Circularidade no setor de embalagens de aço: uma análise das principais barreiras e oportunidades
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do INSPER |
Texto Completo: | https://repositorio.insper.edu.br/handle/11224/5719 |
Resumo: | As últimas inovações tecnológicas trouxeram grandes mudanças nos hábitos de consumo. Há consenso de que a forma com que lidamos com os recursos naturais precisa ser repensada, suplantando a filosofia de consumo baseado em extrair, produzir e descartar. O novo paradigma de produção e consumo deverá adotar modelos inspirados nos conceitos de circularidades de materiais, em que as matérias-primas pós-consumo deverão ser reinseridas nas respectivas cadeias de valor, quer seja pela redução, quer pela reutilização ou pela reciclagem. Nesse contexto, esta pesquisa contribui para explicar como o setor de embalagens de aço no Brasil pode tornar sua cadeia de valor mais circular, quais as principais barreiras, habilitadores e os insights necessários para o setor avançar em uma economia circular. Os resultados dessa pesquisa mostraram que as embalagens de aço têm um grande potencial para fazer parte de um grupo de produtos cujas matérias-primas possam operar em ciclo fechado de produção, o aço pode ser reciclado infinitas vezes sem perder a característica da matéria-prima original e a flexibilidade do produto, ou seja, as embalagens pós consumo podem transformar-se em quaisquer outros produtos de aço. Hoje, 47,3% das embalagens já são recicladas no Brasil. Se 100% das embalagens de aço forem recicladas, a contribuição para a cadeia do aço será a de que nenhum quilograma de minério de ferro precisará ser extraído da natureza para atender ao setor, sendo que um quilograma de embalagem pós-consumo é transformada em outro quilograma de aço novo, mas a falta de conscientização do consumidor final e a informalidade dos coletores de embalagens pós-consumo são grandes barreiras a um aumento no índice de reciclagem. Este estudo encontrou seis barreiras que impedem o setor de se tornar circular, e apresentou sete oportunidades que, se exploradas, poderão contribuir para remover essas barreiras e tornar o setor mais inserido nos conceitos de economia circular. Por fim, cinco implicações gerenciais no que se refere ao uso das embalagens de aço são apresentadas e discutidas. |
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Nesse contexto, esta pesquisa contribui para explicar como o setor de embalagens de aço no Brasil pode tornar sua cadeia de valor mais circular, quais as principais barreiras, habilitadores e os insights necessários para o setor avançar em uma economia circular. Os resultados dessa pesquisa mostraram que as embalagens de aço têm um grande potencial para fazer parte de um grupo de produtos cujas matérias-primas possam operar em ciclo fechado de produção, o aço pode ser reciclado infinitas vezes sem perder a característica da matéria-prima original e a flexibilidade do produto, ou seja, as embalagens pós consumo podem transformar-se em quaisquer outros produtos de aço. Hoje, 47,3% das embalagens já são recicladas no Brasil. Se 100% das embalagens de aço forem recicladas, a contribuição para a cadeia do aço será a de que nenhum quilograma de minério de ferro precisará ser extraído da natureza para atender ao setor, sendo que um quilograma de embalagem pós-consumo é transformada em outro quilograma de aço novo, mas a falta de conscientização do consumidor final e a informalidade dos coletores de embalagens pós-consumo são grandes barreiras a um aumento no índice de reciclagem. Este estudo encontrou seis barreiras que impedem o setor de se tornar circular, e apresentou sete oportunidades que, se exploradas, poderão contribuir para remover essas barreiras e tornar o setor mais inserido nos conceitos de economia circular. Por fim, cinco implicações gerenciais no que se refere ao uso das embalagens de aço são apresentadas e discutidas.The latest technological innovations have brought a wide range of changes in consumption habits. There is consensus that we need to rethink the way we deal with natural resources, replacing the consumption philosophy based on take-make-dispose. The new production and consumption paradigm should adopt models inspired by the concepts of material circularity, in which post-consumer raw materials must be reset in the value chains, through reducing, reusing or recycling. In this context, this research contributes to explain how the steel packaging industry in Brazil can improve the circularity in its value chains, what are the main barriers for implementing it, the enablers and the insights needed to boost the sector into a circular economy. The results of this research showed that steel packaging has a great potential to be part of a group of products whose raw materials can operate in a closed production cycle, steel can be recycled infinite times without losing the characteristic of the original raw material and the flexibility of the product, i.e., post-consumer packaging can be transformed into any other steel products. Currently, 47.3% of steel packaging has already been recycled in Brazil, if 100% of steel packaging is recycled, the contribution to the steel chain will be that no kilograms of iron ore need to be extracted from nature to supply the industry, since one kilogram of post-consumer packaging is transformed into another kilogram of new steel, however the final consumer lack of awareness and the post-consumer packaging collectors informality are huge barriers to increase the recycling rate. This study found six barriers that prevent the industry from becoming circular, and presented seven opportunities that, if explored, could help remove these barriers and make the industry more embedded in circular economy concepts. Finally, five manageriMestradoRodrigues, Vinicius PicançoDuarte, André Luis de Castro MouraCastro, Sebastião Juarez deCastro, Sebastião Juarez de2023-06-15T14:56:47Z2023-06-15T14:56:47Z2021info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis76 p.Digitalapplication/pdfhttps://repositorio.insper.edu.br/handle/11224/5719BrasilSão PauloTODOS OS DOCUMENTOS DESTA COLEÇÃO PODEM SER ACESSADOS, MANTENDO-SE OS DIREITOS DOS AUTORES PELA CITAÇÃO DA ORIGEMinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do INSPERinstname:Instituição de Ensino Superior e de Pesquisa (INSPER)instacron:INSPER2024-04-01T12:33:27Zoai:repositorio.insper.edu.br:11224/5719Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://www.insper.edu.br/biblioteca-telles/PRIhttps://repositorio.insper.edu.br/oai/requestbiblioteca@insper.edu.br ||opendoar:2024-04-01T12:33:27Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do INSPER - Instituição de Ensino Superior e de Pesquisa (INSPER)false |
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