Precipitação de partículas e efeitos ionosféricos associados na região da anomalia geomagnética brasileira

• Autor(a) principal: Inez Staciarini Batista
• Data de Publicação: 1975
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do INPE
• Texto Completo: http://urlib.net/sid.inpe.br/iris@1905/2005/07.25.21.03.26

O objetivo do presente estudo é examinar a importância da ionização durante tempo quieto devido a partículas carregadas precipitadas na região E sobre a Anomalia Geomagnética Brasileira. Foram usados dados de ionosonda para a camada E esporádica obtidos em São José dos Campos (23°12'S, 45°51'W) e Cachoeira Paulista (22°42'S, 45°01'W) para alguns meses no período de 1973-74. Desde que o efeito de partículas precipitadas em tempo quieto, durante o dia, é superado pela ionização devido à radiação solar, restringimos nosso estudo principalmente aos dados à noite. Abordaremos o problema examinando com valores críticos, se é necessária uma fonte de ionização noturna, diferente daquelas atualmente reconhecidas para baixas latitudes, para explicar nossos resultados para a camada E esporádica à noite. No capítulo II apresentamos os resultados da análise de alguns parâmetros da camada E_S. Vimos que a frequência de ocorrência de E_S à noite nessa região é muito alta em comparação com resultados existentes de estações em latitudes médias. No capítulo III calculamos a taxa de produção de pares de íons devido a elétrons precipitados para vários espectros de energia de elétrons baseados em medidas de satélites. Essas taxas de produção são usadas para calcular perfis de densidade eletrônica de camadas E_S usando a teoria da redistribuição de ionização por ventos neutros (ou teoria dos ventos de cisalhamento). São calculados vários perfis para valores diferentes de vento de cisalhamento neutro, coeficiente de recombinação, espectro de energia dos elétrons. A densidade do pico das camadas obtidas são comparadas com a frequência de "blanketing" observada para a camada E_S. É feita então uma discussão nas restrições dos vários parâmetros a fim de determinar um limite mínimo no fluxo de elétrons necessário para explicar os resultados observados, baseado no mecanismo dos ventos de cisalhamento. Este fluxo mínimo encontrado é J = 1,6548 exp (-E/20) electrons/cm^2.s.ster.keV.