USO DA ÁGUA E COMÉRCIO INTER-REGIONAL: UMA ANÁLISE DE INSUMO-PRODUTO PARA O ESTADO DO PARANÁ

• Autor(a) principal: Bistafa, Paulo Victor
• Data de Publicação: 2021
• Outros Autores: Porsse, Alexandre Alves
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Revista Paranaense de Desenvolvimento (Online)
• Texto Completo: https://ipardes.emnuvens.com.br/revistaparanaense/article/view/1140
• topic: Comércio inter-regional; Recursos hídricos; Insumo-produto; Miyazawa; Economia paranaense.

O Brasil detém uma disponibilidade hídrica satisfatória. Entretanto, a distribuição espacial desse recurso é desigual. Fatores ambientais, de concentração econômica e relações comerciais, têm causado situações de restrições hídricas. O Paraná por sua vez, também apresenta situação hídrica satisfatória, entretanto, o crescimento e concentração espacial das atividades econômicas como também das aglomerações urbanas tendem a pressionar cada vez mais a disponibilidade de recursos hídricos. Neste trabalho, o principal objetivo foi identificar em que medida as relações de encadeamento da economia paranaense via comércio regional com as demais Unidades da Federação impactam a necessidade de uso de recursos hídricos. A metodologia baseou-se em uma adaptação da abordagem de Miyazawa para construir multiplicadores de requerimentos de água e decompor os diversos efeitos de transmissão ligados ao comércio regional e ao uso de água pela matriz produtiva paranaense. Os resultados mostram que os efeitos de propagação externa são muito expressivos na composição dos multiplicadores de requerimentos de água das atividades econômicas paranaenses. Com respeito às interações regionais, a maior fonte de propagação desses efeitos está ligada às relações de troca entre o Paraná e o Estado de São Paulo. Fica evidenciado que o comércio regional pode funcionar como um canal de amortecimento para regiões que se encontram em situação de maior restrição hídrica, sendo relevante incorporar essa dimensão nas políticas de gestão dos recursos hídricos e, portanto, na agenda de desenvolvimento sustentável estadual.