Percepção das mulheres homoafetivas frente a assistência de enfermagem na saúde da mulher
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2014 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | ID on line. Revista de psicologia |
Texto Completo: | https://idonline.emnuvens.com.br/id/article/view/269 |
Resumo: | Comprometido com a filosofia de saúde enquanto direito e preocupado em garantir à mulher assistência integral, o Sistema Único de Saúde enfatizou a preocupação com seu corpo de forma integral, criando o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher, porém desde sua implantação foram privilegiadas mulheres heterossexuais, com enfoque particular na saúde reprodutiva. Tendo assim como conseqüência um provável impacto negativo na qualidade da assistência, especialmente na atenção a saúde de mulheres homoafetivas, onde deve ser considerada a relevância da abordagem de suas sexualidades, para que assim aconteça uma orientação e uma educação correta. Com esse estudo objetivou-se conhecer as possíveis barreiras enfrentadas pelas mulheres homoafetivas na assistência de enfermagem na unidade de saúde. Trata-se de um estudo de caráter descritivo com uma abordagem qualitativa, realizado na Associação de Homossexuais de Iguatu - Ceará. A pesquisa cumpriu os requisitos da Resolução Nº. 196/96, do Conselho Nacional de Saúde/Ministério da Saúde. A amostra compôs-se de 12 sujeitos utilizando uma entrevista semi-estruturada, onde ocorreu no mês de maio de 2011. Os dados foram analisados mediante a técnica de análise de conteúdo e em seguida organizados em categorias com base nos objetivos do estudo. Mediante entrevista verificou-se que prevaleceu à faixa etária de 19 á 22 anos de idade, a maioria com ensino médio completo, e uma renda referente de 2 (dois) salários mínimos, além de estarem distribuías em profissões diversas. Observou-se que a maioria nunca procurou o atendimento. Acreditam que os enfermeiros ainda não estão preparados humanamente para lidar com a homoafetividade feminina e que a educação em saúde não vem sendo trabalhada de forma correta, pois visa à mulher como ser heterossexual. Da mesma forma, relatam também que não existe no conhecimento das mulheres nenhuma atividade realizada para o grupo em questão. Por fim, as mesmas sugeriram que fossem realizados mais treinamentos específicos para os profissionais saberem lidar melhor com o grupo em estudo durante a assistência, para assim melhorar a prevenção de doenças e promoção da saúde dessas mulheres focando principalmente no aspecto da homoafetividade. Conhecer a opção sexual individual do paciente se torna de importância absoluta diante da assistência fazendo de suma necessidade a indagação da mesma para que assim seja feito o atendimento de forma individual e correta, tentando tornar a assistência eficaz e derrubando de uma só vez a homofobia em direção paciente/profissional ou profissional/paciente. |
id |
IPES_2a2fd649673c11b6f89d63fedb1d856c |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:idonline.emnuvens.com.br:article/269 |
network_acronym_str |
IPES |
network_name_str |
ID on line. Revista de psicologia |
spelling |
Percepção das mulheres homoafetivas frente a assistência de enfermagem na saúde da mulherSaúde da Mulher, Mulheres Homoafetivas, Assistência a Saúde.Comprometido com a filosofia de saúde enquanto direito e preocupado em garantir à mulher assistência integral, o Sistema Único de Saúde enfatizou a preocupação com seu corpo de forma integral, criando o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher, porém desde sua implantação foram privilegiadas mulheres heterossexuais, com enfoque particular na saúde reprodutiva. Tendo assim como conseqüência um provável impacto negativo na qualidade da assistência, especialmente na atenção a saúde de mulheres homoafetivas, onde deve ser considerada a relevância da abordagem de suas sexualidades, para que assim aconteça uma orientação e uma educação correta. Com esse estudo objetivou-se conhecer as possíveis barreiras enfrentadas pelas mulheres homoafetivas na assistência de enfermagem na unidade de saúde. Trata-se de um estudo de caráter descritivo com uma abordagem qualitativa, realizado na Associação de Homossexuais de Iguatu - Ceará. A pesquisa cumpriu os requisitos da Resolução Nº. 