Anais do circuito de debates acadêmicos: programa e resumos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Circuito de Debates Acadêmicos das Ciências Humanas, 1
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Conferência do Desenvolvimento, 2 (2011 : Brasília), Monteiro Neto, Aristides (Organizador e Editor), Santos, José Carlos dos (Organizador e Editor)
Tipo de documento: Livro
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da IPEA (RCIpea)
Texto Completo: http://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/3226
Resumo: A consolidação para publicação dos resumos dos trabalhos apresentados durante o primeiro Circuito de Debates Acadêmicos, que aconteceu como parte da programação da II Conferência do Desenvolvimento, em novembro de 2011, significa um esforço muito grande e, também, um enorme êxito, da parceria entre o Ipea e onze (11) associações nacionais de pós-graduação em ciências humanas. A chamada pública para apresentação de trabalhos no I Circuito de Debates Acadêmicos recebeu pouco mais de 750 textos. A seleção elegeu os 273 artigos divididos em onze áreas temáticas, cujos resumos compõem estes anais. O Ipea acredita que um painel representativo de reflexões sobre o desenvolvimento brasileiro está, pois, à disposição da sociedade, da academia e dos governos para consulta, análise, interpretação. Uma marca mais evidente, entretanto, que cingiu bom número de artigos, foi a da preocupação com a forma como se apresenta o desenvolvimento nacional na última década: os novos atores políticos e sociais; as novas demandas cidadãs; a reiteração de desigualdades espaciais e pessoais; a emergência de novas classes médias; a violência no mundo rural; as mídias e as novas manifestações de seu poder, entre muitos outros temas associados. A partir dos textos, florescem desde novas questões relacionadas ao mundo do trabalho, à economia e ao trabalho solidários até passagens pela discussão do espaço e do território, temas de governança territorial, novas perguntas sobre o planejamento urbano em metrópoles ou interrogações sobre ordenamento e dinâmicas territoriais. Em outra perspectiva disciplinar, as visões antropológicas trazidas pelos textos acerca do nosso desenvolvimento estão relacionadas com as questões sobre patrimônio cultural, moda e políticas públicas, questionam identidades e conflitos culturais, em meio a outros conflitos emergentes e renovam as perspectivas de interpretação sobre os Brasis atuais. Na economia e na política econômica, as perspectivas macro e microeconômicas estão bastante exploradas. Vieram fortes os temas da possível (segundo alguns) desindustrialização da economia brasileira e da especialização tecnológica restrita; discute-se também a interação entre instituições e crescimento econômico e estratégias de crescimento. Há vários exemplos de experiências de arranjos produtivos locais ou regionais, que são analisados sob o ponto de vista de seu êxito e ou de seu fracasso. No direito, aparecem as discussões sobre o Poder Judiciário e seu papel no desenvolvimento, o tema da intervenção do Estado na economia, direitos de grupos sociais específicos e planejamento público. A ciência política conversou mais proximamente com os temas do direito e trouxe o debate sobre o desenvolvimento e a cultura política, a governança de esquerda na América Latina, o autoritarismo político, a geografia do voto, entre outros. Na história, o debate foi brindado com poucas, mas sólidas, discussões sobre símbolos nacionais, sobre instituições como Exército brasileiro e novas abordagens sobre a escravidão. Na área de comunicação, a democratização do Estado digital, a democracia via Web e o debate amplo sobre o papel das novas tecnologias na (e para) democratização da comunicação num país já bastante desigual como o Brasil são temas recorrentes. Além da variedade temática que se descortinou, também outro recorte importante veio à luz: o da diversidade regional da produção acadêmica realizada. Houve uma promissora desconcentração regional da produção, a qual não se restringiu a universidades consagradas do eixo São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, mas foi além, em direção ao Amazonas, Piauí, Rio Grande do Norte, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Goiás, Pernambuco e Espírito Santo. Ademais, outro aspecto revelador é que muitos artigos foram produzidos em departamentos universitários federais e estaduais de cidades médias e do interior do país. O estágio de maturidade e diversidade da produção da academia brasileira em ciências humanas, pelo que se vê aqui, já está bastante adiantado. Suas reflexões e o capital acumulado sobre a compreensão do Brasil são notáveis e devem ser motivo de orgulho e de atenção para todos os que se envolvem na discussão e elaboração de políticas públicas.
