Indústria petroquímica brasileira: análise da reestruturação organizacional
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do INSPER |
Texto Completo: | https://www.repositorio.insper.edu.br/handle/11224/2733 |
Resumo: | Neste estudo teve-se por finalidade mapear a estrutura de governança da indústria petroquímica brasileira e investigar se os momentos de reestruturação dessa indústria, por meio de diversas fusões e aquisições, permitiram maior alinhamento destas com as características das transações no setor petroquímico nacional. No Brasil, inicialmente, a indústria petroquímica possuía diversas características herdadas do arranjo institucional “tripartite” – setor público e privado nacional e internacional ― que desejava impulsionar o desenvolvimento do setor. Entretanto, devido a sua excessiva complexidade trilateral ou “nó-societário” ela era identificada como uma deficiência competitiva em um modelo de quase-integração vertical, considerado ponto focal da reestruturação do setor petroquímico no país (Rabelo e Silveira, 1998). Na década de 1990, essa indústria se deparou com o crescimento da especificidade de ativos, e era necessário aumentar o grau de utilização de integração vertical. Nesse mesmo período, a redução da participação do Estado teve início. O setor se fragmentou e, gradualmente, foi apresentando aquisições e fusões entre as empresas (Guerra, 1993). No século seguinte, o processo de reestruturação passou a ter maior relevância quando fortes grupos passaram a expandir suas participações através de significativas uniões. Ao longo do processo de reestruturação ocorreu a volta do Estado, com investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) e a participação da Petrobras. Em 2010, ocorreu o último movimento da reestruturação com a compra da Quattor pela Braskem, elevando a Braskem ao posto de líder isolada no mercado nacional de petroquímicos. Com a realização do estudo foram avaliadas as propriedades e atributos estruturais utilizados em quatro distintos períodos para os pares de transação dos anos de 1989, 1999, 2009 e 2016. A pesquisa se baseou, de um lado, em analisar o histórico do setor e, de outro, em estudo quantitativo que relaciona as características das transações às estruturas de governança por elas utilizadas. Desta forma, o estudo mostrou-se fundamental para investigar a estrutura de governança da indústria petroquímica brasileira que, inicialmente, revelou os mecanismos de coordenação com excessivos arranjos de estrutura quase-integração vertical e contratação autônoma oriundo do modelo estrutural tripartite. Portanto, para desfazer o nó-societário e minimizar os custos de transação, a indústria passou pelo processo de reestruturação, elevando a integração vertical e alinhando a forma organizacional dentro do escopo das características das transações. |
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Indústria petroquímica brasileira: análise da reestruturação organizacionalIndústria petroquímica brasileira. Estrutura de governança. Reestruturação. Constituição. Transação.Brazilian petrochemical industry. Governance structure. Restructuring. Constitution. Transaction.Neste estudo teve-se por finalidade mapear a estrutura de governança da indústria petroquímica brasileira e investigar se os momentos de reestruturação dessa indústria, por meio de diversas fusões e aquisições, permitiram maior alinhamento destas com as características das transações no setor petroquímico nacional. No Brasil, inicialmente, a indústria petroquímica possuía diversas características herdadas do arranjo institucional “tripartite” – setor público e privado nacional e internacional ― que desejava impulsionar o desenvolvimento do setor. Entretanto, devido a sua excessiva complexidade trilateral ou “nó-societário” ela era identificada como uma deficiência competitiva em um modelo de quase-integração vertical, considerado ponto focal da reestruturação do setor petroquímico no país (Rabelo e Silveira, 1998). Na década de 1990, essa indústria se deparou com o crescimento da especificidade de ativos, e era necessário aumentar o grau de utilização de integração vertical. Nesse mesmo período, a redução da participação do Estado teve início. O setor se fragmentou e, gradualmente, foi apresentando aquisições e fusões entre as empresas (Guerra, 1993). No século seguinte, o processo de reestruturação passou a ter maior relevância quando fortes grupos passaram a expandir suas participações através de significativas uniões. Ao longo do processo de reestruturação ocorreu a volta do Estado, com investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) e a participação da Petrobras. Em 2010, ocorreu o último movimento da reestruturação com a compra da Quattor pela Braskem, elevando a Braskem ao posto de líder isolada no mercado nacional de petroquímicos. Com a realização do estudo foram avaliadas as propriedades e atributos estruturais utilizados em quatro distintos períodos para os pares de transação dos anos de 1989, 1999, 2009 e 2016. A pesquisa se baseou, de um lado, em analisar o histórico do setor e, de outro, em estudo quantitativo que relaciona as características das transações às estruturas de governança por elas utilizadas. Desta forma, o estudo mostrou-se fundamental para investigar a estrutura de governança da indústria petroquímica brasileira que, inicialmente, revelou os mecanismos de coordenação com excessivos arranjos de estrutura quase-integração vertical e contratação autônoma oriundo do modelo estrutural tripartite. Portanto, para desfazer o nó-societário e minimizar os custos de transação, a indústria passou pelo processo de reestruturação, elevando a integração vertical e alinhando a forma organizacional dentro do escopo das características das transações.The aim of this study was to analyze the governance structure of the Brazilian petrochemical industry and to investigate whether the restructuring moments of this industry, through several mergers and acquisitions, enabled