A Morte Materna é Inaceitável
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2013 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo Outros |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Forensic Sciences, Medical Law and Bioethics |
Texto Completo: | https://www.ipebj.com.br/bjfs/index.php/bjfs/article/view/488 |
Resumo: | Conhecer e analisar a morte materna mediante as representações sociais dos profissionais de saúde no município de Ribeirão Preto-SP. No hospital observa-se o caráter funcionalista de execução das tarefas. Ao admitir uma parturiente, os profissionais já sabem de antemão o que devem realizar, o sincronismo desses fazeres só será quebrado se ocorrer uma morte, pois, nesse espaço, todos estão voltados para vida e não para morte. Utiliza-se a abordagem qualitativa. Optou-se pela análise de conteúdo e as representações sociais. Elegeu-se a técnica de entrevista semiestruturada e observação livre. A amostra foi constituída de dezessete profissionais de saúde. Nos discursos destes sujeitos sociais emergiu a categoria empírica nas representações sociais da morte materna denominada de “inaceitável”. A concepção desses em relação à vida e morte, pela ótica meramente biológica do existir, faz com que a morte se apresente como uma experiência inaceitável. A morte materna impõe limite às ações dos profissionais da saúde e faz com que reflitam sobre outros componentes, que poderão contribuir para ocorrência dessa morte. Os avanços tecnológicos, a institucionalização do parto e o aumento da cobertura no pré-natal não foram suficientes, para reduzir a mortalidade materna em Ribeirão Preto. Provavelmente há de se buscar outras formas de atender a mulher, que venham realmente modificar esse quadro, ou seja, uma assistência que procure estabelecer vínculo, onde a mulher possa participar ativamente nesse atendimento e os profissionais apreendam a atuar além do biológico, olhando o processo de saúde-doença em seu contexto sociopsíquico e cultural. |
id |
IPEBJ_dca8be2b71ef8ace91e78d6ef3212414 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:bjfs:article/488 |
network_acronym_str |
IPEBJ |
network_name_str |
Brazilian Journal of Forensic Sciences, Medical Law and Bioethics |
spelling |
A Morte Materna é InaceitávelMaternal deathMorte maternaWomans healthcareSaúde da mulherWomen’s health servicesServiço de saúde à mulherObstetric nursingEnfermagem obstétricaConhecer e analisar a morte materna mediante as representações sociais dos profissionais de saúde no município de Ribeirão Preto-SP. No hospital observa-se o caráter funcionalista de execução das tarefas. Ao admitir uma parturiente, os profissionais já sabem de antemão o que devem realizar, o sincronismo desses fazeres só será quebrado se ocorrer uma morte, pois, nesse espaço, todos estão voltados para vida e não para morte. Utiliza-se a abordagem qualitativa. Optou-se pela análise de conteúdo e as representações sociais. Elegeu-se a técnica de entrevista semiestruturada e observação livre. A amostra foi constituída de dezessete profissionais de saúde. Nos discursos destes sujeitos sociais emergiu a categoria empírica nas representações sociais da morte materna denominada de “inaceitável”. A concepção desses em relação à vida e morte, pela ótica meramente biológica do existir, faz com que a morte se apresente como uma experiência inaceitável. A morte materna impõe limite às ações dos profissionais da saúde e faz com que reflitam sobre outros componentes, que poderão contribuir para ocorrência dessa morte. Os avanços tecnológicos, a institucionalização do parto e o aumento da cobertura no pré-natal não foram suficientes, para reduzir a mortalidade materna em Ribeirão Preto. Provavelmente há de se buscar outras formas de atender a mulher, que venham realmente modificar esse quadro, ou seja, uma assistência que procure estabelecer vínculo, onde a mulher