Estudo dos padrões da circulação atmosférica na América do Sul utilizando o POP

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Suelen Trindade Roballo
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do INPE
Texto Completo: http://urlib.net/sid.inpe.br/mtc-m19/2012/11.12.13.39
Resumo: Este estudo analisa a variabilidade atmosférica na América do Sul (AS) e vizinhanças usando a técnica do Padrão de Oscilação Principal (POP). Além disso, caracteriza-se a escala intrasazonal nessa região por meio da função complexa de Morlet. Utilizaram-se dados de Radiação de Onda Longa (ROL) nos meses de outubro a março e o campo diário de vento horizontal e potencial de velocidade ($\chi$) derivados da reanálise do NCEP no período de 1979-2008. No contexto global, diagnosticaram-se os padrões de circulação utilizando o POP na variável $\chi$ em 250 hPa. Encontraram-se como dominantes três padrões de onda zonais. O primeiro corresponde a onda zonal 1 e exibe uma configuração espacial de dipolo no sentido oeste-leste, entre a região da Indonésia e AS. Neste modo do POP, a década de 1979/88 apresentou um período de oscilação de 58 dias e o tempo de decaimento de 17 dias. As décadas de 1989/98 e 1999/2008 apresentaram escalas temporais de 63 e 53 dias, respectivamente, ambas com tempo de decaimento de 16 dias. As máximas amplitudes do POP confinaram-se na região da Indonésia, característico da Oscilação Madden Julian (OMJ). Em latitudes mais altas, identificou-se o modo extratropical de propagação da OMJ associado com o trem de ondas do tipo \textit{Pacific-South American}, influenciando a AS. Análises por regressões identificaram a dinâmica envolvida na OMJ em termos de ondas de Kelvin e Rossby, com pares de giros anticiclônicos (ciclônicos) à oeste da área de convecção (supressão), principalmente em altos níveis. O segundo padrão do POP, refere-se à onda zonal número 2. Para este modo, as décadas de 1979/88 e 1989/98 exibiram frequências de 38 e 32 dias, respectivamente, e tempo de decaimento de 7 dias. A década de 1999/2008 exibe uma oscilação de 29 dias e decaimento de 6 dias. Os resultados apresentaram sinais marcantes entre as porções tropicais da AS e a África, sugerindo a importância destas duas regiões para o desenvolvimento da Oscilação Intrasazonal (OIS). O terceiro padrão do POP refere-se à onda zonal 3. Neste modo do POP, as três décadas, 1979/88, 1989/9 e 1999/2008 apresentaram períodos de oscilação de 23, 29 e 19 dias, respectivamente e decaimento de 5 dias. Identificou-se forte sinal do POP principalmente na porção equatorial da AS, fortalecendo a hipótese da região Amazônica também atuar como uma fonte de calor para escalas de frequências mais altas. Avaliou-se também a variabilidade interanual dos padrões de onda identificados pelo POP. O padrão de onda zonal 1 apresentou as maiores médias anuais em 1997, 1988, 2005, 2004 e 1979, nesta ordem. No caso da onda zonal 2, as mesmas ocorreram em 1998, 1988, 1997, 1992 e 1979. No padrão de onda 3, maiores amplitudes médias anuais foram identificadas durante 1982, 1986, 1980, 2008 e 1998. Nas análises com a técnica de ondaleta, a presença da OIS, na escala de 30 a 70 dias, foi observada ao longo do Oceano Pacífico subtropical em ambos os Hemisférios assim como no leste da AS e na costa oeste da África. Na AS, a máxima variância de ROL localiza-se ao longo da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), no nordeste e centro oeste do Brasil. O sinal da OIS apresentou-se mais intenso na AS, nos meses de janeiro e fevereiro. Avaliaram-se as amplitudes das ondaletas em que se identificou um padrão característico de trem de ondas de latitudes médias deslocando-se meridionalmente, desde o Pacífico e curvando-se na AS, até a posição da ZCAS. Para esta última região, analisaram-se séries temporais das ondaletas durante 12 estações ativas em que a OIS estava mais intensa. Constatou-se que a fase ativa da OIS modula a atividade convectiva nessa região e está associada principalmente à sistemas frontais e ZCAS. A variabilidade média do sinal de energia de ROL para estas 12 estações ativas apresentou expressiva variabilidade interanual tantos em anos neutros como durante anos de El Niño e La Niña.