Campos elétricos e derivas do plasma na ionosfera equatorial do setor americano durante tempestades magnéticas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do INPE |
Texto Completo: | http://urlib.net/sid.inpe.br/mtc-m21b/2015/03.17.20.47 |
Resumo: | Neste trabalho, apresenta-se um estudo sobre a conexão entre os campos elétricos e as derivas do plasma ionosférico do setor sul americano, durante a ocorrência de distúrbios magnéticos. No decorrer da pesquisa, também objetivou-se estudar a influência da atividade solar mínima prolongada do ano de 2008, no comportamento da deriva zonal de Jicamarca durante o dia, mesmo na ausência de qualquer atividade magnética. Além disso, a recorrente presença de uma camada E-esporádica sobre a região brasileira, observada em $\sim$ 140 km de altura, durante o período noturno, também foi brevemente discutida. Para tanto, alguns eventos de tempestades magnéticas foram escolhidos para que as componentes vertical e zonal das derivas do plasma, obtidas pelo radar de espalhamento incoerente de Jicamarca (11.95$^{°}$S, 76.87$^{°}$O), pela Digissonda de Fortaleza (3,43$^{°}$S, 38,52$^{°}$O) e pelos dados de imageador ótico all-sky (deriva zonal) de São João do Cariri-Brasil (7,4$^{°}$S, 38.52$^{°}$O) pudessem ser estudadas. As perturbações na deriva zonal do plasma foram investigadas juntamente com as variações simultâneas na deriva vertical, as quais são regidas pelo campo elétrico de penetração, durante o desenvolvimento de uma tempestade. Uma vez que o enfoque desse estudo está nos fatores físicos e eletrodinâmicos que regem a dinâmica da deriva zonal perturbada do plasma, foi possível, por meio de uma análise quantitativa detalhada, avaliar os parâmetros que controlam a deriva zonal do plasma e, assim, propor uma explicação para a conexão observada entre as derivas zonal e vertical. Nesse contexto, adotou-se o modelo SUPIM-INPE - \emph{Sheffield University Plasmasphere Ionosphere Model at INPE} -, o qual se configurou como uma importante ferramenta para que todos os fatores necessários para o cálculo da deriva zonal do plasma pudessem ser quantificados e a deriva zonal calculada pudesse ser comparada aos dados observados. Os dados analisados mostraram que a deriva zonal se inverte para oeste (a partir do seu movimento normal para leste) e que as variações entre a deriva zonal e vertical, durante condições perturbadas, são anticorrelacionadas entre si. Os resultados encontrados confirmam que a inversão da deriva zonal e a perfeita anticorrelação entre as derivas vertical e zonal da ionosfera, durante o desenvolvimento de uma tempestade magnética, foram geradas, principalmente, pelo campo elétrico Hall, induzido pelo campo elétrico de penetração, na presença de um aumento da taxa das condutividades Hall-Pedersen integradas ao longo das linhas de campo ($\Sigma$$_{H}$/$\Sigma$$_{P}$). Com relação aos resultados de Jicamarca, esta conclusão só foi possível porque as oscilações nas derivas foram observadas no início de uma tempestade magnética e, assim, os efeitos dos ventos perturbados puderam ser excluídos. Para a região brasileira, as análises das derivas foram feitas em diferentes fases da tempestade magnética e mostraram, quantitativamente, que a modificação na velocidade zonal das bolhas de plasma apresentou uma clara competição entre os ventos perturbados e o aumento na razão $\Sigma$$_{H}$/$\Sigma$$_{P}$.Tal aumento foi gerado, principalmente, por um acréscimo na condutividade Hall integrada decorrente da precipitação de partículas energéticas na região da Anomalia Magnética do Atlântico Sul (AMAS), cuja comprovação foi possível através da ocorrência de camadas E-esporádicas anômalas observadas nas regiões de Fortaleza, Cachoeira Paulista e São José dos Campos. Tais camadas também representam uma evidência do desenvolvimento do campo elétrico Hall, o qual é responsável por modificar a deriva zonal. |