greater alignment with the characteristics of transactions in the national petrochemical sector. Initially, the petrochemical industry in Brazil had several characteristics inherited from the "tripartite" institutional arrangement - national and international public and private sector - that aimed to boost the sector's development. However, due to its excessive trilateral complexity or "nó-societário" it was identified as a competitive deficiency in a model of vertical quasi-integration, regarded as the focal point of the restructuring of the petrochemical sector in the country (Rabelo and Silveira, 1998). In the 1990s, this industry faced the increase in asset specificity, it was required to increase the degree of vertical integration. In this same period, the reduction of the state participation started. The sector fragmented and gradually began to present acquisitions and mergers among companies (Guerra, 1993). Over the next century, the restructuring process became more relevant when strong groups expanded their participation through significant unions. Throughout the restructuring process there was the return of the government, involving investments by the National Development Bank (BNDES) and the participation of Petrobras. In 2010, the last restructuring movement occurred when Quattor was acquired by Braskem, leading Braskem to the position of leader in the national petrochemical market. The study evaluated the properties and structural attributes used by the transaction pairs of four different periods (1989, 1999, 2009 and 2016). On one hand, the research was based on an analysis of the sector's history and, on the other hand, on a quantitative study that relates the characteristics of the transactions to the governance structures used by them. Therefore, the study proved to be fundamental to investigate the governance structure of the Brazilian petrochemical industry, which initially can be inferred an excessive arrangements of vertical quasi-integration structure and autonomous-contracts, due to the tripartite structural model. As a result, in order to undo the “nó-societário” and minimize transaction costs, the industry went through the restructuring process, increasing the vertical integration and aligning the organizational form within the scope of the transaction characteristics.Azedo, Paulo Furquim deLopes, Carolina TavaresLopes, Carolina Tavares2021-09-13T03:12:02Z2021-04-14T02:51:04Z2021-09-13T03:12:02Z20202021-04-14T02:51:04Z20202020info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis56 p.application/pdfhttps://www.repositorio.insper.edu.br/handle/11224/2733S�o PauloTODOS OS DOCUMENTOS DESSA COLEÇÃO PODEM SER ACESSADOS, MANTENDO-SE OS DIREITOS DOS AUTORES PELA CITAÇÃO DA ORIGEM.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do INSPERinstname:Instituição de Ensino Superior e de Pesquisa (INSPER)instacron:INSPER2024-04-01T12:19:34Zoai:repositorio.insper.edu.br:11224/2733Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://www.insper.edu.br/biblioteca-telles/PRIhttps://repositorio.insper.edu.br/oai/requestbiblioteca@insper.edu.br ||opendoar:2024-04-01T12:19:34Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do INSPER - Instituição de Ensino Superior e de Pesquisa (INSPER)false |
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Neste estudo teve-se por finalidade mapear a estrutura de governança da indústria petroquímica brasileira e investigar se os momentos de reestruturação dessa indústria, por meio de diversas fusões e aquisições, permitiram maior alinhamento destas com as características das transações no setor petroquímico nacional. No Brasil, inicialmente, a indústria petroquímica possuía diversas características herdadas do arranjo institucional “tripartite” – setor público e privado nacional e internacional ― que desejava impulsionar o desenvolvimento do setor. Entretanto, devido a sua excessiva complexidade trilateral ou “nó-societário” ela era identificada como uma deficiência competitiva em um modelo de quase-integração vertical, considerado ponto focal da reestruturação do setor petroquímico no país (Rabelo e Silveira, 1998). Na década de 1990, essa indústria se deparou com o crescimento da especificidade de ativos, e era necessário aumentar o grau de utilização de integração vertical. Nesse mesmo período, a redução da participação do Estado teve início. O setor se fragmentou e, gradualmente, foi apresentando aquisições e fusões entre as empresas (Guerra, 1993). No século seguinte, o processo de reestruturação passou a ter maior relevância quando fortes grupos passaram a expandir suas participações através de significativas uniões. Ao longo do processo de reestruturação ocorreu a volta do Estado, com investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) e a participação da Petrobras. Em 2010, ocorreu o último movimento da reestruturação com a compra da Quattor pela Braskem, elevando a Braskem ao posto de líder isolada no mercado nacional de petroquímicos. Com a realização do estudo foram avaliadas as propriedades e atributos estruturais utilizados em quatro distintos períodos para os pares de transação dos anos de 1989, 1999, 2009 e 2016. A pesquisa se baseou, de um lado, em analisar o histórico do setor e, de outro, em estudo quantitativo que relaciona as características das transações às estruturas de governança por elas utilizadas. Desta forma, o estudo mostrou-se fundamental para investigar a estrutura de governança da indústria petroquímica brasileira que, inicialmente, revelou os mecanismos de coordenação com excessivos arranjos de estrutura quase-integração vertical e contratação autônoma oriundo do modelo estrutural tripartite. Portanto, para desfazer o nó-societário e minimizar os custos de transação, a indústria passou pelo processo de reestruturação, elevando a integração vertical e alinhando a forma organizacional dentro do escopo das características das transações. |
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