Criminalidade e desigualdade social

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mendonça, Mario Jorge Cardoso de
Data de Publicação: 2003
Outros Autores: Loureiro, Paulo Roberto Amorim, Sachsida, Adolfo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da IPEA (RCIpea)
dARK ID: ark:/51990/0013000005fzh
Texto Completo: http://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/2897
Resumo: Este trabalho tem como objetivo lançar luz sobre a questão da criminalidade no Brasil. Muito se tem comentado acerca do impacto que fatores sociais poderiam ocasionar sobre o fenômeno da criminalidade sem, no entanto, apontar o mecanismo pelo qual essa variável atua. A nossa tese é de que o agente possui um consumo referencial imposto pelos padrões da sociedade. A partir disso, surge um componente gerado pela insatisfação decorrente do consumo não satisfeito. Utilizando, então, a análise elaborada por Becker (1968), dentro de um contexto de maximização intertemporal, é possível demonstrar que a renda exigida pelo agente, para ficar fora da criminalidade, aumenta por uma quantidade diretamente relacionada com o seu grau de insatisfação. A tarefa, a seguir, foi testar a influência que a desigualdade social tem sobre o fenômeno da criminalidade, com base na metodologia de dados em painel, para os estados brasileiros no período 1987-1995. O uso desse método permite obter estimadores que levam em conta a heterogeneidade existente entre as unidades da federação. Foi possível observar que a desigualdade social, representada pelo índice de Gini, tem efeito positivo sobre a criminalidade.
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