Avalia????o da contamina????o provocada por para-raios radioativos de amer??cio-241 descartados em lix??es

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MARUMO, JULIO T.
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Tese
Título da fonte: Repositório Institucional do IPEN
Texto Completo: http://repositorio.ipen.br/handle/123456789/11475
Resumo: Os p??ra-raios radioativos foram fabricados no Brasil at?? 1989, quando a Comiss??o Nacional de Energia Nuclear (CNEN) suspendeu a concess??o de uso de material radioativo nesses artefatos. Desde ent??o, o p??ra-raios radioativo tem sido substitu??do por outro, do tipo Franklin, e recolhido como rejeito radioativo. Entretanto, apenas 23 % do total fabricado no pa??s foram entregues ?? CNEN. Esta situa????o ?? preocupante, pois a chance, desses artefatos serem descartados como res??duo comum e chegarem a lix??es, ?? grande, uma vez que, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat??stica (IBGE), em 2000, 63,6 % dos munic??pios brasileiros dispunham o res??duo nesses locais. Al??m disso, o amer??cio, o radionucl??deo mais empregado, ?? classificado como sendo um elemento de alta toxicidade, quando ingerido ou inalado. No presente trabalho, foram realizados experimentos de migra????o de Am-241 em lis??metros, com o objetivo de se avaliar o risco de contamina????o provocada por p??ra-raios radioativos descartados como res??duo comum. Fontes radioativas removidas de p??ra-raios foram inseridas em lis??metros preenchidos com res??duo org??nico, coletado no restaurante do Instituto de Pesquisas Energ??ticas e Nucleares, IPEN-CNEN/SP, e chorume gerado foi periodicamente analisado para determinar suas caracter??sticas como pH, potencial redox, teor de s??lidos e a concentra????o do material radioativo. O crescimento microbiano tamb??m foi avaliado, pelo m??todo de contagem direta do n??mero de unidades formadoras de col??nia. A estimativa de risco foi baseada no c??lculo de dose para membros do p??blico, sendo a ingest??o de ??gua a via mais prov??vel de exposi????o. O valor obtido foi cerca de 1000 vezes inferior ao limite de dose anual estabelecido, pela Comiss??o Internacional de Prote????o Radiol??gica (ICRP), demonstrando que o risco de contamina????o provocado pelo descarte de p??ra-raios em lix??es ?? baixo.
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