O efeito certificador da presença de fundos de Private Equity na composição acionária de IPOs no Brasil.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Asbahr, Fernando Augusto Casagrande
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do INSPER
Texto Completo: https://repositorio.insper.edu.br/handle/11224/3757
Resumo: Com a estabilidade econômica brasileira após 2016, a disposição das empresas em buscarem recursos via mercado de capitais cresceu, impulsionado assim o volume de IPO (Inicial Public Offering). Apesar deste maior número de investidores, vários estudos identificam um problema informacional ao redor da emissão. Para as empresas que realizaram IPO foram encontrados retorno acionário elevado no curto prazo e de baixo no longo prazo. Além disto, a empresa que vai acessar o mercado deve possuir profundidade e experiência para realizar uma oferta pública de sucesso, bem como, bom conselho de administração, estabelecimento de comitês apropriados e, consequentemente, uma gestão profissional. Essa gestão profissional, em geral, é realizada por fundos de private equity (PE) com objetivo de fornecer capital as empresas fechadas, geralmente com altos potenciais de retorno, sob a ótica de no futuro realizar a saída deste investimento. A literatura sobre a presença de fundos PE na gestão das empresas se ancora, principalmente, na duração e persistência deste efeito ao longo do tempo. Os estudos, em geral, encontram evidências favoráveis de que IPOs com a presença de fundos PE tem desempenho superior as empresas sem PE. Com o intuito de verificar estes efeitos foram investigados os desempenhos de 160 IPOs emitidos no Brasil de 2004 a 2019, com e sem a presença de PE e comparados entre si. Foram analisados o retorno anormal das ações (BHAR - Buy and Hold Abnormal Returns) no primeiro dia, 12, 24 e 36 meses após a oferta pública inicial e o desempenho operacional através dos indicadores: variação da receita total; variação de ativos totais; ROA; Ebitda/Ativos; ROIC, Alavancagem e Q de Tobin ajustado, no período de 1, 2 e 3 anos após a emissão. Foi possível identificar que as empresas com PE tiveram retornos mais positivos (ou menos negativos) para 12, 24 e 36 meses via ótica Equal Weighted através da análise via benchmark de 18,9%, 37,2% e 26,0%, contra 3,7%, 8,2% e 14,2% para as sem PE no mesmo período. Foi identificado também uma queda nos indicadores de Ebitda/ativos, variação das receitas, total de ativos e Q de Tobin ajustado para a totalidade da carteira até 3 anos após o IPO. Apesar do efeito negativo para a carteira, é possível verificar que o grupo com PE teve menor queda no Q de Tobin ajustado que o grupo composto pelas empresas sem PE com relevância estatística. Além disto, as empresas com PE se mostraram com uma redução na alavancagem a partir do primeiro ano após a emissão da ação.
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Essa gestão profissional, em geral, é realizada por fundos de private equity (PE) com objetivo de fornecer capital as empresas fechadas, geralmente com altos potenciais de retorno, sob a ótica de no futuro realizar a saída deste investimento. A literatura sobre a presença de fundos PE na gestão das empresas se ancora, principalmente, na duração e persistência deste efeito ao longo do tempo. Os estudos, em geral, encontram evidências favoráveis de que IPOs com a presença de fundos PE tem desempenho superior as empresas sem PE. Com o intuito de verificar estes efeitos foram investigados os desempenhos de 160 IPOs emitidos no Brasil de 2004 a 2019, com e sem a presença de PE e comparados entre si. Foram analisados o retorno anormal das ações (BHAR - Buy and Hold Abnormal Returns) no primeiro dia, 12, 24 e 36 meses após a oferta pública inicial e o desempenho operacional através dos indicadores: variação da receita total; variação de ativos totais; ROA; Ebitda/Ativos; ROIC, Alavancagem e Q de Tobin ajustado, no período de 1, 2 e 3 anos após a emissão. Foi possível identificar que as empresas com PE tiveram retornos mais positivos (ou menos negativos) para 12, 24 e 36 meses via ótica Equal Weighted através da análise via benchmark de 18,9%, 37,2% e 26,0%, contra 3,7%, 8,2% e 14,2% para as sem PE no mesmo período. Foi identificado também uma queda nos indicadores de Ebitda/ativos, variação das receitas, total de ativos e Q de Tobin ajustado para a totalidade da carteira até 3 anos após o IPO. Apesar do efeito negativo para a carteira, é possível verificar que o grupo com PE teve menor queda no Q de Tobin ajustado que o grupo composto pelas empresas sem PE com relevância estatística. Além disto, as empresas com PE se mostraram com uma redução na alavancagem a partir do primeiro ano após a emissão da ação.With Brazilian economic stability after 2016, the willingness of companies to seek funds via capital market has grown, thus boosting the volume of IPO (Initial Public