Governança global e integração da América do Sul
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Data de Publicação: | 2011 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Livro |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da IPEA (RCIpea) |
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Texto Completo: | http://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/3004 |
Resumo: | Este livro trata dos impactos da globalização sobre a integração sul-americana. No texto que abre esta coletânea, Franklin Trein apresenta um diálogo muito proveitoso com os estudos europeus, estadunidenses e japoneses sobre a dinâmica contemporânea do sistema mundial. O autor enfatiza especialmente a questão crucial da possibilidade de que o mundo contemporâneo se configure segundo o princípio da unipolaridade, ou se desenvolva uma articulação mundial orientada por uma multipolaridade que emerge, principalmente nos últimos anos. O texto de Walter Antonio Desiderá Neto, por sua vez, pretende analisar de que maneiras a integração sul-americana pode contribuir para uma maior participação do continente na formação de regras que orientem a governança global. É caracterizado o conjunto dos recursos de poder dos países da América do Sul e sua posição no sistema internacional, e são analisados os desafios que configuram o debate e a convergência dos posicionamentos políticos dos doze países do continente. O estudo de Carlos Eduardo Martins busca analisar os desafios da América do Sul ante as mudanças da economia mundial. A análise se baseia em uma percepção abrangente da economia mundial, a qual é vista como um fenômeno de longa duração, a partir de uma perspectiva histórica. É analisada a expansão do capitalismo no mundo e sua relação com a origem de novas estruturas sociais e produtivas nas Américas. Desse modo, a história da América do Sul é situada em um plano geopolítico mundial. Carlos Walter Porto-Gonçalves, por seu turno, apresenta um esforço de síntese de suas amplas pesquisas sobre as relações entre globalização, integração regional e meio ambiente. Seu enfoque geopolítico permite aprofundar a análise dos mecanismos territoriais dos fenômenos estudados. O autor percorre um longo caminho, iniciado com os processos históricos impulsionados pela expansão do capitalismo europeu. Discorre sobre os biomas da América Latina, o mapa da diversidade biológica e cultural da Amazônia, o quadro das exportações e importações da América Latina, as águas e terras disponíveis por país, a evolução demográfica, as áreas divididas por plantações principais, ressaltando a articulação destes fenômenos só aparentemente “naturais” com as lutas políticas e sociais que eles provocam inevitavelmente. No texto seguinte, André Bojikian Calixtre e Pedro Silva Barros mostram como, a partir da experiência histórica de constituição do Mercosul, a diplomacia brasileira aprofundou as relações com seus vizinhos e caminhou para a constituição de um novo espaço de integração política que culminou na constituição da Unasul. Num primeiro movimento, os autores realizam o resgate histórico das iniciativas e projetos antecedentes, visando abordar, num segundo momento, a transição do conceito de América Latina para América do Sul. Monica Bruckmann assina um estudo abrangente e profundo sobre os recursos naturais e a geopolítica da integração sul-americana. Ela parte da relação entre os recursos naturais e o processo civilizatório para mostrar, inclusive, o caráter cíclico da exploração dos recursos naturais e sua relação com as estratégias de desenvolvimento, com especial ênfase na questão das soberanias nacionais que se convertem em soberanias regionais a serem defendidas em amplos projetos de desenvolvimento regional. A autora examina o papel da América Latina como fonte de minerais estratégicos, destacando a importância do lítio, e analisa o aparecimento de um novo ator no centro do sistema – a China, país que se configura como grande consumidor e produtor de minerais. Marcelo Dias Carcanholo avança objetivamente na análise das possibilidades e da necessidade de uma nova arquitetura financeira regional, que teria no Banco do Sul seu instrumento preferencial. Sua postura crítica não exclui as possibilidades de avanço na concretização deste banco e seus efeitos positivos sob os investimentos sociais e de infraestrutura. O trabalho de Luiz Fernando Sanná Pinto sobre a Petrobras na América do Sul consiste em um importante estudo de caso acerca das novas realidades em curso nos planos micro e macroeconômico. No todo, as pesquisas deste livro indicam o caminho para a institucionalização de um campo de estudo fundamental para a conquista do pleno desenvolvimento humano e sustentável da América do Sul |
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É caracterizado o conjunto dos recursos de poder dos países da América do Sul e sua posição no sistema internacional, e são analisados os desafios que configuram o debate e a convergência dos posicionamentos políticos dos doze países do continente. O estudo de Carlos Eduardo Martins busca analisar os desafios da América do Sul ante as mudanças da economia mundial. A análise se baseia em uma percepção abrangente da economia mundial, a qual é vista como um fenômeno de longa duração, a partir de uma perspectiva histórica. É analisada a expansão do capitalismo no mundo e sua relação com a origem de novas estruturas sociais e produtivas nas Américas. Desse modo, a história da América do Sul é situada em um plano geopolítico mundial. Carlos Walter Porto-Gonçalves, por seu turno, apresenta um esforço de síntese de suas amplas pesquisas sobre as relações entre globalização, integração regional e meio ambiente. Seu enfoque geopolítico permite aprofundar a análise dos mecanismos territoriais dos fenômenos estudados. O autor percorre um longo caminho, iniciado com os processos históricos impulsionados pela expansão do capitalismo europeu. Discorre sobre os biomas da América Latina, o mapa da diversidade biológica e cultural da Amazônia, o quadro das exportações e importações da América Latina, as águas e terras disponíveis por país, a evolução demográfica, as áreas divididas por plantações principais, ressaltando a articulação destes fenômenos só aparentemente “naturais” com as lutas políticas e sociais que eles provocam inevitavelmente. No texto seguinte, André Bojikian Calixtre e Pedro Silva Barros mostram como, a partir da experiência histórica de constituição do Mercosul, a diplomacia brasileira aprofundou as relações com seus vizinhos e caminhou para a constituição de um novo espaço de integração política que culminou na constituição da Unasul. 