Acesso à educação: diferenciais entre os sexos
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Data de Publicação: | 2002 |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da IPEA (RCIpea) |
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Texto Completo: | http://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/2725 |
Resumo: | O número médio de anos de estudo da população feminina brasileira, que tinha sido menor do que o da população masculina até o Censo de 1980, nos dados do Censo de 1991, ultrapassa-o em 0,26 ano. Estas estatísticas agregadas mascaram uma série de diferenças existentes em cada coorte. Este trabalho tenta mostrar essas diferenças e avaliar a evolução da escolaridade para cada sexo ao longo do tempo, acompanhando os dados das coortes nos censos disponíveis. Analisa também informações sobre a população escolar e dados do Saeb sobre a população da 4a e 8a séries do ensino fundamental e da 3a série do ensino médio. A conclusão geral é que as mulheres sempre tiveram melhores desempenhos do que os homens no começo da vida escolar, apresentavam sempre menor defasagem idade/série, mas no entanto deixavam a escola mais cedo. Os homens continuavam mais tempo na escola e alcançavam maior escolaridade. Até uma certa idade, então, as mulheres apresentam mais anos de estudo, em média, do que os homens correspondentes. Em cada censo a idade está mais avançada. Existem também diferenças na proporção de indivíduos de cada sexo que terminam os diferentes níveis do ensino formal. Nas coortes mais velhas do Censo de 1960 existem proporcionalmente 20 vezes mais homens com o nível superior do que mulheres. Nas coortes mais jovens do Censo de 1991, duas vezes mais mulheres. Fenômeno semelhante acontece para todos os níveis do ensino formal, apenas em níveis mais moderados. Nas coortes mais velhas do Censo de 1960 existem 20% a mais de homens com o primeiro ciclo do ensino fundamental completo do que mulheres. Nas coortes mais jovens do Censo de 1991 existem 10% a menos de homens que completaram este nível do que mulheres. A população escolar nos censos mais antigos era predominantemente masculina e em séries, em média mais avançadas. Nos censos mais recentes a situação se inverte. |
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Acesso à educação: diferenciais entre os sexosTexto para Discussão (TD) 879: Acesso à educação: diferenciais entre os sexosAccess to education: differences between the sexesEscolaridade e gêneroTempo de estudoNível educacionalO número médio de anos de estudo da população feminina brasileira, que tinha sido menor do que o da população masculina até o Censo de 1980, nos dados do Censo de 1991, ultrapassa-o em 0,26 ano. Estas estatísticas agregadas mascaram uma série de diferenças existentes em cada coorte. Este trabalho tenta mostrar essas diferenças e avaliar a evolução da escolaridade para cada sexo ao longo do tempo, acompanhando os dados das coortes nos censos disponíveis. Analisa também informações sobre a população escolar e dados do Saeb sobre a população da 4a e 8a séries do ensino fundamental e da 3a série do ensino médio. A conclusão geral é que as mulheres sempre tiveram melhores desempenhos do que os homens no começo da vida escolar, apresentavam sempre menor defasagem idade/série, mas no entanto deixavam a escola mais cedo. Os homens continuavam mais tempo na escola e alcançavam maior escolaridade. Até uma certa idade, então, as mulheres apresentam mais anos de estudo, em média, do que os homens correspondentes. Em cada censo a idade está mais avançada. Existem também diferenças na proporção de indivíduos de cada sexo que terminam os diferentes níveis do ensino formal. Nas coortes mais velhas do Censo de 1960 existem proporcionalmente 20 vezes mais homens com o nível superior do que mulheres. Nas coortes mais jovens do Censo de 1991, duas vezes mais mulheres. Fenômeno semelhante acontece para todos os níveis do ensino formal, apenas em níveis mais moderados. Nas coortes mais velhas do Censo de 1960 existem 20% a mais de homens com o primeiro ciclo do ensino fundamental completo do que mulheres. Nas coortes mais jovens do Censo de 1991 existem 10% a menos de homens que completaram este nível do que mulheres. A população escolar nos censos mais antigos era predominantemente masculina e em séries, em média mais avançadas. Nos censos mais recentes a situação se inverte.17 p. : il.Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)Barbosa, Maria Eugénia Ferrão (Comentários)Novellino, Maria Salet (Comentários)Oliveira, Jane Souto de (Comentários)Britz, Denise do Nascimento (Comentários)Lima, José Matias de (Comentários)Senna, José Antônio (Revisão do texto)Beltrão, Kaizô Iwakami2014-03-07T21:15:53Z2014-03-07T21:15:53Z2002-05Texto para Discussão (TD)info:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/2725ark:/51990/00130000059rfwww.ipea.gov.brreponame:Repositório Institucional da IPEA (RCIpea)instname:Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)instacron:IPEABrasilInstituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)É permitida a reprodução deste texto, desde que obrigatoriamente citada a fonte. Reproduções para fins comerciais são rigorosamente proibidas.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2015-03-09T18:34:14Zoai:repositorio.ipea.gov.br:11058/2725Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ipea.gov.br/oai/requestsuporte@ipea.gov.bropendoar:2015-03-09T18:34:14Repositório Institucional da IPEA (RCIpea) - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)false |
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