An??lise dos indicadores epidemiol??gicos e operacionais do Programa de Controle da Turbeculose do munic??pio de Ipatinga, Minas Gerais, 2004 a 2014

• Autor(a) principal: MAGALH??ES, FL??VIA A.
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Dissertação
• Título da fonte: Repositório Institucional do IPEN
• Texto Completo: http://repositorio.ipen.br/handle/123456789/29604
• topic: epidemiology; tuberculosis; aids virus; bacterial diseases; public health; program management; preventive medicine; histological techniques; hazards; human factors engineering; regional analysis; data analysis; statistics; brazil

A tuberculose (TB) ?? uma doen??a infecciosa, cujos indicadores epidemiol??gicos demonstram se tratar de um grave problema de sa??de p??blica. O Brasil faz parte do grupo de pa??ses priorit??rios para a????es de tuberculose no mundo, e o munic??pio de Ipatinga se destaca entre os de elevada carga da doen??a no estado de Minas Gerais. O objetivo do presente estudo ?? a an??lise dos indicadores epidemiol??gicos e operacionais do Programa de Controle da Tuberculose de Ipatinga (PCT) de 2004 a 2014. A metodologia est?? focada em estudo retrospectivo, de dados de pacientes que apresentaram tuberculose no passado; observacional, pois n??o houve interven????o na hist??ria da doen??a; longitudinal de s??rie temporal para o per??odo de seguimento compreendido entre 2004 e 2014. Os dados foram obtidos por meio das fichas de notifica????o de tuberculose do Sistema de Informa????o de Agravos de Notifica????o (SINAN). Este estudo foi aprovado pelo Comit?? de ??tica em Pesquisa, CEP/UNILESTE, CAAE:45295415.4.0000.5095. Os dados cl??nicos e epidemiol??gicos predominantes entre os 1.098 casos de TB foram: sexo masculino (66,2%), faixa et??ria de 15 a 59 anos (83,9%), ra??a branca e parda (61,2%) e baixo n??vel de escolaridade com 33,5% sem entrar no ensino m??dio; casos novos (85,9%), forma pulmonar (80,9%), agravos associados como alcoolismo (15,3%), AIDS (8,3%) e diabetes (5,7%). Os indicadores evidenciaram uma queda de 24,2% na incid??ncia e 30,5 % na mortalidade, aumento na realiza????o de sorologia para HIV de 34,6% para 75,4%, baixa realiza????o de tratamento diretamente observado (11,4%) e de cultura de escarro (8,2%). A situa????o de encerramento entre casos novos foi: cura em 80,9%, abandono 10,8%, ??bitos 4,5% e transfer??ncia 3,8%. A coinfec????o TB/HIV associou-se positivamente com (p<0,05): faixa et??ria de 15 a 59 anos, acometimento extrapulmonar da doen??a e aus??ncia de confirma????o do caso. Foi encontrada associa????o significativa da cura com as vari??veis sexo feminino, aus??ncia de AIDS, de alcoolismo e de HIV; do abandono com sexo masculino, faixa et??ria de 15 a 59 anos e presen??a de confirma????o do caso; e do ??bito com faixa et??ria maior que 60 anos e alcoolismo. O PCT realiza as a????es recomendadas pelo Minist??rio da Sa??de, entretanto ?? necess??ria a intensifica????o de algumas delas em busca de melhorias. Os indicadores demonstraram bons resultados se comparados com a m??dia nacional e at?? mesmo com o estado de Minas Gerais. Para minimizar poss??veis varia????es nos resultados do PCT e erros nas notifica????es dos casos, sugere-se constante e criteriosa vigil??ncia, tanto nas a????es de controle quanto na estrutura e registro dos dados. Por fim, destaca-se a import??ncia deste trabalho em evidenciar a dimens??o da tuberculose como problema de sa??de p??blica, sendo ??til como material de apoio para orienta????o e planejamento de pol??ticas p??blicas, capaz de contribuir para o controle e erradica????o da doen??a, meta da Organiza????o Mundial da Sa??de.