Gastos alimentares nas grandes regiões urbanas do Brasil: aplicação do modelo AID aos microdados da POF 1995/1996 IBGE

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Menezes, Tatiane Almeida de
Data de Publicação: 2002
Outros Autores: Silveira, Fernando Gaiger, Magalhães, Luís Carlos Garcia de, Tomich, Frederico Andrade, Vianna, Salvador Teixeira Werneck
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da IPEA (RCIpea)
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Texto Completo: http://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/2768
Resumo: Os gastos das famílias brasileiras com alimentos têm sido afetados pelas alterações na renda, e em sua distribuição, pelos preços relativos dos bens e por outras transformações estruturais ocorridas na sociedade brasileira – entre as quais podem ser citadas as associadas à urbanização e ao estilo de vida, às mudanças demográficas e às mudanças da composição das famílias – e ainda dependem do grau de instrução escolar e do sexo do chefe da unidade famíliar. O objetivo principal desse trabalho é estimar a elasticidade-renda para 39 produtos alimentares a partir do modelo AID (Almost Ideal Demand System) com expansão quadrática para gastos familiares per capita. A base de dados utilizada foi a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 1995/1996 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que abarca informações extremamente detalhadas sobre o consumo alimentar das famílias das onze maiores regiões urbanas brasileiras. As variáveis utilizadas na estimativa do modelo foram obtidas diretamente dos microdados dessa pesquisa. Isso permitiu que fossem calculados os logaritmos dos preços alimentares e do recebimento mensal familiar per capita, diretamente das observações individualizadas e não sobre os dados agregados das classes de rendas originais da POF. Os resultados encontrados permitem aprofundar o conhecimento sobre as diferenças do padrão de consumo entre as diversas classes de renda, assim como entre regiões tão distintas como Sudeste e Sul e o Nordeste brasileiro. Evidenciou-se insuficiência no consumo alimentar domiciliar no Brasil, e o fato de ela concentra-se nas famílias de baixa renda, nas quais as despesas com alimentação respondem pela maior parcela do orçamento.
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