A Morte Materna é Inaceitável

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Maria do Vale Oba
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Mary Cristina Ribeiro Laôrte Ramos Pinto, Rogério José Scandiuzzi, Daniela Witter Soares, Daniele Francelino Gomes
Tipo de documento: Artigo Outros
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Forensic Sciences, Medical Law and Bioethics
Texto Completo: https://www.ipebj.com.br/bjfs/index.php/bjfs/article/view/488
Resumo: Conhecer e analisar a morte materna mediante as representações sociais dos profissionais de saúde no município de Ribeirão Preto-SP. No hospital observa-se o caráter funcionalista de execução das tarefas. Ao admitir uma parturiente, os profissionais já sabem de antemão o que devem realizar, o sincronismo desses fazeres só será quebrado se ocorrer uma morte, pois, nesse espaço, todos estão voltados para vida e não para morte. Utiliza-se a abordagem qualitativa. Optou-se pela análise de conteúdo e as representações sociais. Elegeu-se a técnica de entrevista semiestruturada e observação livre. A amostra foi constituída de dezessete profissionais de saúde. Nos discursos destes sujeitos sociais emergiu a categoria empírica nas representações sociais da morte materna denominada de “inaceitável”. A concepção desses em relação à vida e morte, pela ótica meramente biológica do existir, faz com que a morte se apresente como uma experiência inaceitável. A morte materna impõe limite às ações dos profissionais da saúde e faz com que reflitam sobre outros componentes, que poderão contribuir para ocorrência dessa morte. Os avanços tecnológicos, a institucionalização do parto e o aumento da cobertura no pré-natal não foram suficientes, para reduzir a mortalidade materna em Ribeirão Preto. Provavelmente há de se buscar outras formas de atender a mulher, que venham realmente modificar esse quadro, ou seja, uma assistência que procure estabelecer vínculo, onde a mulher possa participar ativamente nesse atendimento e os profissionais apreendam a atuar além do biológico, olhando o processo de saúde-doença em seu contexto sociopsíquico e cultural.
id IPEBJ_dca8be2b71ef8ace91e78d6ef3212414
oai_identifier_str oai:bjfs:article/488
network_acronym_str IPEBJ
network_name_str Brazilian Journal of Forensic Sciences, Medical Law and Bioethics
spelling A Morte Materna é InaceitávelMaternal deathMorte maternaWomans healthcareSaúde da mulherWomen’s health servicesServiço de saúde à mulherObstetric nursingEnfermagem obstétricaConhecer e analisar a morte materna mediante as representações sociais dos profissionais de saúde no município de Ribeirão Preto-SP. No hospital observa-se o caráter funcionalista de execução das tarefas. Ao admitir uma parturiente, os profissionais já sabem de antemão o que devem realizar, o sincronismo desses fazeres só será quebrado se ocorrer uma morte, pois, nesse espaço, todos estão voltados para vida e não para morte. Utiliza-se a abordagem qualitativa. Optou-se pela análise de conteúdo e as representações sociais. Elegeu-se a técnica de entrevista semiestruturada e observação livre. A amostra foi constituída de dezessete profissionais de saúde. Nos discursos destes sujeitos sociais emergiu a categoria empírica nas representações sociais da morte materna denominada de “inaceitável”. A concepção desses em relação à vida e morte, pela ótica meramente biológica do existir, faz com que a morte se apresente como uma experiência inaceitável. A morte materna impõe limite às ações dos profissionais da saúde e faz com que reflitam sobre outros componentes, que poderão contribuir para ocorrência dessa morte. Os avanços tecnológicos, a institucionalização do parto e o aumento da cobertura no pré-natal não foram suficientes, para reduzir a mortalidade materna em Ribeirão Preto. Provavelmente há de se buscar outras formas de atender a mulher, que venham realmente modificar esse quadro, ou seja, uma assistência que procure estabelecer vínculo, onde a mulher possa participar ativamente nesse atendimento e os profissionais apreendam a atuar além do biológico, olhando o processo de saúde-doença em seu contexto sociopsíquico e