Cidades cicláveis : avanços e desafios das políticas cicloviárias no Brasil
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Data de Publicação: | 2017 |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da IPEA (RCIpea) |
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Texto Completo: | http://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/7521 |
Resumo: | A demanda por uma mobilidade sustentável é impulsionada no Brasil pelo progressivo crescimento das cidades, causando aumento do tempo de deslocamento nos diferentes modais de transporte, crescimento do número de mortes de motociclistas que migram dos modos ativos de transporte movidos pelo crescimento da renda familiar, maior incidência de acidentes em geral e mais danos à saúde, provocados pela poluição do ar vinculada aos motores de combustão. O Brasil tem mais bicicletas que carros, respectivamente 50 milhões contra 41 milhões. Em torno de 7% do total de viagens é feita por bicicletas, com potencial de atingir 40%. Esta é uma pesquisa qualitativa que buscou entender quais os cenários de futuro e os fatores de sustentabilidade para as redes cicloviárias que são capazes de guiar as políticas cicloviárias e de mobilidade sustentável no Brasil. Utilizou-se a metodologia de pressão-estado-resposta (PER), associada à metodologia do pensamento de ciclo de vida (PCV) para compreender as percepções dos stakeholders (atores-chaves) sobre as redes cicloviárias. Os entrevistados pertencem a academia, governo, associações de cicloativistas e associações empresariais. Os cenários de curto prazo indicaram a necessidade de uma base de dados que apoie a formação de indicadores sociais, econômicos e ambientais, além do fortalecimento da participação dos atores sociais no processo de institucionalização da política cicloviária. Os cenários de médio prazo indicaram a construção de uma política de alianças estratégicas e o fortalecimento da bicicultura ou onda bike por meio de eventos e geração de informação que atenda aos atores em diferentes escalas territoriais (local, nacional e internacional). Os fatores de sustentabilidade para o fortalecimento das políticas cicloviárias foram: o tempo de implementação da política; o tipo de abordagem de mobilidade utilizada para orientar a política cicloviária; os níveis de incentivos econômicos e fiscais; a utilização de metodologias de participação; a formação de banco de dados sobre o número e a localização dos conflitos entre ciclistas, motoristas e pedestres; o grau de integração das políticas cicloviárias com outras políticas públicas; e a área de espaço urbano disponível para a expansão das redes cicloviárias. Além disso, a metodologia do PCV indicou a necessidade de uma avaliação de ciclo de vida (ACV) que modele os impactos da presença de cada modal (pedestre, bicicleta, metrô, trem e ônibus) no território urbano. Esta ACV pode produzir indicadores para apoiar um sistema integrado de mobilidade sustentável em que a bicicleta pode ter um papel múltiplo: modal de transporte, veículo de integração entre modais e símbolo de sustentabilidade. |
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Cidades cicláveis : avanços e desafios das políticas cicloviárias no BrasilTexto para Discussão (TD) 2276 : Cidades cicláveis : avanços e desafios das políticas cicloviárias no BrasilIPEA::Transporte::Infraestrutura de Transportes::Infraestrutura de TransportesIPEA::Transporte::Meios de Transporte::Veículos::BicicletasIPEA::Demografia. População::Migração::Migração::Deslocamentos Residência-TrabalhoMobilidade urbanaDesenvolvimento sustentávelBicicletaCiclovia.A demanda por uma mobilidade sustentável é impulsionada no Brasil pelo progressivo crescimento das cidades, causando aumento do tempo de deslocamento nos diferentes modais de transporte, crescimento do número de mortes de motociclistas que migram dos modos ativos de transporte movidos pelo crescimento da renda familiar, maior incidência de acidentes em geral e mais danos à saúde, provocados pela poluição do ar vinculada aos motores de combustão. O Brasil tem mais bicicletas que carros, respectivamente 50 milhões contra 41 milhões. Em torno de 7% do total de viagens é feita por bicicletas, com potencial de atingir 40%. Esta é uma pesquisa qualitativa que buscou entender quais os cenários de futuro e os fatores de sustentabilidade para as redes cicloviárias que são capazes de guiar as políticas cicloviárias e de mobilidade sustentável no Brasil. Utilizou-se a metodologia de pressão-estado-resposta (PER), associada à metodologia do pensamento de ciclo de vida (PCV) para compreender as percepções dos stakeholders (atores-chaves) sobre as redes cicloviárias. Os entrevistados pertencem a academia, governo, associações de cicloativistas e associações empresariais. Os cenários de curto prazo indicaram a necessidade de uma base de dados que apoie a formação de indicadores sociais, econômicos e ambientais, além do fortalecimento da participação dos atores sociais no processo de institucionalização da política cicloviária. Os cenários de médio prazo