Origem das linhas de alta ionização em núcleos ativos de Galáxias

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Yaherlyn Elimar Diaz Ramirez
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do INPE
Texto Completo: http://urlib.net/sid.inpe.br/mtc-m21b/2018/02.12.17.27
Resumo: Núcleos ativos de galáxia (AGNs) apresentam em seus espectros linhas proibidas de alta ionização ou linhas coronais (CLs). Devido à energia necessária para sua produção (> 100 eV), as CLs traçam uma parte importante do contínuo ionizante que nem sempre é diretamente acessível a partir de observações devido à absorção Galáctica e interna. Sabe-se que as CLs são geralmente emitidas em regiões compactas próximas à fonte central, mas as condições físicas do gás e os mecanismos associados a sua produção ainda estão em debate. Neste trabalho analisamos os parsecs mais internos de uma amostra de 4 galáxias ativas próximas com emissão coronal proeminente para estudar os mecanismos físicos responsáveis pela produção das CLs. Com este intuito, observações de alta resolução angular ( 0.1/px) coletadas com espectrógrafos de campo integral e óptica adaptativa permitem estudar a distribuição espacial do gás de alta ionização assim como modelar as razões [Si vi]/Br , [S ix]/Pa, [Ca viii]/Br e [Si vii]/Br usando o código de fotoionização CLOUDY. Encontramos que a emissão coronal nos objetos estudados é estendida, até distâncias da ordem de 150-200 pc. O gás distribui-se preferencialmente ao longo do jato rádio em cada uma das galáxias. A distribuição do gás é altamente inhomogênea, com múltiplos knots em emissão. Mapas de canais mostram que a emissão coronal é turbulenta, com velocidades de dispersão acima dos 900 km s−1. Modelos de fotoionização realizados com CLOUDY comprovam que a fotoionização não é o único mecanismo físico responsável pela emissão das linhas coronais. Processos energéticos tais como choques são necessários para explicar a emissão do gás de alta ionização. De modo geral, o nosso trabalho demonstra a utilidade de observações IFUs de alta resolução angular para entender, de forma mais acurada, os processos físicos nos parsecs mais internos dos AGNs.
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