cultural.IPEBJ2013-12-20info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionRevisãoinfo:eu-repo/semantics/otherapplication/pdfhttps://www.ipebj.com.br/bjfs/index.php/bjfs/article/view/48810.17063/bjfs2(4)y2013342Brazilian Journal of Forensic Sciences, Medical Law and Bioethics; v. 2 n. 4 (2013): Volume 2 - Número 4; 342-352Brazilian Journal of Forensic Sciences, Medical Law and Bioethics; Vol. 2 No. 4 (2013): Volume 2 - Número 4; 342-3522237-261Xreponame:Brazilian Journal of Forensic Sciences, Medical Law and Bioethicsinstname:Instituto Paulista de Estudos Bioéticos e Jurídicos (IPEBJ)instacron:IPEBJporhttps://www.ipebj.com.br/bjfs/index.php/bjfs/article/view/488/479Maria do Vale ObaMary Cristina Ribeiro Laôrte Ramos PintoRogério José ScandiuzziDaniela Witter SoaresDaniele Francelino Gomesinfo:eu-repo/semantics/openAccess2021-04-22T12:22:57Zoai:bjfs:article/488Revistahttps://www.ipebj.com.br/bjfs/index.php/bjfs/homePRIhttps://www.ipebj.com.br/bjfs/index.php/bjfs/oai2237-261X2237-261Xopendoar:2021-04-22 12:22:57.728Brazilian Journal of Forensic Sciences, Medical Law and Bioethics - Instituto Paulista de Estudos Bioéticos e Jurídicos (IPEBJ)false
dc.title.none.fl_str_mv A Morte Materna é Inaceitável
title A Morte Materna é Inaceitável
spellingShingle A Morte Materna é Inaceitável
Maria do Vale Oba
Maternal death
Morte materna
Womans healthcare
Saúde da mulher
Women’s health services
Serviço de saúde à mulher
Obstetric nursing
Enfermagem obstétrica
title_short A Morte Materna é Inaceitável
title_full A Morte Materna é Inaceitável
title_fullStr A Morte Materna é Inaceitável
title_full_unstemmed A Morte Materna é Inaceitável
title_sort A Morte Materna é Inaceitável
author Maria do Vale Oba
author_facet Maria do Vale Oba
Mary Cristina Ribeiro Laôrte Ramos Pinto
Rogério José Scandiuzzi
Daniela Witter Soares
Daniele Francelino Gomes
author_role author
author2 Mary Cristina Ribeiro Laôrte Ramos Pinto
Rogério José Scandiuzzi
Daniela Witter Soares
Daniele Francelino Gomes
author2_role author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Maria do Vale Oba
Mary Cristina Ribeiro Laôrte Ramos Pinto
Rogério José Scandiuzzi
Daniela Witter Soares
Daniele Francelino Gomes
dc.subject.por.fl_str_mv Maternal death
Morte materna
Womans healthcare
Saúde da mulher
Women’s health services
Serviço de saúde à mulher
Obstetric nursing
Enfermagem obstétrica
topic Maternal death
Morte materna
Womans healthcare
Saúde da mulher
Women’s health services
Serviço de saúde à mulher
Obstetric nursing
Enfermagem obstétrica
dc.description.none.fl_txt_mv Conhecer e analisar a morte materna mediante as representações sociais dos profissionais de saúde no município de Ribeirão Preto-SP. No hospital observa-se o caráter funcionalista de execução das tarefas. Ao admitir uma parturiente, os profissionais já sabem de antemão o que devem realizar, o sincronismo desses fazeres só será quebrado se ocorrer uma morte, pois, nesse espaço, todos estão voltados para vida e não para morte. Utiliza-se a abordagem qualitativa. Optou-se pela análise de conteúdo e as representações sociais. Elegeu-se a técnica de entrevista semiestruturada e observação livre. A amostra foi constituída de dezessete profissionais de saúde. Nos discursos destes sujeitos sociais emergiu a categoria empírica nas representações sociais da morte materna denominada de “inaceitável”. A concepção desses em relação à vida e morte, pela ótica meramente biológica do existir, faz com que a morte se apresente como uma experiência inaceitável. A morte materna impõe limite às ações dos profissionais da saúde e faz com que reflitam sobre outros componentes, que poderão contribuir para ocorrência dessa morte. Os avanços tecnológicos, a institucionalização do parto e o aumento da cobertura no pré-natal não foram suficientes, para reduzir a mortalidade materna em Ribeirão Preto. Provavelmente há de se buscar outras formas de atender a mulher, que venham realmente modificar esse quadro, ou seja, uma assistência que procure estabelecer vínculo, onde a mulher possa participar ativamente nesse atendimento e os profissionais apreendam a atuar além do biológico, olhando o processo de saúde-doença em seu contexto sociopsíquico e cultural.
