Eleições municipais no Brasil: prefeitos já eleitos têm vantagem para a reeleição?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do INSPER |
Texto Completo: | https://repositorio.insper.edu.br/handle/11224/5629 |
Resumo: | Este artigo analisa empiricamente a existência de vantagens eleitorais para prefeitos incumbentes no Brasil entre 2000 e 2020, sob a hipótese de que prefeitos mandatados utilizam-se de maior visibilidade, maior suporte financeiro à campanha e maior volume de concessão de favores para aumentar sues chances de reeleição. Trata-se de um efeito já bem capturado na literatura americana, enquanto que a maioria das estimativas brasileiras diz o contrário: aqui, a princípio, haveria desvantagens para o incumbente quando da tentativa de reeleição. Por meio de uma nova abordagem metodológica nos moldes de De Magalhães (2015), procuro endereçar fenômenos típicos da cena política brasileira, como taxas de recandidatura não tão altas e baixa fidelidade partidária, cujos efeitos podem ter viesado as atuais estimativas locais. Depois de consideradas as especificidades de um sistema multipartidário com baixa fidelidade às siglas, investigo potenciais vantagens aos incumbentes por meio de regressões descontínuas aplicadas a eleições municipais acirradas. Os resultados, contrários à hipótese inicial mas em linha com a literatura, são um misto de ausência de efeito da incumbência em algumas eleições e desvantagens aos incumbentes em outras, especialmente nas eleições de 2004 e 2016, momentos de transição partidária no Governo Federal. |
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Eleições municipais no Brasil: prefeitos já eleitos têm vantagem para a reeleição?Vantagem do incumbenteeleições municipaisregressão descontínuaIncumbency advantagemayoral electionsregression discontinuity designEste artigo analisa empiricamente a existência de vantagens eleitorais para prefeitos incumbentes no Brasil entre 2000 e 2020, sob a hipótese de que prefeitos mandatados utilizam-se de maior visibilidade, maior suporte financeiro à campanha e maior volume de concessão de favores para aumentar sues chances de reeleição. Trata-se de um efeito já bem capturado na literatura americana, enquanto que a maioria das estimativas brasileiras diz o contrário: aqui, a princípio, haveria desvantagens para o incumbente quando da tentativa de reeleição. Por meio de uma nova abordagem metodológica nos moldes de De Magalhães (2015), procuro endereçar fenômenos típicos da cena política brasileira, como taxas de recandidatura não tão altas e baixa fidelidade partidária, cujos efeitos podem ter viesado as atuais estimativas locais. Depois de consideradas as especificidades de um sistema multipartidário com baixa fidelidade às siglas, investigo potenciais vantagens aos incumbentes por meio de regressões descontínuas aplicadas a eleições municipais acirradas. Os resultados, contrários à hipótese inicial mas em linha com a literatura, são um misto de ausência de efeito da incumbência em algumas eleições e desvantagens aos incumbentes em outras, especialmente nas eleições de 2004 e 2016, momentos de transição partidária no Governo Federal.This article empirically analyzes the existence of incumbency advantages in Brazilian mayoral elections between 2000 and 2020, under the hypothesis that incumbent mayors leverage their public visibility, greater financial support for campaigning and the concession of favors to augment their odds at being re-elected. Such an advantage is well-covered in the American literature, but the Brazilian evidence available thus far points to the opposite direction: there seem to exist an incumbent disadvantage in Brazil. Using a new methodological approach, first described by De Magalhães (2015), the article begins considering ad hoc traits of the Brazilian political scene, such as low re-running rates and low party fidelity, which in turn could have biased prior local estimates. After addressing the specificities of a multi-party system with high party-switching, we investigate potential incumbency advantages via regression discontinuity design (RDD) applied to barely-won mayoral elections. Contrary to the initial hypothesis but aligned with the local literature, the results are a mix of no incumbency effect whatsoever in some electoral cycles and incumbency disadvantages in others, specially during the 2004 and 2016 mayoral elections, both periods of party transition in the Federal Government.GraduaçãoLuk-Tai Yeung, LucianaMonteiro Filho, Bruno Romero PedrosaMonteiro Filho, Bruno Romero Pedrosa2023-05-22T18:51:33Z2023-05-22T18:51:33Z2021bachelor thesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion36 p.Digitalapplication/pdfapplication/pdfhttps://repositorio.insper.edu.br/handle/11224/5629BrasilSão PauloTODOS OS DOCUMENTOS DESTA COLEÇÃO PODEM SER ACESSADOS, MANTENDO-SE OS DIREITOS DOS AUTORES PELA CITAÇÃO DA ORIGEMinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do INSPERinstname:Instituição de Ensino Superior e de Pesquisa (INSPER)instacron:INSPER2023-07-11T04:56:28Zoai:repositorio.insper.edu.br:11224/5629Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://www.insper.edu.br/biblioteca-telles/PRIhttps://repositorio.insper.edu.br/oai/requestbiblioteca@insper.edu.br ||opendoar:2023-07-11T04:56:28Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do INSPER - Instituição de Ensino Superior e de Pesquisa (INSPER)false |
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