Conjuntura do mercado do trabalho no Brasil : análise dos dados até o primeiro trimestre de 2023

• Autor(a) principal: Silva, Sandro Pereira
• Data de Publicação: 2023
• Outros Autores: Lameiras, Maria Andreia Parente, Carvalho, Sandro Sacchet de, Ramos, Lauro Roberto Albrecht, Fernandes, Leo Veríssimo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da IPEA (RCIpea)
• dARK ID: ark:/51990/0013000001f4d
• Texto Completo: https://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/12206
• topic: IPEA::Trabalho::Recursos Humanos::Mão de obra::Mercado de Trabalho; IPEA::Trabalho::Ocupações; Conjuntura laboral; Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua); Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged)

A análise dos dados atualizados até o primeiro trimestre de 2023 mostram que o mercado de trabalho brasileiro segue em processo de recuperação. A população ocupada ficou em torno de 98 milhões de trabalhadores, com elevação correspondente a 1,2% na comparação interanual, isto é, em relação ao mesmo período do ano anterior. O crescimento da ocupação tem ocorrido mais intensamente no segmento formal, com taxa de crescimento de 4,1%, ante 0,8% dos informais. A taxa de formalização no mercado de trabalho ficou em 48,2%. Por sua vez, a taxa de desocupação ficou em 8,8%, o que indica diminuição de 2 p.p. Esse recuo na desocupação pode ser observado em todos os recortes de desagregação (por região, gênero, raça, idade, idade, escolaridade e setor de atividade). Em termos de renda média mensal do trabalho, o crescimento interanual foi de 7,4%, atingindo o valor de R$ 2.880 no trimestre inicial de 2023. A massa de rendimentos do trabalho fechou em R$ 277,2 bilhões, com crescimento real de 10,8%. Todos os diferentes recortes regionais, populacionais e setoriais mantiveram a trajetória de crescimento da renda média do trabalho, ainda que à taxa decrescente na maioria deles quanto ao quarto trimestre de 2022. Contudo, não obstante a relevância dessas informações, o país segue com um contingente de 9,4 milhões de indivíduos em situação de desemprego involuntário, e mais da metade da população ocupada segue na informalidade, desconectadas da rede pública de proteção previdenciária. Ademais, os níveis de desigualdade de renda no país se mantêm elevados para os padrões internacionais, o que demonstra a necessidade de esforços coordenados em termos de políticas públicas, de curto, médio e longo prazo, para a inclusão produtiva e geração de trabalho digno.