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info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisCampos elétricos e derivas do plasma na ionosfera equatorial do setor americano durante tempestades magnéticasElectric fields and equatorial ionospheric plasma drifts over american sector during magnetic storms2015-04-15Mangalathayil Ali AbduJonas Rodrigues de SouzaWalter Demetrio Gonzalez AlarconGilvan Luiz BorbaMarcio Tadeu de Assis Honorato MuellaÂngela Machado dos Santos ValentimInstituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)Programa de Pós-Graduação do INPE em Geofísica Espacial/Ciências do Ambiente Solar-TerrestreINPEBRderivas ionosféricascampos elétricostempestades magnéticasionospheric driftselectric fieldsmagnetic stormsNeste trabalho, apresenta-se um estudo sobre a conexão entre os campos elétricos e as derivas do plasma ionosférico do setor sul americano, durante a ocorrência de distúrbios magnéticos. No decorrer da pesquisa, também objetivou-se estudar a influência da atividade solar mínima prolongada do ano de 2008, no comportamento da deriva zonal de Jicamarca durante o dia, mesmo na ausência de qualquer atividade magnética. Além disso, a recorrente presença de uma camada E-esporádica sobre a região brasileira, observada em $\sim$ 140 km de altura, durante o período noturno, também foi brevemente discutida. Para tanto, alguns eventos de tempestades magnéticas foram escolhidos para que as componentes vertical e zonal das derivas do plasma, obtidas pelo radar de espalhamento incoerente de Jicamarca (11.95$^{°}$S, 76.87$^{°}$O), pela Digissonda de Fortaleza (3,43$^{°}$S, 38,52$^{°}$O) e pelos dados de imageador ótico all-sky (deriva zonal) de São João do Cariri-Brasil (7,4$^{°}$S, 38.52$^{°}$O) pudessem ser estudadas. 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Os dados analisados mostraram que a deriva zonal se inverte para oeste (a partir do seu movimento normal para leste) e que as variações entre a deriva zonal e vertical, durante condições perturbadas, são anticorrelacionadas entre si. Os resultados encontrados confirmam que a inversão da deriva zonal e a perfeita anticorrelação entre as derivas vertical e zonal da ionosfera, durante o desenvolvimento de uma tempestade magnética, foram geradas, principalmente, pelo campo elétrico Hall, induzido pelo campo elétrico de penetração, na presença de um aumento da taxa das condutividades Hall-Pedersen integradas ao longo das linhas de campo ($\Sigma$$_{H}$/$\Sigma$$_{P}$). Com relação aos resultados de Jicamarca, esta conclusão só foi possível porque as oscilações nas derivas foram observadas no início de uma tempestade magnética e, assim, os efeitos dos ventos perturbados puderam ser excluídos. Para a região brasileira, as análises das derivas foram feitas em diferentes fases da tempestade magnética e mostraram, quantitativamente, que a modificação na velocidade zonal das bolhas de plasma apresentou uma clara competição entre os ventos perturbados e o aumento na razão $\Sigma$$_{H}$/$\Sigma$$_{P}$.Tal aumento foi gerado, principalmente, por um acréscimo na condutividade Hall integrada decorrente da precipitação de partículas energéticas na região da Anomalia Magnética do Atlântico Sul (AMAS), cuja comprovação foi possível através da ocorrência de camadas E-esporádicas anômalas observadas nas regiões de Fortaleza, Cachoeira Paulista e São José dos Campos. Tais camadas também representam uma evidência do desenvolvimento do campo elétrico Hall, o qual é responsável por modificar a deriva zonal.In the present work, we investigate the connection between electric fields and plasma drifts in the ionosphere over South American longitude sector, during conditions of magnetic disturbances. We also investigated the influence of deep and prolonged solar minimum of the year 2008, on the behavior of the daytime zonal plasma drift over Jicamarca in the absence of any magnetic activity. In addition, the recurring presence of a sporadic E-layer observed at $\sim$ 140 km during the night on the Brazilian region are also briefly discussed.To make this investigation possible, we selected a few magnetic storm intervals, during which plasma drifts, in both vertical and zonal components, were analyzed using incoherent scatter radar data from Jicamarca (11,95$^{°}$ S, 76,87$^{°}$ W), Digisonde data from Fortaleza (3,43$^{°}$ S, 38,52$^{°}$ O), and all-sky imager data from Sao Joao de Cariri (7,4$^{°}$S, 37,5$^{°}$ W). Zonal plasma drift perturbations are investigated together with the simultaneous variations in vertical plasma drifts that are identified as arising from prompt penetration zonal electric field during storm developments. This study focus on the physical and electrodynamic factors that govern the dynamics of the storm time zonal plasma drifts and, based on detailed quantitative evaluation of controlling parameters, proposes an explanation for the observed relationship between the zonal and vertical