description Conhecer e analisar a morte materna mediante as representações sociais dos profissionais de saúde no município de Ribeirão Preto-SP. No hospital observa-se o caráter funcionalista de execução das tarefas. Ao admitir uma parturiente, os profissionais já sabem de antemão o que devem realizar, o sincronismo desses fazeres só será quebrado se ocorrer uma morte, pois, nesse espaço, todos estão voltados para vida e não para morte. Utiliza-se a abordagem qualitativa. Optou-se pela análise de conteúdo e as representações sociais. Elegeu-se a técnica de entrevista semiestruturada e observação livre. A amostra foi constituída de dezessete profissionais de saúde. Nos discursos destes sujeitos sociais emergiu a categoria empírica nas representações sociais da morte materna denominada de “inaceitável”. A concepção desses em relação à vida e morte, pela ótica meramente biológica do existir, faz com que a morte se apresente como uma experiência inaceitável. A morte materna impõe limite às ações dos profissionais da saúde e faz com que reflitam sobre outros componentes, que poderão contribuir para ocorrência dessa morte. Os avanços tecnológicos, a institucionalização do parto e o aumento da cobertura no pré-natal não foram suficientes, para reduzir a mortalidade materna em Ribeirão Preto. Provavelmente há de se buscar outras formas de atender a mulher, que venham realmente modificar esse quadro, ou seja, uma assistência que procure estabelecer vínculo, onde a mulher possa participar ativamente nesse atendimento e os profissionais apreendam a atuar além do biológico, olhando o processo de saúde-doença em seu contexto sociopsíquico e cultural.
publishDate 2013
dc.date.none.fl_str_mv 2013-12-20
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
Revisão
info:eu-repo/semantics/other
format article
other
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.ipebj.com.br/bjfs/index.php/bjfs/article/view/488
10.17063/bjfs2(4)y2013342
url https://www.ipebj.com.br/bjfs/index.php/bjfs/article/view/488
identifier_str_mv 10.17063/bjfs2(4)y2013342
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://www.ipebj.com.br/bjfs/index.php/bjfs/article/view/488/479
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv IPEBJ
publisher.none.fl_str_mv IPEBJ
dc.source.none.fl_str_mv Brazilian Journal of Forensic Sciences, Medical Law and Bioethics; v. 2 n. 4 (2013): Volume 2 - Número 4; 342-352
Brazilian Journal of Forensic Sciences, Medical Law and Bioethics; Vol. 2 No. 4 (2013): Volume 2 - Número 4; 342-352
2237-261X
reponame:Brazilian Journal of Forensic Sciences, Medical Law and Bioethics
instname:Instituto Paulista de Estudos Bioéticos e Jurídicos (IPEBJ)
instacron:IPEBJ
reponame_str Brazilian Journal of Forensic Sciences, Medical Law and Bioethics
collection Brazilian Journal of Forensic Sciences, Medical Law and Bioethics
instname_str Instituto Paulista de Estudos Bioéticos e Jurídicos (IPEBJ)
instacron_str IPEBJ
institution IPEBJ
repository.name.fl_str_mv Brazilian Journal of Forensic Sciences, Medical Law and Bioethics - Instituto Paulista de Estudos Bioéticos e Jurídicos (IPEBJ)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1697756591126740992