Tarifas, preços e a estrutura industrial dos insumos agrícolas: o caso dos defensivos (relatório final)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Frenkel, Jacob (Coordenador)
Data de Publicação: 1996
Outros Autores: Silveira, José Maria da (Coordenador)
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da IPEA (RCIpea)
dARK ID: ark:/51990/0013000004dzc
Texto Completo: http://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/1755
Resumo: As políticas de liberalização das importações implantadas no país no início desta década visavam, de maneira geral, contribuir para uma desaceleração da inflação, por meio do aumento da disponibilidade e de alternativas de produtos e, consequentemente, do aumento da intensidade da competição entre as empresas, as quais, para sobreviver, teriam de eliminar ineficiências e aumentar a produtividade. No caso dos defensivos agrícolas, devido à sua posição na cadeia intersetorial da produção, uma redução nos preços teria consequências diretas sobre os custos da produção agrícola e, portanto, contribuiria para uma redução dos preços dos alimentos. O presente estudo pretende ilustrar que, embora os conceitos que orientam uma política de liberalização das importações possam ser coerentes em termos gerais, a sua aplicação a setores específicos requer uma análise apurada da estrutura do mercado e do processo competitivo operante; e a existência de certas características, como a intensa diferenciação real de produtos, as altas barreiras à entrada e o intenso comércio intrafirma, podem reduzir drasticamente a efetividade da política de liberalização implantada. Utilizando-se de conceitos de economia industrial, ressaltando as características do processo competitivo, e trabalhando com uma amostra de 20 produtos importados, o estudo traz indicações de que, ao contrário do pretendido, os preços do setor, no período estudado, não somente não teriam diminuído como também a análise das importações indicaria que em vários casos houve manipulação e aumento dos preços FOB, transferindo, assim, para o exterior potenciais benefícios das reduções tarifárias. O estudo também tece considerações sobre carências encontradas nos órgãos responsáveis pela implantação e acompanhamento das políticas implantadas, e que contribuiriam também para torná-las ineficazes.
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