Mudanças no mercado de trabalho retiram famílias da pobreza?: determinantes domiciliares e agregados para a saída da pobreza nas regiões metropolitanas do Brasil
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Data de Publicação: | 2008 |
Outros Autores: | |
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Texto Completo: | http://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/1484 |
Resumo: | O objetivo do artigo é estimar a probabilidade de famílias saírem da pobreza, assim como os seus determinantes, considerando o tempo de permanência nesta situação. Interesse particular reside em avaliar se mudanças de curto prazo no mercado de trabalho afetam a probabilidade de famílias permanecerem na pobreza. Assumindo que as transições de pobreza ocorrem com mais freqüência em intervalos de tempo menores, dados organizados em periodicidade mensal são melhores que aqueles organizados por intervalos anuais, e por isso utilizamos o painel da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), de março de 2002 a maio de 2007. A PME é o único painel disponível no Brasil que permite análise sobre duração. Entretanto, em se tratando de pobreza, informações sobre renda não-trabalho são imprescindíveis e, dado que a PME não dispõe destes dados, imputamos a renda não-trabalho para sanar a questão. Tendo em vista que este estudo possui um período curto de acompanhamento dos domicílios, adotamos técnicas de estimação que controlam tanto a censura à direita como à esquerda. Entre os resultados, podemos destacar: quanto mais tempo a família fica na pobreza, maiores são suas chances de permanecer nela; entre as características domiciliares, a presença de idoso é a de maior impacto sobre a probabilidade de saída; os domicílios na situação de pobreza mais extrema não correspondem àqueles com maiores chances de permanência. No mercado de trabalho, mudanças na taxa de desemprego não afetam diretamente a permanência de famílias na pobreza. O efeito do desemprego ocorre, na realidade, indiretamente, por meio da sazonalidade da atividade econômica e da variação na massa salarial. |
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Mudanças no mercado de trabalho retiram famílias da pobreza?: determinantes domiciliares e agregados para a saída da pobreza nas regiões metropolitanas do BrasilTexto para Discussão (TD) 1336: Mudanças no mercado de trabalho retiram famílias da pobreza?: determinantes domiciliares e agregados para a saída da pobreza nas regiões metropolitanas do BrasilPobrezaTransposições de pobrezaMercado de trabalhoRenda não-trabalhoO objetivo do artigo é estimar a probabilidade de famílias saírem da pobreza, assim como os seus determinantes, considerando o tempo de permanência nesta situação. Interesse particular reside em avaliar se mudanças de curto prazo no mercado de trabalho afetam a probabilidade de famílias permanecerem na pobreza. Assumindo que as transições de pobreza ocorrem com mais freqüência em intervalos de tempo menores, dados organizados em periodicidade mensal são melhores que aqueles organizados por intervalos anuais, e por isso utilizamos o painel da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), de março de 2002 a maio de 2007. A PME é o único painel disponível no Brasil que permite análise sobre duração. Entretanto, em se tratando de pobreza, informações sobre renda não-trabalho são imprescindíveis e, dado que a PME não dispõe destes dados, imputamos a renda não-trabalho para sanar a questão. Tendo em vista que este estudo possui um período curto de acompanhamento dos domicílios, adotamos técnicas de estimação que controlam tanto a censura à direita como à esquerda. Entre os resultados, podemos destacar: quanto mais tempo a família fica na pobreza, maiores são suas chances de permanecer nela; entre as características domiciliares, a presença de idoso é a de maior impacto sobre a probabilidade de saída; os domicílios na situação de pobreza mais extrema não correspondem àqueles com maiores chances de permanência. No mercado de trabalho, mudanças na taxa de desemprego não afetam diretamente a permanência de famílias na pobreza. O efeito do desemprego ocorre, na realidade, indiretamente, por meio da sazonalidade da atividade econômica e da variação na massa salarial.35 p. : il.Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)Picchetti, Paulo (Colaborador)Vaz, Fábio Monteiro (Colaborador)Neri, Marcelo Cortez (Colaborador)Hirata, Guilherme Issamu (Colaborador)Machado, Ana FláviaRibas, Rafael Perez2013-07-23T14:31:47Z2013-07-23T14:31:47Z2008-05Texto para Discussão (TD)info:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/1484ark:/51990/00130000043fswww.ipea.gov.brreponame:Repositório Institucional da IPEA (RCIpea)instname:Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)instacron:IPEABrasil2002-2007Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)É permitida a reprodução deste texto e dos dados nele contidos, desde que citada a fonte. Reproduções para fins comerciais são proibidas.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2015-03-09T15:02:13Zoai:repositorio.ipea.gov.br:11058/1484Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ipea.gov.br/oai/requestsuporte@ipea.gov.bropendoar:2015-03-09T15:02:13Repositório Institucional da IPEA (RCIpea) - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)false |
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