A Universalização excludente : reflexões sobre as tendências do sistema de saúde
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Data de Publicação: | 1990 |
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Texto Completo: | http://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/7358 |
Resumo: | O artigo discute o processo de reforma do sistema de saúde brasileiro nos anos 80, a partir de uma ótica comparativa. A tese central é a de que, a despeito das intenções “publicizantes” dos defensores da Reforma Sanitária, a trajetória estrutural do sistema parece apontar para um formato mais residual do que universal. Os setores melhor remunerados da sociedade (classes médias, incluindo operários dos setores dinâmicos) vêm gradativamente deixando de ter referência no subsistema público de saúde, passando a constituir clientela para o subsistema privado. Este movimento é permitido pelo surgimento e difusão de mecanismos de financiamento (seguro-saúde, medicina de grupo, etc.) que propiciam um aumento da autonomia financeira do setor privado em relação ao setor público. Assim, o modelo da nossa Reforma Sanitária, embora se inspire no sistema inglês – acesso universal com predomínio do setor público na oferta de serviços -, vem assumindo feições semelhantes ao norte-americano, no qual a ação do Estado é residual, alcançando apenas aqueles grupos incapazes de obter acesso aos serviços privados de saúde pela via de mercado. |
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A Universalização excludente : reflexões sobre as tendências do sistema de saúdeIPEA::Política Econômica. Política Social. Planejamento::Assistência Social. Serviços Sociais::Serviços de Saúde::Sistema de SaúdeSistema de saúdeReforma SanitáriaO artigo discute o processo de reforma do sistema de saúde brasileiro nos anos 80, a partir de uma ótica comparativa. A tese central é a de que, a despeito das intenções “publicizantes” dos defensores da Reforma Sanitária, a trajetória estrutural do sistema parece apontar para um formato mais residual do que universal. Os setores melhor remunerados da sociedade (classes médias, incluindo operários dos setores dinâmicos) vêm gradativamente deixando de ter referência no subsistema público de saúde, passando a constituir clientela para o subsistema privado. Este movimento é permitido pelo surgimento e difusão de mecanismos de financiamento (seguro-saúde, medicina de grupo, etc.) que propiciam um aumento da autonomia financeira do setor privado em relação ao setor público. Assim, o modelo da nossa Reforma Sanitária, embora se inspire no sistema inglês – acesso universal com predomínio do setor público na oferta de serviços -, vem assumindo feições semelhantes ao norte-americano, no qual a ação do Estado é residual, alcançando apenas aqueles grupos incapazes de obter acesso aos serviços privados de saúde pela via de mercado.p. 139-161.Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)2016-12-21T17:35:19Z2016-12-21T17:35:19Z1990-06Planejamento e Políticas Públicas (PPP) - Artigosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfFAVERET FILHO, Paulo; OLIVEIRA, Pedro Jorge. A Universalização excludente: reflexões sobre as tendências do sistema de saúde. Planejamento e Políticas Públicas, Brasília, n. 3, p. 139-161, jan./jun.1990. Disponível em: https://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/7358http://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/7358ark:/51990/00130000017vxhttps://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/147654BrasilInstituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)É permitida a reprodução deste texto e dos dados nele contidos, desde que citada à fonte. Reproduções para fins comerciais são proibidas.info:eu-repo/semantics/openAccessFaveret Filho, PauloOliveira, Pedro Jorgeporreponame:Repositório Institucional da IPEA (RCIpea)instname:Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)instacron:IPEA2024-09-19T06:02:23Zoai:repositorio.ipea.gov.br:11058/7358Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ipea.gov.br/oai/requestsuporte@ipea.gov.bropendoar:2024-09-19T06:02:23Repositório Institucional da IPEA (RCIpea) - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)false |
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