Modalidades no Transporte da Pasta Base (Cocaína) nas Fronteiras do Oeste de Mato Grosso (Brasil-Bolívia)

• Autor(a) principal: Manoel Francisco Campos Neto
• Data de Publicação: 2012
• Outros Autores: Jorge Paulete Vanrell, Clemente Calvo Castilhone Júnior
• Tipo de documento: Artigo Outros
• Idioma: por
• Título da fonte: Brazilian Journal of Forensic Sciences, Medical Law and Bioethics
• Texto Completo: https://www.ipebj.com.br/bjfs/index.php/bjfs/article/view/478
• topic: Traffic; Tráfico; Cocaine; Cocaína; Human mules; “Mulas humanas”; Trails drugs; “Trilhas” de drogas; Mato Grosso’s border (Brazil); Fronteira do Mato Grosso (Brasil)

De acordo com relatórios anuais de instituições responsáveis por monitoramento de drogas no mundo, o Brasil é considerado o maior consumidor de cocaína na América Latina, servindo como um corredor e via para a distribuição dos manufaturados no Peru, na Bolívia e na Colômbia. Nossos objetivos são fazer um inventário e pesquisa, em colaboração com o Departamento de Cáceres da Polícia Federal, o GEFron (Grupo Especial de Fronteira), e a Polícia Rodoviária Federal, sobre as formas expedientes usadas para o transporte ilegal de droga pelas fronteiras ocidentais do estado do Mato Grosso-Brasil, lado a lado com a Bolívia. O sensível aumento nas prisões envolvendo adolescentes traficando drogas de San Matias (Bolívia) para Cáceres (Brasil) motivou este estudo. A metodologia é composta de entrevistas pré-estruturadas com agentes da polícia e funcionários do GEFron e com traficantes presos; visitas a San Matias e região; fotografias de “TRILHAS” usadas pelo tráfico e marcação das principais coordenadas por satélite do GPS; pesquisa e documentação de assentamentos de “sem-terra”, facilitando o recrutamento de população carente por produtores de drogas; visitas e acompanhamento dos vários postos de controle ao longo da fronteira. Dispositivos diversos e variados estão sendo usados por traficantes para esconder as drogas, chamadas MOCÓS, as mulas também estão inovando com novos meios de transporte, a falta de equipamentos específicos e armamento moderno para exercer repressão eficaz; não há estrutura policial eficaz para monitorização da água e do ar; as regiões é ponto sensível para a estratégia nacional e regional para combater o tráfico internacional de drogas, mas requer mais atenção dos gestores e do governo, que estabelece um plano robusto nacional, incluindo o investimento local pesada.