possa participar ativamente nesse atendimento e os profissionais apreendam a atuar além do biológico, olhando o processo de saúde-doença em seu contexto sociopsíquico e cultural.IPEBJ2013-12-20info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionRevisãoinfo:eu-repo/semantics/otherapplication/pdfhttps://www.ipebj.com.br/bjfs/index.php/bjfs/article/view/48810.17063/bjfs2(4)y2013342Brazilian Journal of Forensic Sciences, Medical Law and Bioethics; v. 2 n. 4 (2013): Volume 2 - Número 4; 342-352Brazilian Journal of Forensic Sciences, Medical Law and Bioethics; Vol. 2 No. 4 (2013): Volume 2 - Número 4; 342-3522237-261Xreponame:Brazilian Journal of Forensic Sciences, Medical Law and Bioethicsinstname:Instituto Paulista de Estudos Bioéticos e Jurídicos (IPEBJ)instacron:IPEBJporhttps://www.ipebj.com.br/bjfs/index.php/bjfs/article/view/488/479Maria do Vale ObaMary Cristina Ribeiro Laôrte Ramos PintoRogério José ScandiuzziDaniela Witter SoaresDaniele Francelino Gomesinfo:eu-repo/semantics/openAccess2021-04-22T12:22:57Zoai:bjfs:article/488Revistahttps://www.ipebj.com.br/bjfs/index.php/bjfs/homePRIhttps://www.ipebj.com.br/bjfs/index.php/bjfs/oai2237-261X2237-261Xopendoar:2021-04-22 12:22:57.728Brazilian Journal of Forensic Sciences, Medical Law and Bioethics - Instituto Paulista de Estudos Bioéticos e Jurídicos (IPEBJ)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
A Morte Materna é Inaceitável |
title |
A Morte Materna é Inaceitável |
spellingShingle |
A Morte Materna é Inaceitável Maria do Vale Oba Maternal death Morte materna Womans healthcare Saúde da mulher Women’s health services Serviço de saúde à mulher Obstetric nursing Enfermagem obstétrica |
title_short |
A Morte Materna é Inaceitável |
title_full |
A Morte Materna é Inaceitável |
title_fullStr |
A Morte Materna é Inaceitável |
title_full_unstemmed |
A Morte Materna é Inaceitável |
title_sort |
A Morte Materna é Inaceitável |
author |
Maria do Vale Oba |
author_facet |
Maria do Vale Oba Mary Cristina Ribeiro Laôrte Ramos Pinto Rogério José Scandiuzzi Daniela Witter Soares Daniele Francelino Gomes |
author_role |
author |
author2 |
Mary Cristina Ribeiro Laôrte Ramos Pinto Rogério José Scandiuzzi Daniela Witter Soares Daniele Francelino Gomes |
author2_role |
author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Maria do Vale Oba Mary Cristina Ribeiro Laôrte Ramos Pinto Rogério José Scandiuzzi Daniela Witter Soares Daniele Francelino Gomes |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Maternal death Morte materna Womans healthcare Saúde da mulher Women’s health services Serviço de saúde à mulher Obstetric nursing Enfermagem obstétrica |
topic |
Maternal death Morte materna Womans healthcare Saúde da mulher Women’s health services Serviço de saúde à mulher Obstetric nursing Enfermagem obstétrica |
dc.description.none.fl_txt_mv |
Conhecer e analisar a morte materna mediante as representações sociais dos profissionais de saúde no município de Ribeirão Preto-SP. No hospital observa-se o caráter funcionalista de execução das tarefas. Ao admitir uma parturiente, os profissionais já sabem de antemão o que devem realizar, o sincronismo desses fazeres só será quebrado se ocorrer uma morte, pois, nesse espaço, todos estão voltados para vida e não para morte. Utiliza-se a abordagem qualitativa. Optou-se pela análise de conteúdo e as representações sociais. Elegeu-se a técnica de entrevista semiestruturada e observação livre. A amostra foi constituída de dezessete profissionais de saúde. Nos discursos destes sujeitos sociais emergiu a categoria empírica nas representações sociais da morte materna denominada de “inaceitável”. A concepção desses em relação à vida e morte, pela ótica meramente biológica do existir, faz com que a morte se apresente como uma experiência inaceitável. A morte materna impõe limite às ações dos profissionais da saúde e faz com que reflitam