Epidemiologia da Leishmaniose visceral humana em Araguaia (TO) e o diagnostico sorologico da doenca

• Autor(a) principal: PARTATA, ANETTE K.
• Data de Publicação: 2010
• Tipo de documento: Tese
• Título da fonte: Repositório Institucional do IPEN
• Texto Completo: http://repositorio.ipen.br/handle/123456789/11532
• topic: human populations; protozoa; parasitic diseases; epidemiology; immunoassay; immune serums; diagnosis

A Leishmaniose Visceral Humana (LVH) ?? uma protozoonose sist??mica grave que tem apresentado mudan??a no comportamento epidemiol??gico, com uma tend??ncia crescente no Brasil. Na Regi??o Norte, com a cria????o do Estado do Tocantins em 1989, houve aumento da incid??ncia de LV em decorr??ncia das modifica????es ecoepidemiol??gicas. Foi realizado um estudo descritivo de corte transversal para avaliar o quadro da LVH no munic??pio de Aragua??na (TO) no per??odo de janeiro de 2007 a agosto de 2010. Adicionalmente, foram realizados ensaios para comparar as abordagens diagn??sticas sorol??gicas para o diagn??stico da doen??a. Na distribui????o dos casos de LVH nos munic??pios do norte do estado do Tocantins, Aragua??na representa 79,8% no total dos casos no per??odo de 2.007 a agosto de 2.010. Os resultados deste estudo revelaram que, nesse per??odo, 769 casos foram confirmados, sendo que 98,7% foram de casos novos. Houve um predom??nio do sexo masculino de 57,8% e a faixa et??ria mais acometida foi a de 0 a 14 anos, com 71,3% dos casos notificados. Na distribui????o por zona de resid??ncia, foram notificados 98,5% dos casos na zona urbana, mostrando a urbaniza????o da doen??a. Nos ensaios, foram utilizadas uma abordagem usual da rede do SUS: um ensaio de imunofluoresc??ncia indireta (IFI), um ELISA convencional, somados a um ELISA dissociativo. Os ensaios de ELISA apresentaram alta reprodutibilidade. Os pacientes positivos ?? IFI apresentaram uma frequ??ncia de 4% de falso-positivos quando testados em ambos os ELISA. Entre os pacientes suspeitos, houve uma alta frequ??ncia de positivos ao ELISA, maior no ELISA dissociativo do que no ELISA convencional. Na popula????o assintom??tica, houve um achado de amostras positivas ao ELISA dissociativo. A presen??a de imunocomplexos em pacientes assintom??ticos no in??cio da doen??a ou sua presen??a em pacientes com resposta humoral menos intensa, como crian??as, pode explicar estes achados de maior positividade no ELISA dissociativo. A confirma????o destes resultados depende da pesquisa parasitol??gica em pacientes positivos ao ELISA dissociativo. Estes resultados mostram a import??ncia de novas abordagens sorol??gicas no diagn??stico da LVH que viabilizariam uma triagem de paciente para diagn??stico parasitol??gico invasivo.