Epidemiologia das doenças negligenciadas no Brasil e gastos federais com medicamentos
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2011 |
Outros Autores: | , , , |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da IPEA (RCIpea) |
dARK ID: | ark:/51990/00130000045s5 |
Texto Completo: | http://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/1577 |
Resumo: | A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a organização Médicos Sem Fronteiras propuseram recentemente a denominação “doenças negligenciadas”, referindo-se àquelas enfermidades, geralmente transmissíveis, que apresentam maior ocorrência nos países em desenvolvimento, e “mais negligenciadas”, exclusivas dos países em desenvolvimento. Leishmanioses, doença de Chagas (DC), tracoma, hanseníase e malária, além de diversas parasitoses, são apenas alguns exemplos de doenças negligenciadas. Dada a importância do combate a estas como ferramenta promotora do desenvolvimento socioeconômico, e com o intuito de subsidiar a discussão sobre a política de pesquisa e desenvolvimento (P&D) de medicamentos no Brasil, o presente estudo avalia a situação epidemiológica das doenças negligenciadas com maior ocorrência no Brasil. Analisa também os gastos do governo federal com medicamentos para o tratamento dessas morbidades, identificando os fármacos, formas farmacêuticas e seus respectivos custos, no período 2005-2008. Nesse sentido, observa-se que, apesar da elevada ocorrência das doenças negligenciadas no Brasil, os gastos do Ministério da Saúde (MS) com medicamentos para os programas de assistência farmacêutica das doenças negligenciadas são pequenos em relação ao gasto com outros programas, como o da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), por exemplo. Acredita-se que isso reflita a inexistência de medicamentos novos para o tratamento das doenças negligenciadas que seriam, portanto, sujeitos à proteção patentária e, consequentemente, mais caros. Por outro lado, o Brasil é um dos países em desenvolvimento que mais investe recursos em estudos de novas formas de tratamento para as doenças negligenciadas. Da mesma forma como é feito em outros países, poderiam ser propostas parcerias público-privadas (PPPs) para P&D na área de doenças negligenciadas no Brasil, uma vez que o país é diretamente interessado nos possíveis produtos dessas parcerias e possui capacidade técnica para isso. |
id |
IPEA_500e83308e522faa104017f031f95b09 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ipea.gov.br:11058/1577 |
network_acronym_str |
IPEA |
network_name_str |
Repositório Institucional da IPEA (RCIpea) |
repository_id_str |
|
spelling |
Epidemiologia das doenças negligenciadas no Brasil e gastos federais com medicamentosTexto para Discussão (TD) 1607: Epidemiologia das doenças negligenciadas no Brasil e gastos federais com medicamentosGastos com medicamentosMedicamentosEpidemiologiaDoenças negligenciadasA Organização Mundial da Saúde (OMS) e a organização Médicos Sem Fronteiras propuseram recentemente a denominação “doenças negligenciadas”, referindo-se àquelas enfermidades, geralmente transmissíveis, que apresentam maior ocorrência nos países em desenvolvimento, e “mais negligenciadas”, exclusivas dos países em desenvolvimento. Leishmanioses, doença de Chagas (DC), tracoma, hanseníase e malária, além de diversas parasitoses, são apenas alguns exemplos de doenças negligenciadas. Dada a importância do combate a estas como ferramenta promotora do desenvolvimento socioeconômico, e com o intuito de subsidiar a discussão sobre a política de pesquisa e desenvolvimento (P&D) de medicamentos no Brasil, o presente estudo avalia a situação epidemiológica das doenças negligenciadas com maior ocorrência no Brasil. Analisa também os gastos do governo federal com medicamentos para o tratamento dessas morbidades, identificando os fármacos, formas farmacêuticas e seus respectivos custos, no período 2005-2008. Nesse sentido, observa-se que, apesar da elevada ocorrência das doenças negligenciadas no Brasil, os gastos do Ministério da Saúde (MS) com medicamentos para os programas de assistência farmacêutica das doenças negligenciadas são pequenos em relação ao gasto com outros programas, como o da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), por exemplo. Acredita-se que isso reflita a inexistência de medicamentos novos para o tratamento das doenças negligenciadas que seriam, portanto, sujeitos à proteção patentária e, consequentemente, mais caros. Por outro lado, o Brasil é um dos países em desenvolvimento que mais investe recursos em estudos de novas formas de tratamento para as doenças negligenciadas. Da mesma forma como é feito em outros países, poderiam ser propostas parcerias público-privadas (PPPs) para P&D na área de doenças negligenciadas no Brasil, uma vez que o país é diretamente interessado nos possíveis produtos dessas parcerias e possui capacidade técnica para isso.62 p. : il.Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)2013-08-06T19:26:33Z2013-08-06T19:26:33Z2011-04Texto para Discussão (TD)info:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/1577ark:/51990/00130000045s5http://www.ipea.gov.brreponame:Repositório Institucional da IPEA (RCIpea)instname:Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)instacron:IPEABrasilInstituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)É permitida a reprodução deste texto e dos dados nele contidos, desde que citada a fonte. Reproduções para fins comerciais são proibidas.info:eu-repo/semantics/openAccessGarcia, Leila PosenatoMagalhães, Luís Carlos Garcia deÁurea, Adriana PachecoSantos, Carolina Fernandes dosAlmeida, Raquel Filgueiras depor2020-12-22T15:46:33Zoai:repositorio.ipea.gov.br:11058/1577Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ipea.gov.br/oai/requestsuporte@ipea.gov.bropendoar:2020-12-22T15:46:33Repositório Institucional da IPEA (RCIpea) - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Epidemiologia das doenças negligenciadas no Brasil e gastos federais com medicamentos Texto para Discussão (TD) 1607: Epidemiologia das doenças negligenciadas no Brasil e gastos federais com medicamentos |
