Teoria Crítica da Criminologia – Apontamentos sobre Uma Possibilidade de Pensar o Estado de Controle Legal e Penal Brasileiro
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Data de Publicação: | 2015 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo Outros |
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Título da fonte: | Brazilian Journal of Forensic Sciences, Medical Law and Bioethics |
Texto Completo: | https://www.ipebj.com.br/bjfs/index.php/bjfs/article/view/556 |
Resumo: | O presente artigo busca pensar o controle legal e penal brasileiro a partir de uma vertente da criminologia contemporânea, justamente aquela que pondera criticamente sobre a sociedade e sobre suas formas de controle desde os seus primórdios, comentando uma breve história de seus pioneiros, bem como, os primeiros estudos que questionavam visões anteriores do crime, da criminalidade e do criminoso positivistas e, de certa forma, calcadas nas ideologias das classes dominantes e detentoras do poder, buscando escapar, por assim dizer, das amarras esquadrinhadoras de uma ciência acrítica e a-histórica. A Criminologia Radical busca estabelecer novos parâmetros de análise e, ainda, novos paradigmas de enfrentamento dos fenômenos manifestamente indesejados e arraigados nas sociedades em desenvolvimento. Busca-se pensar, a partir dessa teoria do conflito, em manifestações que dizem respeito à própria relação entre desiguais numa sociedade que, longe de harmonia e da justiça, provoca, a partir de sua própria estrutura produtiva capitalista, processos de criminalização de certas camadas sociais consideradas ?desajustadas? e calcada na contradição existente entre meios de produção e distribuição da riqueza produzida pelos homens. O que se busca é reparar a clássica cisão do ?eu? e o ?outro?, e as antinomias: os ?bons? e os ?maus?, os ?mocinhos? e os ?bandidos?, questionando políticas sociais que escamoteiam as verdadeiras causas do litígio social. A Criminologia Crítica aponta para a possibilidade de superação da exclusão social e da desigualdade entre os homens a partir da existência de relações mais autônomas e solidárias. Nesse sentido, superar a pseudoformação é tarefa imprescindível. |
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Teoria Crítica da Criminologia – Apontamentos sobre Uma Possibilidade de Pensar o Estado de Controle Legal e Penal BrasileiroCriminologyCriminologiaSocial critiqueCrítica socialCrimeCrimeCritical theoryTeoria críticaO presente artigo busca pensar o controle legal e penal brasileiro a partir de uma vertente da criminologia contemporânea, justamente aquela que pondera criticamente sobre a sociedade e sobre suas formas de controle desde os seus primórdios, comentando uma breve história de seus pioneiros, bem como, os primeiros estudos que questionavam visões anteriores do crime, da criminalidade e do criminoso positivistas e, de certa forma, calcadas nas ideologias das classes dominantes e detentoras do poder, buscando escapar, por assim dizer, das amarras esquadrinhadoras de uma ciência acrítica e a-histórica. A Criminologia Radical busca estabelecer novos parâmetros de análise e, ainda, novos paradigmas de enfrentamento dos fenômenos manifestamente indesejados e arraigados nas sociedades em desenvolvimento. Busca-se pensar, a partir dessa teoria do conflito, em manifestações que dizem respeito à própria relação entre desiguais numa sociedade que, longe de harmonia e da justiça, provoca, a partir de sua própria estrutura produtiva capitalista, processos de criminalização de certas camadas sociais consideradas ?desajustadas? e calcada na contradição existente entre meios de produção e distribuição da riqueza produzida pelos homens. O que se busca é reparar a clássica cisão do ?eu? e o ?outro?, e as antinomias: os ?bons? e os ?maus?, os ?mocinhos? e os ?bandidos?, questionando políticas sociais que escamoteiam as verdadeiras causas do litígio social. A Criminologia Crítica aponta para a possibilidade de superação da exclusão social e da desigualdade entre os homens a partir da existência de relações mais autônomas e solidárias. Nesse sentido, superar a pseudoformação é tarefa imprescindível.IPEBJ2015-07-06info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionRevisãoinfo:eu-repo/semantics/otherapplication/pdfhttps://www.ipebj.com.br/bjfs/index.php/bjfs/article/view/55610.17063/bjfs4(4)y2015366Brazilian Journal of Forensic