Bang. The power spectrum of such waves carries the "memory" of the mechanism which drove the inflation, and also of the subsequent stages of evolution of the Universe.Could the primordial spectrum allow us to decide between different alternative theories of gravity? This is one of the main goals of the present work. In the context of a generic theory of gravity, gravitational waves can exhibit up to six polarization states, while General Relativity theory presents only two. In this way the direct detection of gravitational waves, and the correspondent determination of the number of independent polarizations, are powerful tools to test General Relativity and also the alternative theories of gravity. In the present work we use the Newman-Penrose formalism to characterize gravitational waves for some theories, namely, General Relativity, scalar-tensors theories, emph{f}(R) gravity and a bimetric theory with massive gravitons. Once the number of polarization states is determined in an unambiguous way, we describe a decomposition scheme particularly suitable for treating the evolution of cosmological gravitational wave modes for any theory. Then, we apply the decomposition scheme for a general scalar-tensor theory, for which gravitational waves present four polarization states, and for the bimetric theory which has six polarizations. The resulting equations bring us new features which do not appear in the Einstein's theory. The gravitational wave modes are now coupled to the vector and scalar metric perturbations of the cosmological perfect fluid. Finally, we evaluate the spectra of the free modes of primordial gravitational waves for General Relativity in the context of the $ lambda$ CDM model, and for the bimetric theory in which massive gravitons mimic the dark energy effects. The comparison between the two spectra tells us that the possibility of distinguishing between the two models by observations with the future spatial gravitational wave detectors, such as LISA and BBO, depends on the value of the scalar spectral index. If the value is that quoted by the WMAP satellite then, it will not be possible to detect the signal in such experiments, and so experiments with higher sensitivity will be needed. Finally, we argue that the future determination of the primordial spectra from the coupled modes will be of great importance to the study cosmological perturbations in the context of alternative theories of gravity.http://urlib.net/sid.inpe.br/mtc-m19@80/2009/11.23.18.20info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do INPEinstname:Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)instacron:INPE2021-07-31T06:54:24Zoai:urlib.net:sid.inpe.br/mtc-m19@80/2009/11.23.18.20.16-0Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://bibdigital.sid.inpe.br/PUBhttp://bibdigital.sid.inpe.br/col/iconet.com.br/banon/2003/11.21.21.08/doc/oai.cgiopendoar:32772021-07-31 06:54:25.27Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)false
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