Atividade nas Estrelas Secundárias de Variáveis Cataclísmicas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Leonardo Andrade de Almeida
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do INPE
Texto Completo: http://urlib.net/sid.inpe.br/mtc-m18@80/2009/02.02.17.10
Resumo: A atividade nas secundárias de variáveis cataclísmicas é um importante ingrediente para remoção de momento angular da binária via freamento magnético dessa estrela que gira sincronizada à revolução orbital. Esse efeito e a emissão de ondas gravitacionais definem a trajetória evolutiva das variáveis cataclísmicas. Entretanto, a atividade nas secundárias é difícil de ser acessada observacionalmente, uma vez que esses objetos podem ser ordens de grandeza mais fracos que as demais fontes de radiação no sistema. Neste trabalho, contornamos essa dificuldade com uma abordagem alternativa: observamos anãs vermelhas e anãs marrons isoladas, com o objetivo de quantificar sua atividade fotométrica, de forma a poder estimar qual seria o efeito dessa atividade se o mesmo objeto fosse a componente secundária de uma variável cataclísmica. Em relação à atividade nas anãs vermelhas e anãs marrons isoladas, observamos que, apesar de a maior parte dos objetos selecionados apresentar amplitude de variabilidade da ordem de milésimos a centésimos de magnitude nas bandas I e H, dois deles, 2MASS J0331302-304238 e o sistema triplo LHS 1070, apresentaram atividade do tipo flare. Em 2MASS J0331302-304238 a amplitude do flare observado foi de aproximadamente 0,15 mag na banda I. Em LHS 1070 também observamos um flare na banda I, com escala de tempo de decaimento de horas, e amplitude de alguns décimos de magnitude. Na banda B, observamos um evento com amplitude impressionante (aproximadamente 5 mag) e identificamos a componente LHS 1070 B como responsável pela emissão. A detecção de atividade fotométrica a este nível em LHS 1070 é inédita. Verificamos que o flare energético detectado em LHS 1070 B seria facilmente observável nas curvas de luz de sistemas do tipo AM Her no estado baixo. Mostramos também que é possível eventos desse tipo serem observados nas curvas de luz de sistemas do tipo VY Scl no estado baixo e mesmo em sistemas do tipo SW Sex, mas nesses últimos as condições são menos favoráveis.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisAtividade nas Estrelas Secundárias de Variáveis CataclísmicasActivity on the Secondaries of Cataclysmic Variables2009-02-18Francisco José JablonskiJoaquim Eduardo Rezende CostaCarlos Alberto Pinto Coelho Oliveira TorresLeonardo Andrade de AlmeidaInstituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)Programa de Pós-Graduação do INPE em AstrofísicaINPEBRAtividade estelarestrelas secundáriasvariáveis cataclísmicasexplosãoestrelasstellar activitysecondary starscataclysmic variablesflarestarsA atividade nas secundárias de variáveis cataclísmicas é um importante ingrediente para remoção de momento angular da binária via freamento magnético dessa estrela que gira sincronizada à revolução orbital. Esse efeito e a emissão de ondas gravitacionais definem a trajetória evolutiva das variáveis cataclísmicas. Entretanto, a atividade nas secundárias é difícil de ser acessada observacionalmente, uma vez que esses objetos podem ser ordens de grandeza mais fracos que as demais fontes de radiação no sistema. Neste trabalho, contornamos essa dificuldade com uma abordagem alternativa: observamos anãs vermelhas e anãs marrons isoladas, com o objetivo de quantificar sua atividade fotométrica, de forma a poder estimar qual seria o efeito dessa atividade se o mesmo objeto fosse a componente secundária de uma variável cataclísmica. Em relação à atividade nas anãs vermelhas e anãs marrons isoladas, observamos que, apesar de a maior parte dos objetos selecionados apresentar amplitude de variabilidade da ordem de milésimos a centésimos de magnitude nas bandas I e H, dois deles, 2MASS J0331302-304238 e o sistema triplo LHS 1070, apresentaram atividade do tipo flare. Em 2MASS J0331302-304238 a amplitude do flare observado foi de aproximadamente 0,15 mag na banda I. Em LHS 1070 também observamos um flare na banda I, com escala de tempo de decaimento de horas, e amplitude de alguns décimos de magnitude. Na banda B, observamos um evento com amplitude impressionante (aproximadamente 5 mag) e identificamos a componente LHS 1070 B como responsável pela emissão. A detecção de atividade fotométrica a este nível em LHS 1070 é inédita. Verificamos que o flare energético detectado em LHS 1070 B seria facilmente observável nas curvas de luz de sistemas do tipo AM Her no estado baixo. Mostramos também que é possível eventos desse tipo serem observados nas curvas de luz de sistemas do tipo VY Scl no estado baixo e mesmo em sistemas do tipo SW Sex, mas nesses últimos as condições são menos favoráveis.Activity in the secondary star is an important ingredient for the removal of orbital angular momentum in cataclysmic variables. The magnetic-breaking of the secondary due to a stellar wind interacting with the interstellar medium, together with the emission of gravitational waves, define the evolutive fate of such binaries. However, the direct observation of activity in the secondary is difficult because this object may be orders of magnitude fainter than the other sources of radiation in the system. In this work, we adopted an alternative approach to estimate the effects of the activity in the system's brightness as a whole: we have observed field red and brown dwarfs aiming to quantify their activity and estimate their importance face to other sources of radiation in the system. Even though most of the observed objects showed activity only at the 0.1% - 1% level in the I and H bands, two of them showed noticeable flaring activity: 2MASS J0331302-304238 and LHS 1070. In the first object, we observed a 0.15 mag I band flare. In the second, besides the descend of a long (hours time-scale) I band flare with a few tenths of mag amplitude, we observed an impressive 5 mag amplitude flare in the B band. Photometric activity at this level was not known before for LHS 1070. We identified component B of the system has the emitting object. We calculated that the energetic event would be easily observed in the light curve of an AM Her system at low state. We also show that such events might be observed in VY Scl systems at low state. In SW Sex, the observational conditions are less favorable due to the strong influence of the accretion disk.http://urlib.net/sid.inpe.br/mtc-m18@80/2009/02.02.17.10info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do INPEinstname:Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)instacron:INPE2021-07-31T06:53:18Zoai:urlib.net:sid.inpe.br/mtc-m18@80/2009/02.02.17.10.44-0Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://bibdigital.sid.inpe.br/PUBhttp://bibdigital.sid.inpe.br/col/iconet.com.br/banon/2003/11.21.21.08/doc/oai.cgiopendoar:32772021-07-31 06:53:19.085Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)false
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