Determinantes do spread bancário no Brasil: um modelo com coeficientes variando no tempo aplicando filtro de Kalman
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do INSPER |
Texto Completo: | https://www.repositorio.insper.edu.br/handle/11224/2298 |
Resumo: | Os altos níveis da taxa básica de juros e dos spreads bancários (margens bancárias) no país são objeto de amplo estudo e discussão dado as suas particularidades e importância na economia brasileira. Nessa direção, este trabalho se dedicou a melhor compreender a formação do spread bancário no Brasil, buscando consolidar trabalhos empíricos da literatura nacional que levantam uma série de variáveis macroeconômicas testadas para explicar formação das margens praticadas no mercado bancário brasileiro. Para analisar as variáveis elencadas, foram aplicadas regressões lineares, com estimadores de Mínimos Quadrados Ordinários (MQO) e também equações de espaçoestado utilizando o Filtro de Kalman para estimar coeficientes variando ao longo do tempo. Com os resultados obtidos foi possível observar que a taxa básica de juros da economia é a variável macroeconômica de maior relevância na formação do spread bancário no Brasil. Tanto a volatilidade das taxas de juros, mensurada por contratos futuros de DI, e as variações no nível da taxa Selic apresentaram coeficientes positivos, indicando que ambas as variáveis pressionam o spread bancário para cima. Desse modo, a taxa básica de juros da economia tem um papel duplo na formação do custo de crédito (custo final para o tomador) no país, impactando tanto a taxa de captação quanto o spread dos bancos. A inadimplência, como esperado, também apresentou resultado positivo e significativo, sendo também a única variável além dos juros a pressionar os spreads para cima. O crédito direcionado mostrou resultado estatisticamente significativo na redução do spread bancário no período analisado, de 2007 a 2012, potencializando seu efeito com a Crise de 2008 e depois perdendo força e oscilando em impacto. Variáveis macroeconômicas como variações no produção industrial, inflação e emprego não apresentaram impactos estatisticamente significativos. Por fim, constatou-se que, em período de maior aversão ao risco (ex.: Crise Financeira de 2008), o spread bancário fica sensível às variáveis que impactam a sua formação como um todo. |
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Determinantes do spread bancário no Brasil: um modelo com coeficientes variando no tempo aplicando filtro de KalmanSpread bancário; taxa de juros; crédito; bancosOs altos níveis da taxa básica de juros e dos spreads bancários (margens bancárias) no país são objeto de amplo estudo e discussão dado as suas particularidades e importância na economia brasileira. Nessa direção, este trabalho se dedicou a melhor compreender a formação do spread bancário no Brasil, buscando consolidar trabalhos empíricos da literatura nacional que levantam uma série de variáveis macroeconômicas testadas para explicar formação das margens praticadas no mercado bancário brasileiro. Para analisar as variáveis elencadas, foram aplicadas regressões lineares, com estimadores de Mínimos Quadrados Ordinários (MQO) e também equações de espaçoestado utilizando o Filtro de Kalman para estimar coeficientes variando ao longo do tempo. Com os resultados obtidos foi possível observar que a taxa básica de juros da economia é a variável macroeconômica de maior relevância na formação do spread bancário no Brasil. Tanto a volatilidade das taxas de juros, mensurada por contratos futuros de DI, e as variações no nível da taxa Selic apresentaram coeficientes positivos, indicando que ambas as variáveis pressionam o spread bancário para cima. Desse modo, a taxa básica de juros da economia tem um papel duplo na formação do custo de crédito (custo final para o tomador) no país, impactando tanto a taxa de captação quanto o spread dos bancos. A inadimplência, como esperado, também apresentou resultado positivo e significativo, sendo também a única variável além dos juros a pressionar os spreads para cima. O crédito direcionado mostrou resultado estatisticamente significativo na redução do spread bancário no período analisado, de 2007 a 2012, potencializando seu efeito com a Crise de 2008 e depois perdendo força e oscilando em impacto. Variáveis macroeconômicas como variações no produção industrial, inflação e emprego não apresentaram impactos estatisticamente significativos. Por fim, constatou-se que, em período de maior aversão ao risco (ex.: Crise Financeira de 2008), o spread bancário fica sensível às variáveis que impactam a sua formação como um todo.The high levels of the basic interest rate and the banking spreads (bank margins) in the country are the subject of extensive study and discussion given their particularities and importance in the Brazilian economy. In this direction, this work was dedicated to better understand the formation of banking spread in Brazil, seeking to consolidate empirical studies of the national literature that raise a series of macroeconomic variables tested to explain the formation of margins practiced in the Brazilian banking market. In order to analyze the listed variables, linear regressions were applied, with estimates of Ordinary Least Squares (OLS), as well as space-state equations using the Kalman Filter to estimate coefficients varying over time. With the results obtained it was possible to observe that the basic interest rate of the economy is the macroeconomic variable of greater relevance in the formation of the banking spread in Brazil. Both interest rate volatility, measured by DI futures contracts, and changes in the Selic rate level showed positive coefficients, indicating that both variables press the banking spread upwards. Thus, the basic interest rate of the economy plays a double role in the formation of the cost of credit (final cost to the borrower) in the country, impacting both the borrowing rate and the banks spread. Default rate, as expected, also presented positive and significant results, being also the only variable besides interest to push the spreads upwards. The earmarked credit showed a statistically significant result in the reduction of the banking spread in the analyzed period, from 2007 to 2012, increasing its effect with the 2008 Financial Crisis and then losing strength and oscillating in impact. Macroeconomic variables such as changes in industrial production, inflation and employment did not present statistically significant impacts. Finally, it was found that in a period of greater risk aversion (e.g. 2008 Financial Crisis), the banking spread is sensitive to the variables that impact its formation as a whole.Athayde, Gustavo Monteiro deMoromizato, Vitor RamosMoromizato, Vitor Ramos2021-09-13T03:20:18Z2019-07-16T17:50:19Z2021-09-13T03:20:18Z20172019-07-16T17:50:19Z20172017info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis58 p.application/pdfhttps://www.repositorio.insper.edu.br/handle/11224/2298São PauloTODOS OS DOCUMENTOS DESSA COLEÇÃO PODEM SER ACESSADOS, MANTENDO-SE OS DIREITOS DOS AUTORES PELA CITAÇÃO DA ORIGEM.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do INSPERinstname:Instituição de Ensino Superior e de Pesquisa (INSPER)instacron:INSPER2024-04-01T12:21:57Zoai:repositorio.insper.edu.br:11224/2298Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://www.insper.edu.br/biblioteca-telles/PRIhttps://repositorio.insper.edu.br/oai/requestbiblioteca@insper.edu.br ||opendoar:2024-04-01T12:21:57Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do INSPER - Instituição de Ensino Superior e de Pesquisa (INSPER)false |
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