Sciences, Medical Law and Bioethics; v. 4 n. 4 (2015): Volume 4 - Número 4; 366-383Brazilian Journal of Forensic Sciences, Medical Law and Bioethics; Vol. 4 No. 4 (2015): Volume 4 - Número 4; 366-3832237-261Xreponame:Brazilian Journal of Forensic Sciences, Medical Law and Bioethicsinstname:Instituto Paulista de Estudos Bioéticos e Jurídicos (IPEBJ)instacron:IPEBJporhttps://www.ipebj.com.br/bjfs/index.php/bjfs/article/view/556/570Arlindo da Silva LourençoRosana Cathya Ragazzoni Manginiinfo:eu-repo/semantics/openAccess2021-04-22T12:22:57Zoai:bjfs:article/556Revistahttps://www.ipebj.com.br/bjfs/index.php/bjfs/homePRIhttps://www.ipebj.com.br/bjfs/index.php/bjfs/oai2237-261X2237-261Xopendoar:2021-04-22 12:22:58.698Brazilian Journal of Forensic Sciences, Medical Law and Bioethics - Instituto Paulista de Estudos Bioéticos e Jurídicos (IPEBJ)false |
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O presente artigo busca pensar o controle legal e penal brasileiro a partir de uma vertente da criminologia contemporânea, justamente aquela que pondera criticamente sobre a sociedade e sobre suas formas de controle desde os seus primórdios, comentando uma breve história de seus pioneiros, bem como, os primeiros estudos que questionavam visões anteriores do crime, da criminalidade e do criminoso positivistas e, de certa forma, calcadas nas ideologias das classes dominantes e detentoras do poder, buscando escapar, por assim dizer, das amarras esquadrinhadoras de uma ciência acrítica e a-histórica. A Criminologia Radical busca estabelecer novos parâmetros de análise e, ainda, novos paradigmas de enfrentamento dos fenômenos manifestamente indesejados e arraigados nas sociedades em desenvolvimento. Busca-se pensar, a partir dessa teoria do conflito, em manifestações que dizem respeito à própria relação entre desiguais numa sociedade que, longe de harmonia e da justiça, provoca, a partir de sua própria estrutura produtiva capitalista, processos de criminalização de certas camadas sociais consideradas ?desajustadas? e calcada na contradição existente entre meios de produção e distribuição da riqueza produzida pelos homens. O que se busca é reparar a clássica cisão do ?eu? e o ?outro?, e as antinomias: os ?bons? e os ?maus?, os ?mocinhos? e os ?bandidos?, questionando políticas sociais que escamoteiam as verdadeiras causas do litígio social. A Criminologia Crítica aponta para a possibilidade de superação da exclusão social e da desigualdade entre os homens a partir da existência de relações mais autônomas e solidárias. Nesse sentido, superar a pseudoformação é tarefa imprescindível. |
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O presente artigo busca pensar o controle legal e penal brasileiro a partir de uma vertente da criminologia contemporânea, justamente aquela que pondera criticamente sobre a sociedade e sobre suas formas de controle desde os seus primórdios, comentando uma breve história de seus pioneiros, bem como, os primeiros estudos que questionavam visões anteriores do crime, da criminalidade e do criminoso positivistas e, de certa forma, calcadas nas ideologias das classes dominantes e detentoras do poder, buscando escapar, por assim dizer, das amarras esquadrinhadoras de uma ciência acrítica e a-histórica. A Criminologia Radical busca estabelecer novos parâmetros de análise e, ainda, novos paradigmas de enfrentamento dos fenômenos manifestamente indesejados e arraigados nas sociedades em desenvolvimento. Busca-se pensar, a partir dessa teoria do conflito, em manifestações que dizem respeito à própria relação entre desiguais numa sociedade que, longe de harmonia e da justiça, provoca, a partir de sua própria estrutura produtiva capitalista, processos de criminalização de certas camadas sociais consideradas ?desajustadas? e calcada na contradição existente entre meios de produção e distribuição da riqueza produzida pelos homens. O que se busca é reparar a clássica cisão do ?eu? e o ?outro?, e as antinomias: os ?bons? e os ?maus?, os ?mocinhos? e os ?bandidos?, questionando políticas sociais que escamoteiam as verdadeiras causas do litígio social. A Criminologia Crítica aponta para a possibilidade de superação da exclusão social e da desigualdade entre os homens a partir da existência de relações mais autônomas e solidárias. Nesse sentido, superar a pseudoformação é tarefa imprescindível. |
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