Vacância residencial nos centros históricos urbanos: o caso de São Paulo
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Data de Publicação: | 2014 |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da IPEA (RCIpea) |
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Texto Completo: | http://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/3135 |
Resumo: | A Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) é um dos maiores aglomerados urbanos do mundo. Como em qualquer outra grande metrópole, não é tarefa fácil investigar sua estrutura, problemas e dinâmica. A estrutura das cidades foi analisada pela economia urbana desde que a teoria de usos do solo de Von Thünen foi adaptada ao contexto urbano. As pesquisas sobre os mercados imobiliários e de habitação seguiram uma abordagem diferente. Por um lado, o mercado de habitação foi modelado com ênfase em características específicas, como durabilidade, heterogeneidade e custos de construção. Por outro lado, pesquisas em finanças imobiliárias vêm aplicando uma série de métodos de avaliação, focando os mecanismos de oferta e de demanda e considerando imóveis como ativos. Estas três linhas de pesquisa não têm sido conectadas de maneira sistemática. Entretanto, argumenta-se que a dimensão espacial dos objetos investigados enseja uma análise integrada. Nas últimas décadas, São Paulo vivenciou grandes incrementos populacionais, desde que se se tornou o grande polo da indústria nacional. Muitos problemas surgiram, especialmente aqueles conectados com a habitação, como favelas, assentamentos ilegais, cortiços, invasões e moradores de rua. Este deficit habitacional indica a necessidade de se procurar alternativas na provisão de habitação de boa qualidade. Ao mesmo tempo, há um padrão na vacância residencial: alta nas áreas centrais e baixas na periferia. As vantagens locacionais do centro da cidade e suas amenidades urbanas, recursos escassos, são subutilizadas. Este trabalho procura contribuir para este debate pela análise empírica dos determinantes das taxas de vacância residenciais na RMSP e suas diferenças no centro histórico. Combinaram-se métodos de econometria espacial com modelagem hedônica aplicada a dados de setores censitários em painel para 2000 e 2010. Os resultados deste estudo sugerem que há dois grupos de determinantes: um relacionado às características locais dos mercados de habitação e outro constituído por características individuais dos edifícios. Foi identificada a diferenciação dos determinantes para o centro histórico de São Paulo, indicando a existência de um submercado com dinâmica própria nesta localização. |
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Vacância residencial nos centros históricos urbanos: o caso de São PauloTexto para Discussão (TD) 1987: Vacância residencial nos centros históricos urbanos: o caso de São PauloResidential vacancy in city center: the case of São PauloHabitaçãoTaxas de vacânciaRegião Metropolitana de São Paulo (RMSP)Centros urbanosModelagem hedônicaA Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) é um dos maiores aglomerados urbanos do mundo. Como em qualquer outra grande metrópole, não é tarefa fácil investigar sua estrutura, problemas e dinâmica. A estrutura das cidades foi analisada pela economia urbana desde que a teoria de usos do solo de Von Thünen foi adaptada ao contexto urbano. As pesquisas sobre os mercados imobiliários e de habitação seguiram uma abordagem diferente. Por um lado, o mercado de habitação foi modelado com ênfase em características específicas, como durabilidade, heterogeneidade e custos de construção. Por outro lado, pesquisas em finanças imobiliárias vêm aplicando uma série de métodos de avaliação, focando os mecanismos de oferta e de demanda e considerando imóveis como ativos. Estas três linhas de pesquisa não têm sido conectadas de maneira sistemática. Entretanto, argumenta-se que a dimensão espacial dos objetos investigados enseja uma análise integrada. Nas últimas décadas, São Paulo vivenciou grandes incrementos populacionais, desde que se se tornou o grande polo da indústria nacional. Muitos problemas surgiram, especialmente aqueles conectados com a habitação, como favelas, assentamentos ilegais, cortiços, invasões e moradores de rua. Este deficit habitacional indica a necessidade de se procurar alternativas na provisão de habitação de