Aplica????o da radia????o por feixe de el??trons como agente esterilizante de microrganismos em substrato turfoso

• Autor(a) principal: TSAI, DAVID
• Data de Publicação: 2006
• Tipo de documento: Dissertação
• Título da fonte: Repositório Institucional do IPEN
• Texto Completo: http://repositorio.ipen.br/handle/123456789/11407
• topic: peat; sterilization; gamma radiation; cobalt 60; electron beams; microorganisms

A inocula????o de sementes de leguminosas de gr??os tais como soja [Glycine max. (L.)], feij??o (Phaseolus vulgaris L.) e pastagens tem sido uma estrat??gia efetiva e conveniente para introduzir estirpes eficientes de Bradyrhizobium/Rhizobium em solos agr??colas sem hist??rico de cultivo anterior dessa cultura ou quando as estirpes ivas s??o ineficientes no processo biol??gico de aquisi????o de nitrog??nio. Atrav??s do uso de substrato turfoso previamente esterilizado como ve??culo da bact??ria, os efeitos ambientais adversos podem ser amenizados, pois este substrato atua diretamente, na sobreviv??ncia da bact??ria atrav??s do fornecimento de nutrientes. O Brasil requer que os substratos turfosos sejam pr??-esterilizados atrav??s de radia????o gama de cobalto-60 (60Co), sendo recomendada a dose de 50 kGy para uma efetiva elimina????o de pat??genos e sapr??fitas, que podem competir com a bact??ria introduzida. Recentemente, a utiliza????o de aceleradores de el??trons foi considerada uma nova alternativa de radia????o para pr??-esteriliza????o da turfa, pois, por se constituir de processo oxidativo avan??ado, gera radicais altamente reativos, eficientes na elimina????o de agentes contaminantes. Esta t??cnica ?? considerada ecologicamente mais segura que a radia????o gama, al??m de ser um processo mais r??pido. H??, por??m, a caracter??stica de ter menor profundidade de penetra????o da radia????o em rela????o ao 60Co. O presente estudo comparou o m??todo usando doses crescentes de radia????o gama por 60Co e por feixe de el??trons (0, 10, 20, 30, 40 e 50 kGy). Os dados experimentais (7, 14, 21 e 28 dias para a fase curta e 150, 180 e 210 dias para a fase longa de incuba????o) mostraram um elevado n??mero de c??lulas da bact??ria Rhizobium tropici CM-01 gusA+ inoculada em substratos turfosos submetidos aos dois processos de esteriliza????o, sendo que ambos processos atenderam aos padr??es m??nimos requeridos pelas normas brasileiras (validade de 180 dias e presen??a acima de 1 x 108 c??lulas/g de substrato). Sob doses mais elevadas, acima de 40 kGy, o m??todo por feixe de el??trons foi mais eficiente em eliminar actinobact??rias, consideradas s??rias antagonistas de bact??rias inoculantes em turfas e que surgiram ap??s 150 dias. Em um segundo estudo, usando o isolado CM-01 celB+ por um per??odo de 30 dias, os resultados confirmaram a efici??ncia do m??todo por feixe de el??trons na fase de crescimento bacteriano, mesmo para dose baixa de 10 kGy.