Acurácia do modelo regional ETA utilizado no CPTEC/INPE em detectar os Vórtices Ciclônicos de Altos Níveis atuantes no nordeste do Brasil

• Autor(a) principal: Lais Alves Santos
• Data de Publicação: 2015
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do INPE
• Texto Completo: http://urlib.net/sid.inpe.br/mtc-m21b/2015/03.06.14.51

Este estudo verificou se o modelo regional ETA 20 km, usado no CPTEC/INPE, é capaz de prever o tempo de vida, posicionamento, profundidade, deslocamento e a intensidade dos Vórtices Ciclônicos de Altos Níveis (VCAN) atuantes no Nordeste do Brasil (NEB). O método objetivo proposto por Coutinho em 2008 foi empregado para identificar os VCANs das análises e das previsões de até 72 h do modelo ETA 20 km. Porém, modificações foram feitas no Método a fim de que este pudesse identificar todos os VCANs das saídas do Modelo, já que a resolução horizontal dos dados deste estudo é diferente da dos dados para qual o Método foi proposto originalmente. O estudo foi realizado com enfoque no NEB na área delimitada pelas coordenadas 2$^{°}$N - 25,8$^{°}$S de latitude e 60$^{°}$W - 25,8$^{°}$W de longitude, para o período entre janeiro de 2008 e dezembro de 2011. Os resultados mostraram que o modelo regional ETA 20 km subestima o tempo de vida dos VCANS, nas previsões de até 72 h, ao atrasar sua formação e adiantar sua dissipação. Além de subestimar o número de episódios de VCANS ocorridos no período de tempo analisado. O modelo consegue acompanhar o deslocamento do sistema, porém, os posiciona com um máximo de 10$^{°}$ de defasagem latitudinal e/ou longitudinal entre as previsões e as análises. O ETA tende a posicionar os VCANs a nordeste da posição analisada nas previsões de 24 e de 48 h, enquanto que não existe tendência de posicionamento para as previsões de 72 h. Ao contrário, o ETA aparenta dispersar os VCANs, de forma homogênea, em torno da posição analisada. O modelo ETA 20 km subestima a intensidade dos VCANs, nos três tempos de integração com uma subestimativa maior para as previsões de 48 h. O modelo mostrou ter um bom desempenho no quesito da profundidade dos VCANs, ao distinguir os episódios mais rasos dos mais profundos. A partir das análises do modelo observou-se que os VCANs apresentaram uma máxima inclinação de 6$^{°}$ (longitude ou latitude) do seu posicionamento central num nível superior com relação ao seu posicionamento num nível inferior, além de apresentarem topo com uma maior frequência no nível de 200 hPa.