Recebimento e dispêndio das famílias brasileiras: evidências recentes da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) - 1995/1996
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Data de Publicação: | 1998 |
Outros Autores: | |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da IPEA (RCIpea) |
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Texto Completo: | http://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/2732 |
Resumo: | O trabalho analisa os resultados preliminares da Pesquisa de Orçamentos familiares de 1995/1996 – Primeiros Resultados, em comparação com os dados da POF 1987/1988. Observações iniciais sobre a evolução dos recebimentos e gastos das famílias indicam que, para o total das áreas da pesquisa, tanto a renda mensal familiar média per capita quanto a mediana cresceram ligeiramente, em termos reais, entre 1987 e 1996. A renda per capita para o total das famílias dos grandes centros urbanos evoluiu, no período, 4,7%, e ultrapassou o crescimento do PIB per capita. Por sua vez, a despesa mensal média familiar per capita decresceu cerca de 3,5%, e situou-se em torno de 3,25 salários mínimos, em 1996. A participação das despesas correntes no total de gastos das famílias, para o total das áreas, apresentou tendência de queda, ao longo do período, devido basicamente à redução dos gastos com consumo. Quando se analisam os dispêndios com consumo, houve uma tendência geral à queda com as despesas com alimentação e vestuário, e aumento dos gastos com aluguel, transporte urbano, assistência à saúde e educação. Essa tendência, contudo, foi menos pronunciada entre 1987 e 1996, do que entre a Pesquisa Estudo Nacional da Despesa Familiar (ENDEF) 1974/1975 e a POF 1987/1988. Por outro lado, houve significativo aumento na participação dos gastos com ativos – um indicador da variação patrimonial das famílias – , notadamente em termos de aquisição de veículos. Houve diferenças de padrões de consumo por classe de renda e por grau de desenvolvimento das regiões metropolitanas. As áreas do Nordeste e Belém tenderam a uma participação de gastos em alimentação e educação mais elevada do que a das demais metrópoles. As famílias de menor rendimento (até dois salários-mínimos) gastavam relativamente muito mais em alimentação do que as demais famílias. As despesas em alimentação foram o item de dispêndio mais importante no orçamento das famílias. A participação dessas despesas, apesar da tendência declinante desde a década de 80, ainda representou um percentual bastante elevado, principalmente para as famílias de menor renda. Outro fenômeno observado nas duas Pesquisas de Orçamentos Familiares foi o processo de déficit orçamentário das famílias nos estratos de renda baixa e intermediária, que, em média, gastaram mais do que recebiam. |
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Recebimento e dispêndio das famílias brasileiras: evidências recentes da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) - 1995/1996Texto para Discussão (TD) 614: Recebimento e dispêndio das famílias brasileiras: evidências recentes da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) - 1995/1996Receipt and expenditure of Brazilian families: recent evidence from the Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) - 1995-1996Recebimento das famíliasGastos das famíliasPesquisa de Orçamentos Familiares (POF)Renda mensal familiarDéficit orçamentário das famíliasO trabalho analisa os resultados preliminares da Pesquisa de Orçamentos familiares de 1995/1996 – Primeiros Resultados, em comparação com os dados da POF 1987/1988. Observações iniciais sobre a evolução dos recebimentos e gastos das famílias indicam que, para o total das áreas da pesquisa, tanto a renda mensal familiar média per capita quanto a mediana cresceram ligeiramente, em termos reais, entre 1987 e 1996. A renda per capita para o total das famílias dos grandes centros urbanos evoluiu, no período, 4,7%, e ultrapassou o crescimento do PIB per capita. Por sua vez, a despesa mensal média familiar per capita decresceu cerca de 3,5%, e situou-se em torno de 3,25 salários mínimos, em 1996. A participação das despesas correntes no total de gastos das famílias, para o total das áreas, apresentou tendência de queda, ao longo do período, devido basicamente à redução dos gastos com consumo. Quando se analisam os dispêndios com consumo, houve uma tendência geral à queda com as despesas com alimentação e vestuário, e aumento dos gastos com aluguel, transporte urbano, assistência à saúde e educação. Essa tendência, contudo, foi menos pronunciada entre 1987 e 1996, do que entre a Pesquisa Estudo Nacional da Despesa Familiar (ENDEF) 1974/1975 e a POF 1987/1988. Por outro lado, houve significativo aumento na participação dos gastos com ativos – um indicador da variação patrimonial das famílias – , notadamente em termos de aquisição de veículos. Houve diferenças de padrões de consumo por classe de renda e por grau de desenvolvimento das regiões metropolitanas. As áreas do Nordeste e Belém tenderam a uma participação de gastos em alimentação e educação mais elevada do que a das demais metrópoles. As famílias de menor rendimento (até dois salários-mínimos) gastavam relativamente muito mais em alimentação do que as demais famílias. As despesas em alimentação foram o item de dispêndio mais importante no orçamento das famílias. A participação dessas despesas, apesar da tendência declinante desde a década de 80, ainda representou um percentual bastante elevado, principalmente para as famílias de menor renda. Outro fenômeno observado nas duas Pesquisas de Orçamentos Familiares foi o processo de déficit orçamentário das famílias nos estratos de renda baixa e intermediária, que, em média, gastaram mais do que recebiam.45 p. : il.Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)2014-03-10T15:37:03Z2014-03-10T15:37:03Z1998-12Texto para Discussão (TD)info:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/2732ark:/51990/00130000055qghttp://www.ipea.gov.brreponame:Repositório Institucional da IPEA (RCIpea)instname:Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)instacron:IPEABrasil1995-1996Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)É permitida a reprodução deste texto, desde que obrigatoriamente citada a fonte. Reproduções para fins comerciais são rigorosamente proibidas.info:eu-repo/semantics/openAccessCastro, Paulo Furtado deMagalhães, Luís Carlos Garcia depor2020-12-22T15:38:55Zoai:repositorio.ipea.gov.br:11058/2732Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ipea.gov.br/oai/requestsuporte@ipea.gov.bropendoar:2020-12-22T15:38:55Repositório Institucional da IPEA (RCIpea) - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)false |
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