drifts. The SUPIM-INPE - \emph{Sheffield University Plasmasphere Ionosphere Model at INPE} - is used as an important tool to represent realistic ionosphere that provided all the key parameters necessary for the calculation of zonal plasma drifts that are then compared to the observed data. It is found that the plasma zonal drift reverses to westward (from its quiet time eastward direction) and the vertical and zonal drifts are anti correlated under disturbed conditions. The results confirm that the reversal of the zonal drift and the perfect anticorrelation between vertical and zonal drifts observed during magnetic storm development phase are driven mainly by a vertical Hall electric field induced by the primary zonal electric field in the presence of an increase in the field line integrated Hall-to-Pedersen conductivities ratio, $\Sigma$$_{H}$/$\Sigma$$_{P}$. In the case of the results over Jicamarca this definitive verification was possible because fluctuations in drifts were observed at the beginning of a magnetic storm when the effects of disturbance winds could be excluded. For the Brazilian region, where the observations were made at varying phases of magnetic disturbances, it is shown quantitatively that the change in zonal velocity of the plasma bubble are subject to clear competition between the disturbance winds and the increased ratio $\Sigma$$_{H}$/$\Sigma$$_{P}$. Such increase in the conductivity ratio are most often generated by an increase in integrated Hall conductivity, due to precipitation of energetic particles in the region of the South Atlantic Magnetic Anomaly (SAMA) for which evidence is provided from observation of anomalous sporadic E layers over Jicamarca, Fortaleza, Cachoeira Paulista and Sao Jose dos Campos. 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Neste trabalho, apresenta-se um estudo sobre a conexão entre os campos elétricos e as derivas do plasma ionosférico do setor sul americano, durante a ocorrência de distúrbios magnéticos. No decorrer da pesquisa, também objetivou-se estudar a influência da atividade solar mínima prolongada do ano de 2008, no comportamento da deriva zonal de Jicamarca durante o dia, mesmo na ausência de qualquer atividade magnética. Além disso, a recorrente presença de uma camada E-esporádica sobre a região brasileira, observada em $\sim$ 140 km de altura, durante o período noturno, também foi brevemente discutida. Para tanto, alguns eventos de tempestades magnéticas foram escolhidos para que as componentes vertical e zonal das derivas do plasma, obtidas pelo radar de espalhamento incoerente de Jicamarca (11.95$^{°}$S, 76.87$^{°}$O), pela Digissonda de Fortaleza (3,43$^{°}$S, 38,52$^{°}$O) e pelos dados de imageador ótico all-sky (deriva zonal) de São João do Cariri-Brasil (7,4$^{°}$S, 38.52$^{°}$O) pudessem ser estudadas. As perturbações na deriva zonal do plasma foram investigadas juntamente com as variações simultâneas na deriva vertical, as quais são regidas pelo campo elétrico de penetração, durante o desenvolvimento de uma tempestade. Uma vez que o enfoque desse estudo está nos fatores físicos e eletrodinâmicos que regem a dinâmica da deriva zonal perturbada do plasma, foi possível, por meio de uma análise quantitativa detalhada, avaliar os parâmetros que controlam a deriva zonal do plasma e, assim, propor uma explicação para a conexão observada entre as derivas zonal e vertical. Nesse contexto, adotou-se o modelo SUPIM-INPE - \emph{Sheffield University Plasmasphere Ionosphere Model at INPE} -, o qual se configurou como uma importante ferramenta para que todos os fatores necessários para o cálculo da deriva zonal do plasma pudessem ser quantificados e a deriva zonal calculada pudesse ser comparada aos dados observados. Os dados analisados mostraram que a deriva zonal se inverte para oeste (a partir do seu movimento normal para leste) e que as variações entre a deriva zonal e vertical, durante condições perturbadas, são anticorrelacionadas entre si. Os resultados encontrados confirmam que a inversão da deriva zonal e a perfeita anticorrelação entre as derivas vertical e zonal da ionosfera, durante o desenvolvimento de uma tempestade magnética, foram geradas, principalmente, pelo campo elétrico Hall, induzido pelo campo elétrico de penetração, na presença de um aumento da taxa das condutividades Hall-Pedersen integradas ao longo das linhas de campo ($\Sigma$$_{H}$/$\Sigma$$_{P}$). Com relação