Panorama assistencial e epidemiol??gico do canc??r de mama em mulheres do norte de Tocantins - Brasil

• Autor(a) principal: SULEIMAN, NADER N.
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Tese
• Título da fonte: Repositório Institucional do IPEN
• Texto Completo: http://repositorio.ipen.br/handle/123456789/27496
• topic: mammary glands; neoplasms; females; women; patients; therapy; public health; health services; hospitals; medical establishments; state government; comparative evaluations; data; efficiency; brazil

Dada a complexidade epidemiol??gica do c??ncer de mama e a escassez de estudos sistem??ticos sobre este assunto na regi??o norte do Brasil, este trabalho consiste no primeiro levantamento epidemiol??gico e assistencial em sa??de tomando como base a assist??ncia ao c??ncer de mama no norte do Tocantins, entre 2010 e 2015, tendo como refer??ncia o Hospital Regional de Aragua??na. Os objetivos foram: verificar a qualidade das informa????es cadastradas no SIS-RHC quanto ?? completude do preenchimento dos dados referentes ??s mulheres com c??ncer de mama; avaliar a varia????o temporal dos percentuais de casos em est??dios precoce e tardio da doen??a no momento do diagn??stico; analisar o tempo decorrido para se conseguir a primeira consulta, o diagn??stico e o tratamento e, analisar a associa????o entre as vari??veis sociodemogr??ficas com o estadiamento do tumor no momento do diagn??stico (precoce e tardio). Foram exclu??das as vari??veis com grau de incompletude acima de 20%. Verificou-se que: a vari??vel ocupa????o teve 35,1% de preenchimento incompleto e foi exclu??da da an??lise; escolaridade apresentou 10,6% de incompletude, alcoolismo 13,5% e tabagismo 12,8%; as demais vari??veis apresentaram menos de 10% de incompletude; a maioria das pacientes se apresentou com doen??a avan??ada (51,1%); n??o houve diferen??a dos percentuais de pacientes com est??dios precoces e tardios ao longo dos anos avaliados (p=0,757); a mediana do tempo para consulta foi de 158 dias e para tratamento foi de 182 dias; as mulheres com estadiamento precoce levaram mais tempo para iniciarem o tratamento comparativamente ??quelas com estadiamento tardio (p=0,011); as mulheres de ra??a/cor preta (p=0,012), analfabeta (p=0,003) e de proced??ncia do Par?? (p=0,009) apresentaram maior porcentagem de estadiamento tardio no momento do diagn??stico. Assim, concluiu-se que as vari??veis da base de dados s??o fontes de informa????o consider??veis; a maioria das mulheres foi diagnosticada com doen??a avan??ada e a evolu????o temporal da propor????o de casos avan??ado e precoce n??o demonstrou mudan??as variacionais ao longo dos anos; a qualidade do servi??o ambulatorial do HRA para consultas em mastologia mostrou-se prec??ria com tend??ncia a priorizar o atendimento aos pacientes com doen??a avan??ada. Por fim, foi identificado associa????o de c??ncer de mama em est??dio avan??ado nas mulheres de ra??a/cor preta, analfabetas e provenientes do estado do Par??.