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Uma marca mais evidente, entretanto, que cingiu bom número de artigos, foi a da preocupação com a forma como se apresenta o desenvolvimento nacional na última década: os novos atores políticos e sociais; as novas demandas cidadãs; a reiteração de desigualdades espaciais e pessoais; a emergência de novas classes médias; a violência no mundo rural; as mídias e as novas manifestações de seu poder, entre muitos outros temas associados. A partir dos textos, florescem desde novas questões relacionadas ao mundo do trabalho, à economia e ao trabalho solidários até passagens pela discussão do espaço e do território, temas de governança territorial, novas perguntas sobre o planejamento urbano em metrópoles ou interrogações sobre ordenamento e dinâmicas territoriais. Em outra perspectiva disciplinar, as visões antropológicas trazidas pelos textos acerca do nosso desenvolvimento estão relacionadas com as questões sobre patrimônio cultural, moda e políticas públicas, questionam identidades e conflitos culturais, em meio a outros conflitos emergentes e renovam as perspectivas de interpretação sobre os Brasis atuais. Na economia e na política econômica, as perspectivas macro e microeconômicas estão bastante exploradas. Vieram fortes os temas da possível (segundo alguns) desindustrialização da economia brasileira e da especialização tecnológica restrita; discute-se também a interação entre instituições e crescimento econômico e estratégias de crescimento. Há vários exemplos de experiências de arranjos produtivos locais ou regionais, que são analisados sob o ponto de vista de seu êxito e ou de seu fracasso. No direito, aparecem as discussões sobre o Poder Judiciário e seu papel no desenvolvimento, o tema da intervenção do Estado na economia, direitos de grupos sociais específicos e planejamento público. A ciência política conversou mais proximamente com os temas do direito e trouxe o debate sobre o desenvolvimento e a cultura política, a governança de esquerda na América Latina, o autoritarismo político, a geografia do voto, entre outros. Na história, o debate foi brindado com poucas, mas sólidas, discussões sobre símbolos nacionais, sobre instituições como Exército brasileiro e novas abordagens sobre a escravidão. Na área de comunicação, a democratização do Estado digital, a democracia via Web e o debate amplo sobre o papel das novas tecnologias na (e para) democratização da comunicação num país já bastante desigual como o Brasil são temas recorrentes. Além da variedade temática que se descortinou, também outro recorte importante veio à luz: o da diversidade regional da produção acadêmica realizada. Houve uma promissora desconcentração regional da produção, a qual não se restringiu a universidades consagradas do eixo São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, mas foi além, em direção ao Amazonas, Piauí, Rio Grande do Norte, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Goiás, Pernambuco e Espírito Santo. Ademais, outro aspecto revelador é que muitos artigos foram produzidos em departamentos universitários federais e estaduais de cidades médias e do interior do país. O estágio de maturidade e diversidade da produção da academia brasileira em ciências humanas, pelo que se vê aqui, já está bastante adiantado. Suas reflexões e o capital acumulado sobre a compreensão do Brasil são notáveis e devem ser motivo de orgulho e de atenção para todos os que se envolvem na discussão e elaboração de políticas públicas.110 p. : il.Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)2014-11-24T18:32:57Z2014-11-24T18:32:57Z2012info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bookapplication/pdfhttp://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/3226http://www.ipea.gov.brreponame:Repositório Institucional da IPEA (RCIpea)instname:Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)instacron:IPEABrasilInstituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)É permitida a reprodução deste texto e dos dados nele contidos, desde que citada a fonte. 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