Offering). Despite this greater number of investors, several studies have identified an informational problem around the first offer. For companies that have carried out an IPO, high stock returns were found in the short term and low in the long term. In addition, the company that will access the market must have depth and experience to carry out a successful public offering, as well as a good board of directors, establishment of appropriate committees and, consequently, professional management. This professional management, in general, is carried out by private equity funds (PE) with the objective of providing capital to closed companies, generally with high potential returns, under the perspective of making the exit of this investment in the future. The literature on the presence of PE funds in the management of companies is mainly based on the duration and persistence of this effect over time. Studies, in general, find favorable evidence that IPOs with the presence of PE funds outperform companies without PE. In order to verify these effects, the performances of 160 IPOs issued in Brazil from 2004 to 2019 were investigated, with and without the presence of PE and compared with each other. Abnormal stock returns (BHAR - Buy and Hold Abnormal Returns) were analyzed on the first day, 12, 24 and 36 months after the Initial Public Offering and operational performance through the indicators: variation in total revenue; variation in total assets; ROA; Operation Cash Flows / Assets; ROIC, Leverage and adjusted Tobin's Q, in the period of 1, 2 and 3 years after the IPO. It was possible to identify that companies with PE had more positive (or less negative) returns for 12, 24 and 36 months via Equal Weighted view through the analysis via benchmark of 18.9%, 37.2% and 26.0%, against 3.7%, 8.2% and 14, 2% for those without PE in the same period. A drop was also identified in the Operation Cash Flows / Assets, revenue variation, total assets and Tobin's Q adjusted for the entire portfolio up to 3 years after the IPO. Despite the negative effect on the portfolio, it is possible to verify that the group with PE had a smaller decrease in adjusted Tobin's Q than the group composed of companies without PE with statistical relevance. In addition, companies with PE showed a reduction in leverage from the first year after the issue of the stock.Mestrado59 p.DigitalTODOS OS DOCUMENTOS DESTA COLEÇÃO PODEM SER ACESSADOS, MANTENDO-SE OS DIREITOS DOS AUTORES PELA CITAÇÃO DA ORIGEMinfo:eu-repo/semantics/openAccessCiências Sociais Aplicadasperformanceabnormal returnIPOindicatorsprivate equitydesempenhoretorno anormalIPOindicadoresprivate equityO efeito certificador da presença de fundos de Private Equity na composição acionária de IPOs no Brasil.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do INSPERinstname:Instituição de Ensino Superior e de Pesquisa (INSPER)instacron:INSPERORIGINALFernando Augusto Casagrande Asbahr - Dissertação.pdfFernando Augusto Casagrande Asbahr - Dissertação.pdfFernando Augusto Casagrande Asbahr - Dissertaçãoapplication/pdf710962https://repositorio.insper.edu.br/bitstream/11224/3757/1/Fernando%20Augusto%20Casagrande%20Asbahr%20-%20Disserta%c3%a7%c3%a3o.pdf2acb278367d8c554fd5031080236d417MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-8282https://repositorio.insper.edu.br/bitstream/11224/3757/2/license.txt22184f183fcd5677118f2651dc46e886MD52THUMBNAILFernando Augusto Casagrande Asbahr - Dissertação.pdf.jpgFernando Augusto Casagrande Asbahr - Dissertação.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1253https://repositorio.insper.edu.br/bitstream/11224/3757/3/Fernando%20Augusto%20Casagrande%20Asbahr%20-%20Disserta%c3%a7%c3%a3o.pdf.jpg3d105f6c05d613ae03f2f0a6fe979eadMD53TEXTFernando Augusto Casagrande Asbahr - Dissertação.pdf.txtFernando Augusto Casagrande Asbahr - Dissertação.pdf.txtExtracted texttext/plain120087https://repositorio.insper.edu.br/bitstream/11224/3757/4/Fernando%20Augusto%20Casagrande%20Asbahr%20-%20Disserta%c3%a7%c3%a3o.pdf.txt4d1e59077646db82255fba6fb51a4c34MD5411224/37572023-07-11 03:10:09.243oai:repositorio.insper.edu.br:11224/3757QXV0b3Jpem8gYSBJbnN0aXR1acOnw6NvIGEgaW5jbHVpciBvIGRvY3VtZW50byBkZSBtaW5oYSBhdXRvcmlhIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGUgZGVjbGFybwpxdWUgbWUgcmVzcG9uc2FiaWxpem8gcGVsbyBjb250ZcO6ZG8gZGEgb2JyYSBvYmpldG8gZGVzdGEgYXV0b3JpemHDp8Ojbywgc2VuZG8gZGUgbWluaGEgcmVzcG9uc2FiaWxpZGFkZQpxdWFpc3F1ZXIgbWVkaWRhcyBqdWRpY2lhaXMgb3UgZXh0cmFqdWRpY2lhaXMgY29uY2VybmVudGVzIGFvIGNvbnRlw7pkby4KBiblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://www.insper.edu.br/biblioteca-telles/PRIhttps://repositorio.insper.edu.br/oai/requestbiblioteca@insper.edu.br ||opendoar:2023-07-11T07:10:09Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do INSPER - Instituição de Ensino Superior e de Pesquisa (INSPER)false
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