indicaram a construção de uma política de alianças estratégicas e o fortalecimento da bicicultura ou onda bike por meio de eventos e geração de informação que atenda aos atores em diferentes escalas territoriais (local, nacional e internacional). Os fatores de sustentabilidade para o fortalecimento das políticas cicloviárias foram: o tempo de implementação da política; o tipo de abordagem de mobilidade utilizada para orientar a política cicloviária; os níveis de incentivos econômicos e fiscais; a utilização de metodologias de participação; a formação de banco de dados sobre o número e a localização dos conflitos entre ciclistas, motoristas e pedestres; o grau de integração das políticas cicloviárias com outras políticas públicas; e a área de espaço urbano disponível para a expansão das redes cicloviárias. Além disso, a metodologia do PCV indicou a necessidade de uma avaliação de ciclo de vida (ACV) que modele os impactos da presença de cada modal (pedestre, bicicleta, metrô, trem e ônibus) no território urbano. Esta ACV pode produzir indicadores para apoiar um sistema integrado de mobilidade sustentável em que a bicicleta pode ter um papel múltiplo: modal de transporte, veículo de integração entre modais e símbolo de sustentabilidade.47 p. : il.Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)2017-03-10T14:56:44Z2017-03-10T14:56:44Z2017-03Texto para Discussão (TD)info:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfhttp://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/7521ark:/51990/001300000gh4rhttp://www.ipea.gov.brreponame:Repositório Institucional da IPEA (RCIpea)instname:Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)instacron:IPEABrasilInstituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)É permitida a reprodução deste texto e dos dados nele contidos, desde que citada a fonte. Reproduções para fins comerciais são proibidas.info:eu-repo/semantics/openAccessCoelho Filho, OsmarSaccaro Junior, Nilo Luizpor2024-02-23T13:11:24Zoai:repositorio.ipea.gov.br:11058/7521Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ipea.gov.br/oai/requestsuporte@ipea.gov.bropendoar:2024-02-23T13:11:24Repositório Institucional da IPEA (RCIpea) - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)false |
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A demanda por uma mobilidade sustentável é impulsionada no Brasil pelo progressivo crescimento das cidades, causando aumento do tempo de deslocamento nos diferentes modais de transporte, crescimento do número de mortes de motociclistas que migram dos modos ativos de transporte movidos pelo crescimento da renda familiar, maior incidência de acidentes em geral e mais danos à saúde, provocados pela poluição do ar vinculada aos motores de combustão. O Brasil tem mais bicicletas que carros, respectivamente 50 milhões contra 41 milhões. Em torno de 7% do total de viagens é feita por bicicletas, com potencial de atingir 40%. Esta é uma pesquisa qualitativa que buscou entender quais os cenários de futuro e os fatores de sustentabilidade para as redes cicloviárias que são capazes de guiar as políticas cicloviárias e de mobilidade sustentável no Brasil. Utilizou-se a metodologia de pressão-estado-resposta (PER), associada à metodologia do pensamento de ciclo de vida (PCV) para compreender as percepções dos stakeholders (atores-chaves) sobre as redes cicloviárias. Os entrevistados pertencem a academia, governo, associações de cicloativistas e associações empresariais. Os cenários de curto prazo indicaram a necessidade de uma base de dados que apoie a formação de indicadores sociais, econômicos e ambientais, além do fortalecimento da participação dos atores sociais no processo de institucionalização da política cicloviária. Os cenários de médio prazo indicaram a construção de uma política de alianças estratégicas e o fortalecimento da bicicultura ou onda bike por meio de eventos e geração de informação que atenda aos atores em diferentes escalas territoriais (local, nacional e internacional). Os fatores de sustentabilidade para o fortalecimento das políticas cicloviárias foram: o tempo de implementação da política; o tipo de abordagem de mobilidade utilizada para orientar a política cicloviária; os níveis de incentivos econômicos e fiscais; a utilização de metodologias de participação; a formação de banco de dados sobre o número e a localização dos conflitos entre ciclistas, motoristas e pedestres; o grau de integração das políticas cicloviárias com outras políticas públicas; e a área de espaço urbano disponível para a expansão das redes cicloviárias. Além disso, a metodologia do PCV indicou a necessidade de uma avaliação de ciclo de vida (ACV) que modele os impactos da presença de cada modal (pedestre, bicicleta, metrô, trem e ônibus) no território urbano. Esta ACV pode produzir indicadores para apoiar um sistema integrado de mobilidade sustentável em que a bicicleta pode ter um papel múltiplo: modal de transporte, veículo de integração entre modais e símbolo de sustentabilidade. |
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