Estratégia de transformação econômica do Centro-Oeste : o caminho externo
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Data de Publicação: | 2019 |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da IPEA (RCIpea) |
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Texto Completo: | http://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/9361 |
Resumo: | O objetivo deste Texto para Discussão é verificar em que medida os estímulos emitidos pelo processo de integração comercial das economias da região Centro-Oeste à dinâmica dos mercados internacionais, a partir da última década do século XX, regularam o comportamento da estrutura setorial da produção industrial nesses estados. Para tanto, a hipótese do trabalho objetiva-se a partir das observações desenvolvidas por Lavinas, Garcia e Amaral (1997), Cano (2011), Macedo (2010), Pires e Santos (2013) e Siqueira (2013). Esses autores destacaram a importância do vetor de exportação no impulsionamento das transformações ocorridas na estrutura produtiva do Centro-Oeste, integrando esse espaço regional na lógica de valorização do capital internacional. De modo geral, observa-se que o papel do vetor externo, no caso do Centro-Oeste, foi conectar esse espaço regional aos principais centros de consumo mundial, para incentivar exportações de produtos que, na maioria das vezes, ainda apresentam baixo valor agregado, como carnes (bovina, suína e de aves), milho, algodão, minerais e soja e derivados. Em contrapartida, as importações concentram-se, sobremaneira, em produtos com um grau maior de processamento industrial. Isso ocorre, principalmente, no caso de Goiás, que vem demandando do mercado internacional produtos interligados às cadeias automobilística, farmoquímica, farmacêutica e química. No Mato Grosso do Sul, os principais produtos são de extração de petróleo e gás natural. Nesse sentido, pode-se auferir que há uma imbricação significativa entre a estrutura produtiva industrial da região Centro-Oeste e os seus vetores externos, isto é, as importações e exportações. Afinal, os principais produtos confeccionados no setor industrial apresentam, também, forte participação na pauta exportadora desse espaço regional. Já no caso das importações, observa-se que grande parte da demanda da região por produtos externos vem alimentar, enquanto insumo, as plantas industriais ali localizadas |
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Estratégia de transformação econômica do Centro-Oeste : o caminho externoTexto para Discussão (TD) 2504 : Estratégia de transformação econômica do Centro-Oeste : o caminho externoIPEA::Condições Econômicas. Pesquisa Econômica. Sistemas Econômicos::Condições Econômicas::Crescimento Econômico::Desenvolvimento RegionalIPEA::Comércio::Comércio InternacionalIPEA::Condições Econômicas. Pesquisa Econômica. Sistemas Econômicos::Condições Econômicas::Condições Econômicas - Geral::Mudança EconômicaCentro-OesteExportaçõesImportaçõesDesenvolvimento regionalO objetivo deste Texto para Discussão é verificar em que medida os estímulos emitidos pelo processo de integração comercial das economias da região Centro-Oeste à dinâmica dos mercados internacionais, a partir da última década do século XX, regularam o comportamento da estrutura setorial da produção industrial nesses estados. Para tanto, a hipótese do trabalho objetiva-se a partir das observações desenvolvidas por Lavinas, Garcia e Amaral (1997), Cano (2011), Macedo (2010), Pires e Santos (2013) e Siqueira (2013). Esses autores destacaram a importância do vetor de exportação no impulsionamento das transformações ocorridas na estrutura produtiva do Centro-Oeste, integrando esse espaço regional na lógica de valorização do capital internacional. De modo geral, observa-se que o papel do vetor externo, no caso do Centro-Oeste, foi conectar esse espaço regional aos principais centros de consumo mundial, para incentivar exportações de produtos que, na maioria das vezes, ainda apresentam baixo valor agregado, como carnes (bovina, suína e de aves), milho, algodão, minerais e soja e derivados. Em contrapartida, as importações concentram-se, sobremaneira, em produtos com um grau maior de processamento industrial. Isso ocorre, principalmente, no caso de Goiás, que vem demandando do mercado internacional produtos interligados às cadeias automobilística, farmoquímica, farmacêutica e química. No Mato Grosso do Sul, os principais produtos são de extração de petróleo e gás natural. Nesse sentido, pode-se auferir que há uma imbricação significativa entre a estrutura produtiva industrial da região Centro-Oeste e os seus vetores externos, isto é, as importações e exportações. Afinal, os principais produtos confeccionados no setor industrial apresentam, também, forte participação na pauta exportadora desse espaço regional. Já no caso das importações, observa-se que grande parte da demanda da região por produtos externos vem alimentar, enquanto insumo, as plantas industriais ali localizadas57 p. : il.Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)2019-10-08T20:38:01Z2019-10-08T20:38:01Z2019-08Texto para Discussão (TD)info:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfhttp://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/9361ark:/51990/001300000cr2zhttp://www.ipea.gov.brreponame:Repositório Institucional da IPEA (RCIpea)instname:Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)instacron:IPEARegião Centro-Oeste, BrasilInstituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)É permitida a reprodução deste texto e dos dados nele contidos, desde que citada a fonte. Reproduções para fins comerciais são proibidas.info:eu-repo/semantics/openAccessPires, Murilo José de Souzapor2020-01-16T14:20:04Zoai:repositorio.ipea.gov.br:11058/9361Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ipea.gov.br/oai/requestsuporte@ipea.gov.bropendoar:2020-01-16T14:20:04Repositório Institucional da IPEA (RCIpea) - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)false |
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