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Marcelo Dias Carcanholo avança objetivamente na análise das possibilidades e da necessidade de uma nova arquitetura financeira regional, que teria no Banco do Sul seu instrumento preferencial. Sua postura crítica não exclui as possibilidades de avanço na concretização deste banco e seus efeitos positivos sob os investimentos sociais e de infraestrutura. O trabalho de Luiz Fernando Sanná Pinto sobre a Petrobras na América do Sul consiste em um importante estudo de caso acerca das novas realidades em curso nos planos micro e macroeconômico. 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Reproduções para fins comerciais são proibidas.info:eu-repo/semantics/openAccessViana, André Rego (Organizador)Barros, Pedro Silva (Organizador)Calixtre, André Bojikian (Organizador)por2024-03-22T19:23:29Zoai:repositorio.ipea.gov.br:11058/3004Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ipea.gov.br/oai/requestsuporte@ipea.gov.bropendoar:2024-03-22T19:23:29Repositório Institucional da IPEA (RCIpea) - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)false |
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Este livro trata dos impactos da globalização sobre a integração sul-americana. No texto que abre esta coletânea, Franklin Trein apresenta um diálogo muito proveitoso com os estudos europeus, estadunidenses e japoneses sobre a dinâmica contemporânea do sistema mundial. O autor enfatiza especialmente a questão crucial da possibilidade de que o mundo contemporâneo se configure segundo o princípio da unipolaridade, ou se desenvolva uma articulação mundial orientada por uma multipolaridade que emerge, principalmente nos últimos anos. O texto de Walter Antonio Desiderá Neto, por sua vez, pretende analisar de que maneiras a integração sul-americana pode contribuir para uma maior participação do continente na formação de regras que orientem a governança global. É caracterizado o conjunto dos recursos de poder dos países da América do Sul e sua posição no sistema internacional, e são analisados os desafios que configuram o debate e a convergência dos posicionamentos políticos dos doze países do continente. O estudo de Carlos Eduardo Martins busca analisar os desafios da América do Sul ante as mudanças da economia mundial. A análise se baseia em uma percepção abrangente da economia mundial, a qual é vista como um fenômeno de longa duração, a partir de uma perspectiva histórica. É analisada a expansão do capitalismo no mundo e sua relação com a origem de novas estruturas sociais e produtivas nas Américas. Desse modo, a história da América do Sul é situada em um plano geopolítico mundial. Carlos Walter Porto-Gonçalves, por seu turno, apresenta um esforço de síntese de suas amplas pesquisas sobre as relações entre globalização, integração regional e meio ambiente. Seu enfoque geopolítico permite aprofundar a análise dos mecanismos territoriais dos fenômenos estudados. O autor percorre um longo caminho, iniciado com os processos históricos impulsionados pela expansão do capitalismo europeu. Discorre sobre os biomas da América Latina, o mapa da diversidade biológica e cultural da Amazônia, o quadro das exportações e importações da América Latina, as águas e terras disponíveis por país, a evolução demográfica, as áreas divididas por plantações principais, ressaltando a articulação destes fenômenos só aparentemente “naturais” com as lutas políticas e sociais que eles provocam inevitavelmente. No texto seguinte, André Bojikian Calixtre e Pedro Silva Barros mostram como, a partir da experiência histórica de constituição do Mercosul, a diplomacia brasileira aprofundou as relações com seus vizinhos e caminhou para a constituição de um novo espaço de integração política que culminou na constituição da Unasul. Num primeiro movimento, os autores realizam o resgate histórico das iniciativas e projetos antecedentes, visando abordar, num segundo momento, a transição do conceito de América Latina para América do Sul. Monica Bruckmann assina um estudo abrangente e profundo sobre os recursos naturais e a geopolítica da integração sul-americana. Ela parte da relação entre os recursos naturais e o processo civilizatório para mostrar, inclusive, o caráter cíclico da exploração dos recursos naturais e sua relação com as estratégias de desenvolvimento, com especial ênfase na questão das soberanias nacionais que se convertem em soberanias regionais a serem defendidas em amplos projetos de desenvolvimento regional. A autora examina o papel da América Latina como fonte de minerais estratégicos, destacando a importância do lítio, e analisa o aparecimento de um novo ator no centro do sistema – a China, país que se configura como grande consumidor e produtor de minerais. Marcelo Dias Carcanholo avança objetivamente na análise das possibilidades e da necessidade de uma nova arquitetura financeira regional, que teria no Banco do Sul seu instrumento preferencial. Sua postura crítica não exclui as possibilidades de avanço na concretização deste banco e seus efeitos positivos sob os investimentos sociais e de infraestrutura. O trabalho de Luiz Fernando Sanná Pinto sobre a Petrobras na América do Sul consiste em um importante estudo de caso acerca das novas realidades em curso nos planos micro e macroeconômico. No todo, as pesquisas deste livro indicam o caminho para a institucionalização de um campo de estudo fundamental para a conquista do pleno desenvolvimento humano e sustentável da América do Sul |
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