aos resultados de Jicamarca, esta conclusão só foi possível porque as oscilações nas derivas foram observadas no início de uma tempestade magnética e, assim, os efeitos dos ventos perturbados puderam ser excluídos. Para a região brasileira, as análises das derivas foram feitas em diferentes fases da tempestade magnética e mostraram, quantitativamente, que a modificação na velocidade zonal das bolhas de plasma apresentou uma clara competição entre os ventos perturbados e o aumento na razão $\Sigma$$_{H}$/$\Sigma$$_{P}$.Tal aumento foi gerado, principalmente, por um acréscimo na condutividade Hall integrada decorrente da precipitação de partículas energéticas na região da Anomalia Magnética do Atlântico Sul (AMAS), cuja comprovação foi possível através da ocorrência de camadas E-esporádicas anômalas observadas nas regiões de Fortaleza, Cachoeira Paulista e São José dos Campos. Tais camadas também representam uma evidência do desenvolvimento do campo elétrico Hall, o qual é responsável por modificar a deriva zonal. |
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In the present work, we investigate the connection between electric fields and plasma drifts in the ionosphere over South American longitude sector, during conditions of magnetic disturbances. We also investigated the influence of deep and prolonged solar minimum of the year 2008, on the behavior of the daytime zonal plasma drift over Jicamarca in the absence of any magnetic activity. In addition, the recurring presence of a sporadic E-layer observed at $\sim$ 140 km during the night on the Brazilian region are also briefly discussed.To make this investigation possible, we selected a few magnetic storm intervals, during which plasma drifts, in both vertical and zonal components, were analyzed using incoherent scatter radar data from Jicamarca (11,95$^{°}$ S, 76,87$^{°}$ W), Digisonde data from Fortaleza (3,43$^{°}$ S, 38,52$^{°}$ O), and all-sky imager data from Sao Joao de Cariri (7,4$^{°}$S, 37,5$^{°}$ W). Zonal plasma drift perturbations are investigated together with the simultaneous variations in vertical plasma drifts that are identified as arising from prompt penetration zonal electric field during storm developments. This study focus on the physical and electrodynamic factors that govern the dynamics of the storm time zonal plasma drifts and, based on detailed quantitative evaluation of controlling parameters, proposes an explanation for the observed relationship between the zonal and vertical drifts. The SUPIM-INPE - \emph{Sheffield University Plasmasphere Ionosphere Model at INPE} - is used as an important tool to represent realistic ionosphere that provided all the key parameters necessary for the calculation of zonal plasma drifts that are then compared to the observed data. It is found that the plasma zonal drift reverses to westward (from its quiet time eastward direction) and the vertical and zonal drifts are anti correlated under disturbed conditions. The results confirm that the reversal of the zonal drift and the perfect anticorrelation between vertical and zonal drifts observed during magnetic storm development phase are driven mainly by a vertical Hall electric field induced by the primary zonal electric field in the presence of an increase in the field line integrated Hall-to-Pedersen conductivities ratio, $\Sigma$$_{H}$/$\Sigma$$_{P}$. In the case of the results over Jicamarca this definitive verification was possible because fluctuations in drifts were observed at the beginning of a magnetic storm when the effects of disturbance winds could be excluded. For the Brazilian region, where the observations were made at varying phases of magnetic disturbances, it is shown quantitatively that the change in zonal velocity of the plasma bubble are subject to clear competition between the disturbance winds and the increased ratio $\Sigma$$_{H}$/$\Sigma$$_{P}$. Such increase in the conductivity ratio are most often generated by an increase in integrated Hall conductivity, due to precipitation of energetic particles in the region of the South Atlantic Magnetic Anomaly (SAMA) for which evidence is provided from observation of anomalous sporadic E layers over Jicamarca, Fortaleza, Cachoeira Paulista and Sao Jose dos Campos. Such sporadic E layers are also evidence for the development of the Hall electric field that modifies zonal drift. |
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