boa qualidade. Ao mesmo tempo, há um padrão na vacância residencial: alta nas áreas centrais e baixas na periferia. As vantagens locacionais do centro da cidade e suas amenidades urbanas, recursos escassos, são subutilizadas. Este trabalho procura contribuir para este debate pela análise empírica dos determinantes das taxas de vacância residenciais na RMSP e suas diferenças no centro histórico. Combinaram-se métodos de econometria espacial com modelagem hedônica aplicada a dados de setores censitários em painel para 2000 e 2010. Os resultados deste estudo sugerem que há dois grupos de determinantes: um relacionado às características locais dos mercados de habitação e outro constituído por características individuais dos edifícios. Foi identificada a diferenciação dos determinantes para o centro histórico de São Paulo, indicando a existência de um submercado com dinâmica própria nesta localização.28 p. : il.Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)2014-09-16T13:09:04Z2014-09-16T13:09:04Z2014-07Texto para Discussão (TD)info:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfhttp://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/3135ark:/51990/0013000005ktchttp://www.ipea.gov.brreponame:Repositório Institucional da IPEA (RCIpea)instname:Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)instacron:IPEAhttp://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/3136São Paulo, BrasilRegião Metropolitana de São Paulo (RMSP)Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)É permitida a reprodução deste texto e dos dados nele contidos, desde que citada a fonte. Reproduções para fins comerciais são proibidas.info:eu-repo/semantics/openAccessNadalin, Vanessa Gapriottipor2015-03-19T20:11:59Zoai:repositorio.ipea.gov.br:11058/3135Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ipea.gov.br/oai/requestsuporte@ipea.gov.bropendoar:2015-03-19T20:11:59Repositório Institucional da IPEA (RCIpea) - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)false |
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A Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) é um dos maiores aglomerados urbanos do mundo. Como em qualquer outra grande metrópole, não é tarefa fácil investigar sua estrutura, problemas e dinâmica. A estrutura das cidades foi analisada pela economia urbana desde que a teoria de usos do solo de Von Thünen foi adaptada ao contexto urbano. As pesquisas sobre os mercados imobiliários e de habitação seguiram uma abordagem diferente. Por um lado, o mercado de habitação foi modelado com ênfase em características específicas, como durabilidade, heterogeneidade e custos de construção. Por outro lado, pesquisas em finanças imobiliárias vêm aplicando uma série de métodos de avaliação, focando os mecanismos de oferta e de demanda e considerando imóveis como ativos. Estas três linhas de pesquisa não têm sido conectadas de maneira sistemática. Entretanto, argumenta-se que a dimensão espacial dos objetos investigados enseja uma análise integrada. Nas últimas décadas, São Paulo vivenciou grandes incrementos populacionais, desde que se se tornou o grande polo da indústria nacional. Muitos problemas surgiram, especialmente aqueles conectados com a habitação, como favelas, assentamentos ilegais, cortiços, invasões e moradores de rua. Este deficit habitacional indica a necessidade de se procurar alternativas na provisão de habitação de boa qualidade. Ao mesmo tempo, há um padrão na vacância residencial: alta nas áreas centrais e baixas na periferia. As vantagens locacionais do centro da cidade e suas amenidades urbanas, recursos escassos, são subutilizadas. Este trabalho procura contribuir para este debate pela análise empírica dos determinantes das taxas de vacância residenciais na RMSP e suas diferenças no centro histórico. Combinaram-se métodos de econometria espacial com modelagem hedônica aplicada a dados de setores censitários em painel para 2000 e 2010. Os resultados deste estudo sugerem que há dois grupos de determinantes: um relacionado às características locais dos mercados de habitação e outro constituído por características individuais dos edifícios. Foi identificada a diferenciação dos determinantes para o centro histórico de São Paulo, indicando a existência de um submercado com dinâmica própria nesta localização. |
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