sobre outros componentes, que poderão contribuir para ocorrência dessa morte. Os avanços tecnológicos, a institucionalização do parto e o aumento da cobertura no pré-natal não foram suficientes, para reduzir a mortalidade materna em Ribeirão Preto. Provavelmente há de se buscar outras formas de atender a mulher, que venham realmente modificar esse quadro, ou seja, uma assistência que procure estabelecer vínculo, onde a mulher possa participar ativamente nesse atendimento e os profissionais apreendam a atuar além do biológico, olhando o processo de saúde-doença em seu contexto sociopsíquico e cultural. |
description |
Conhecer e analisar a morte materna mediante as representações sociais dos profissionais de saúde no município de Ribeirão Preto-SP. No hospital observa-se o caráter funcionalista de execução das tarefas. Ao admitir uma parturiente, os profissionais já sabem de antemão o que devem realizar, o sincronismo desses fazeres só será quebrado se ocorrer uma morte, pois, nesse espaço, todos estão voltados para vida e não para morte. Utiliza-se a abordagem qualitativa. Optou-se pela análise de conteúdo e as representações sociais. Elegeu-se a técnica de entrevista semiestruturada e observação livre. A amostra foi constituída de dezessete profissionais de saúde. Nos discursos destes sujeitos sociais emergiu a categoria empírica nas representações sociais da morte materna denominada de “inaceitável”. A concepção desses em relação à vida e morte, pela ótica meramente biológica do existir, faz com que a morte se apresente como uma experiência inaceitável. A morte materna impõe limite às ações dos profissionais da saúde e faz com que reflitam sobre outros componentes, que poderão contribuir para ocorrência dessa morte. Os avanços tecnológicos, a institucionalização do parto e o aumento da cobertura no pré-natal não foram suficientes, para reduzir a mortalidade materna em Ribeirão Preto. Provavelmente há de se buscar outras formas de atender a mulher, que venham realmente modificar esse quadro, ou seja, uma assistência que procure estabelecer vínculo, onde a mulher possa participar ativamente nesse atendimento e os profissionais apreendam a atuar além do biológico, olhando o processo de saúde-doença em seu contexto sociopsíquico e cultural. |
publishDate |
2013 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2013-12-20 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion Revisão info:eu-repo/semantics/other |
format |
article other |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.ipebj.com.br/bjfs/index.php/bjfs/article/view/488 10.17063/bjfs2(4)y2013342 |
url |
https://www.ipebj.com.br/bjfs/index.php/bjfs/article/view/488 |
identifier_str_mv |
10.17063/bjfs2(4)y2013342 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://www.ipebj.com.br/bjfs/index.php/bjfs/article/view/488/479 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
IPEBJ |
publisher.none.fl_str_mv |
IPEBJ |
dc.source.none.fl_str_mv |
Brazilian Journal of Forensic Sciences, Medical Law and Bioethics; v. 2 n. 4 (2013): Volume 2 - Número 4; 342-352 Brazilian Journal of Forensic Sciences, Medical Law and Bioethics; Vol. 2 No. 4 (2013): Volume 2 - Número 4; 342-352 2237-261X reponame:Brazilian Journal of Forensic Sciences, Medical Law and Bioethics instname:Instituto Paulista de Estudos Bioéticos e Jurídicos (IPEBJ) instacron:IPEBJ |
reponame_str |
Brazilian Journal of Forensic Sciences, Medical Law and Bioethics |
collection |
Brazilian Journal of Forensic Sciences, Medical Law and Bioethics |
instname_str |
Instituto Paulista de Estudos Bioéticos e Jurídicos (IPEBJ) |
instacron_str |
IPEBJ |
institution |
IPEBJ |
repository.name.fl_str_mv |
Brazilian Journal of Forensic Sciences, Medical Law and Bioethics - Instituto Paulista de Estudos Bioéticos e Jurídicos (IPEBJ) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1697756591126740992 |