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisEstudo dos padrões da circulação atmosférica na América do Sul utilizando o POPStudy of atmospheric circulation pattern over the South America using POP method2012-12-10Nelson Jesuz FerreiraClóvis Angeli SansigoloCarlos Frederico Mendonça RauppEveraldo Barreiros de SouzaSuelen Trindade RoballoInstituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)Programa de Pós-Graduação do INPE em MeteorologiaINPEBRintrasazonalAmérica do SulconvecçãointraseasonalSouth AmericaconvectionEste estudo analisa a variabilidade atmosférica na América do Sul (AS) e vizinhanças usando a técnica do Padrão de Oscilação Principal (POP). Além disso, caracteriza-se a escala intrasazonal nessa região por meio da função complexa de Morlet. Utilizaram-se dados de Radiação de Onda Longa (ROL) nos meses de outubro a março e o campo diário de vento horizontal e potencial de velocidade ($\chi$) derivados da reanálise do NCEP no período de 1979-2008. No contexto global, diagnosticaram-se os padrões de circulação utilizando o POP na variável $\chi$ em 250 hPa. Encontraram-se como dominantes três padrões de onda zonais. O primeiro corresponde a onda zonal 1 e exibe uma configuração espacial de dipolo no sentido oeste-leste, entre a região da Indonésia e AS. Neste modo do POP, a década de 1979/88 apresentou um período de oscilação de 58 dias e o tempo de decaimento de 17 dias. As décadas de 1989/98 e 1999/2008 apresentaram escalas temporais de 63 e 53 dias, respectivamente, ambas com tempo de decaimento de 16 dias. As máximas amplitudes do POP confinaram-se na região da Indonésia, característico da Oscilação Madden Julian (OMJ). Em latitudes mais altas, identificou-se o modo extratropical de propagação da OMJ associado com o trem de ondas do tipo \textit{Pacific-South American}, influenciando a AS. Análises por regressões identificaram a dinâmica envolvida na OMJ em termos de ondas de Kelvin e Rossby, com pares de giros anticiclônicos (ciclônicos) à oeste da área de convecção (supressão), principalmente em altos níveis. O segundo padrão do POP, refere-se à onda zonal número 2. Para este modo, as décadas de 1979/88 e 1989/98 exibiram frequências de 38 e 32 dias, respectivamente, e tempo de decaimento de 7 dias. A década de 1999/2008 exibe uma oscilação de 29 dias e decaimento de 6 dias. Os resultados apresentaram sinais marcantes entre as porções tropicais da AS e a África, sugerindo a importância destas duas regiões para o desenvolvimento da Oscilação Intrasazonal (OIS). O terceiro padrão do POP refere-se à onda zonal 3. Neste modo do POP, as três décadas, 1979/88, 1989/9 e 1999/2008 apresentaram períodos de oscilação de 23, 29 e 19 dias, respectivamente e decaimento de 5 dias. Identificou-se forte sinal do POP principalmente na porção equatorial da AS, fortalecendo a hipótese da região Amazônica também atuar como uma fonte de calor para escalas de frequências mais altas. Avaliou-se também a variabilidade interanual dos padrões de onda identificados pelo POP. O padrão de onda zonal 1 apresentou as maiores médias anuais em 1997, 1988, 2005, 2004 e 1979, nesta ordem. No caso da onda zonal 2, as mesmas ocorreram em 1998, 1988, 1997, 1992 e 1979. No padrão de onda 3, maiores amplitudes médias anuais foram identificadas durante 1982, 1986, 1980, 2008 e 1998. Nas análises com a técnica de ondaleta, a presença da OIS, na escala de 30 a 70 dias, foi observada ao longo do Oceano Pacífico subtropical em ambos os Hemisférios assim como no leste da AS e na costa oeste da África. Na AS, a máxima variância de ROL localiza-se ao longo da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), no nordeste e centro oeste do Brasil. O sinal da OIS apresentou-se mais intenso na AS, nos meses de janeiro e fevereiro. Avaliaram-se as amplitudes das ondaletas em que se