title |
Epidemiologia das doenças negligenciadas no Brasil e gastos federais com medicamentos |
spellingShingle |
Epidemiologia das doenças negligenciadas no Brasil e gastos federais com medicamentos Garcia, Leila Posenato Gastos com medicamentos Medicamentos Epidemiologia Doenças negligenciadas |
title_short |
Epidemiologia das doenças negligenciadas no Brasil e gastos federais com medicamentos |
title_full |
Epidemiologia das doenças negligenciadas no Brasil e gastos federais com medicamentos |
title_fullStr |
Epidemiologia das doenças negligenciadas no Brasil e gastos federais com medicamentos |
title_full_unstemmed |
Epidemiologia das doenças negligenciadas no Brasil e gastos federais com medicamentos |
title_sort |
Epidemiologia das doenças negligenciadas no Brasil e gastos federais com medicamentos |
author |
Garcia, Leila Posenato |
author_facet |
Garcia, Leila Posenato Magalhães, Luís Carlos Garcia de Áurea, Adriana Pacheco Santos, Carolina Fernandes dos Almeida, Raquel Filgueiras de |
author_role |
author |
author2 |
Magalhães, Luís Carlos Garcia de Áurea, Adriana Pacheco Santos, Carolina Fernandes dos Almeida, Raquel Filgueiras de |
author2_role |
author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Garcia, Leila Posenato Magalhães, Luís Carlos Garcia de Áurea, Adriana Pacheco Santos, Carolina Fernandes dos Almeida, Raquel Filgueiras de |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Gastos com medicamentos Medicamentos Epidemiologia Doenças negligenciadas |
topic |
Gastos com medicamentos Medicamentos Epidemiologia Doenças negligenciadas |
description |
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a organização Médicos Sem Fronteiras propuseram recentemente a denominação “doenças negligenciadas”, referindo-se àquelas enfermidades, geralmente transmissíveis, que apresentam maior ocorrência nos países em desenvolvimento, e “mais negligenciadas”, exclusivas dos países em desenvolvimento. Leishmanioses, doença de Chagas (DC), tracoma, hanseníase e malária, além de diversas parasitoses, são apenas alguns exemplos de doenças negligenciadas. Dada a importância do combate a estas como ferramenta promotora do desenvolvimento socioeconômico, e com o intuito de subsidiar a discussão sobre a política de pesquisa e desenvolvimento (P&D) de medicamentos no Brasil, o presente estudo avalia a situação epidemiológica das doenças negligenciadas com maior ocorrência no Brasil. Analisa também os gastos do governo federal com medicamentos para o tratamento dessas morbidades, identificando os fármacos, formas farmacêuticas e seus respectivos custos, no período 2005-2008. Nesse sentido, observa-se que, apesar da elevada ocorrência das doenças negligenciadas no Brasil, os gastos do Ministério da Saúde (MS) com medicamentos para os programas de assistência farmacêutica das doenças negligenciadas são pequenos em relação ao gasto com outros programas, como o da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), por exemplo. Acredita-se que isso reflita a inexistência de medicamentos novos para o tratamento das doenças negligenciadas que seriam, portanto, sujeitos à proteção patentária e, consequentemente, mais caros. Por outro lado, o Brasil é um dos países em desenvolvimento que mais investe recursos em estudos de novas formas de tratamento para as doenças negligenciadas. Da mesma forma como é feito em outros países, poderiam ser propostas parcerias público-privadas (PPPs) para P&D na área de doenças negligenciadas no Brasil, uma vez que o país é diretamente interessado nos possíveis produtos dessas parcerias e possui capacidade técnica para isso. |
publishDate |
2011 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2011-04 2013-08-06T19:26:33Z 2013-08-06T19:26:33Z |
dc.type.driver.fl_str_mv |
Texto para Discussão (TD) |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/1577 |
dc.identifier.dark.fl_str_mv |
ark:/51990/00130000045s5 |
url |
http://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/1577 |
identifier_str_mv |
ark:/51990/00130000045s5 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.coverage.none.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) |
publisher.none.fl_str_mv |
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) |
dc.source.none.fl_str_mv |
http://www.ipea.gov.br reponame:Repositório Institucional da IPEA (RCIpea) instname:Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) instacron:IPEA |
instname_str |
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) |
instacron_str |
IPEA |
institution |
IPEA |
reponame_str |
Repositório Institucional da IPEA (RCIpea) |
collection |
Repositório Institucional da IPEA (RCIpea) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da IPEA (RCIpea) - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) |
repository.mail.fl_str_mv |
suporte@ipea.gov.br |
_version_ |
1815173060021452800 |