identificou um padrão característico de trem de ondas de latitudes médias deslocando-se meridionalmente, desde o Pacífico e curvando-se na AS, até a posição da ZCAS. Para esta última região, analisaram-se séries temporais das ondaletas durante 12 estações ativas em que a OIS estava mais intensa. Constatou-se que a fase ativa da OIS modula a atividade convectiva nessa região e está associada principalmente à sistemas frontais e ZCAS. A variabilidade média do sinal de energia de ROL para estas 12 estações ativas apresentou expressiva variabilidade interanual tantos em anos neutros como durante anos de El Niño e La Niña.This work analyzes the atmospheric variability in South America (SA) and neighboring, using the Principal Oscillation Pattern (POP). Moreover, it describes the intraseasonal scale over this region, through the complex Morlet wavelet transform. To develop this work were used the daily Outgoing Longwave Radiation (OLR), from October to March, the horizontal wind field, and velocity potential ($\chi$) from NCEP reanalysis (1979 to 2008). Three zonal waves dominant patterns were found from $\chi$ (250hPa) using the POP methodology. The first one corresponds to the zonal wave 1 and shows a west- east dipole spatial configuration between Indonesia and SA. In this POP mode, the 1979/1988 presented an oscillation period of 58 days and a decay time of 17 days. For 1989/1998 and 1999/2008 the temporal scales were 63 and 53 days, respectively, both with a decay time of 16 days. The maximum POP amplitudes were found on Indonesia, a feature observed in Madden Julian Oscillation (MJO). In higher latitudes, it was identified the MJO extratropical modes propagation related to the Pacific-South American pattern that affecting the SA. The regression analyses identified in OMJ dynamics in terms of Kelvin and Rossby waves, with pairs of anti-cyclonic (cyclonic) gyres behind the convection (suppression) area in upper troposphere. The second POP pattern refers to the zonal wave 2. In this mode, the 1979/1988 and 1989/1998 time showed a temporal scale of 38 and 32 days, respectively, and decay time of 7 days. For 1999/2008 the oscillation period was 29 days and decay time was 6 days. An intense POP signals between the tropical regions of SA and Africa were found suggesting the importance of these two regions for the Intraseasonal Oscillation (ISO) development. The third POP pattern refers to the zonal wave 3. In this POP mode, the 1979/1988, 1989/1998, and 1999/2008 time exhibited an oscillation of 23, 29, and 19 days, respectively and decay time was 5 days for each period. A strong POP signal was identified in the equatorial portion of SA, strengthening the hypothesis of Amazon region to be a heat source to the higher frequencies. The interannual variability of POP´s wave patterns was also analyzed. The highest annual averages were found for zonal wave 1 in 1997, 1988, 2005, 2004, and 1979. For the zonal wave 2 the maximum were in 1998, 1988, 1997, 1992, and 1979. Finally, the zonal wave 3 showed the highest values in 1982, 1986, 1980, 2008, and 1998. The wavelet technique found the ISO presence in a temporal scale of 30 to 70 days along the subtropical Pacific Ocean in both hemispheres, as well as, over the east of SA and in west coast of Africa. Over the SA, the OLR maximum variance was found on the South Atlantic Convergence Zone (SACZ), northeast, and central west of Brazil regions. Also, the ISO signal is more intense over the SA in January and February. Furthermore, the wavelets amplitudes showed a propagation wave train in mid latitudes with meridional displacement, from the Pacific Ocean to the SACZ position. The most intense ISO signal was observed over the Southeast of Brazil, for this reason the wavelets temporal series for 12 active seasons were analyzed. It was observed that the ISO active phase modulates the convective activity on this region and it can be associated with the frontal systems and SACZ. 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