196/96, do Conselho Nacional de Saúde/Ministério da Saúde. A amostra compôs-se de 12 sujeitos utilizando uma entrevista semi-estruturada, onde ocorreu no mês de maio de 2011. Os dados foram analisados mediante a técnica de análise de conteúdo e em seguida organizados em categorias com base nos objetivos do estudo. Mediante entrevista verificou-se que prevaleceu à faixa etária de 19 á 22 anos de idade, a maioria com ensino médio completo, e uma renda referente de 2 (dois) salários mínimos, além de estarem distribuías em profissões diversas. Observou-se que a maioria nunca procurou o atendimento. Acreditam que os enfermeiros ainda não estão preparados humanamente para lidar com a homoafetividade feminina e que a educação em saúde não vem sendo trabalhada de forma correta, pois visa à mulher como ser heterossexual. Da mesma forma, relatam também que não existe no conhecimento das mulheres nenhuma atividade realizada para o grupo em questão. Por fim, as mesmas sugeriram que fossem realizados mais treinamentos específicos para os profissionais saberem lidar melhor com o grupo em estudo durante a assistência, para assim melhorar a prevenção de doenças e promoção da saúde dessas mulheres focando principalmente no aspecto da homoafetividade. Conhecer a opção sexual individual do paciente se torna de importância absoluta diante da assistência fazendo de suma necessidade a indagação da mesma para que assim seja feito o atendimento de forma individual e correta, tentando tornar a assistência eficaz e derrubando de uma só vez a homofobia em direção paciente/profissional ou profissional/paciente.INSTITUTO PERSONA DE EDUCAÇÃO SUPERIORTeodoro, Ilara Parente PinheiroFelipe, Nágila Kelly SidroneTeodoro, Lívia Parente Pinheiro2014-02-28info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://idonline.emnuvens.com.br/id/article/view/26910.14295/idonline.v8i22.269ID on line. Revista de psicologia; v. 8, n. 22 (2014); 130-1441981-1179reponame:ID on line. Revista de psicologiainstname:Instituto Persona de Educação Superiorinstacron:IPESporhttps://idonline.emnuvens.com.br/id/article/view/269/368Direitos autorais 2021 Ilara Parente Pinheiro Teodoro, Nágila Kelly Sidrone Felipe, Lívia Parente Pinheiro Teodorohttps://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccess2016-09-12T15:07:38Zhttps://idonline.emnuvens.com.br/id/indexONG |
dc.title.none.fl_str_mv |
Percepção das mulheres homoafetivas frente a assistência de enfermagem na saúde da mulher |
title |
Percepção das mulheres homoafetivas frente a assistência de enfermagem na saúde da mulher |
spellingShingle |
Percepção das mulheres homoafetivas frente a assistência de enfermagem na saúde da mulher Teodoro, Ilara Parente Pinheiro Saúde da Mulher, Mulheres Homoafetivas, Assistência a Saúde. |
title_short |
Percepção das mulheres homoafetivas frente a assistência de enfermagem na saúde da mulher |
title_full |
Percepção das mulheres homoafetivas frente a assistência de enfermagem na saúde da mulher |
title_fullStr |
Percepção das mulheres homoafetivas frente a assistência de enfermagem na saúde da mulher |
title_full_unstemmed |
Percepção das mulheres homoafetivas frente a assistência de enfermagem na saúde da mulher |
title_sort |
Percepção das mulheres homoafetivas frente a assistência de enfermagem na saúde da mulher |
author |
Teodoro, Ilara Parente Pinheiro |
author_facet |
Teodoro, Ilara Parente Pinheiro Felipe, Nágila Kelly Sidrone Teodoro, Lívia Parente Pinheiro |
author_role |
author |
author2 |
Felipe, Nágila Kelly Sidrone Teodoro, Lívia Parente Pinheiro |
author2_role |
author author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
|
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Teodoro, Ilara Parente Pinheiro Felipe, Nágila Kelly Sidrone Teodoro, Lívia Parente Pinheiro |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Saúde da Mulher, Mulheres Homoafetivas, Assistência a Saúde. |
topic |
Saúde da Mulher, Mulheres Homoafetivas, Assistência a Saúde. |
dc.description.none.fl_txt_mv |
Comprometido com a filosofia de saúde enquanto direito e preocupado em garantir à mulher assistência integral, o Sistema Único de Saúde enfatizou a preocupação com seu corpo de forma integral, criando o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher, porém desde sua implantação foram privilegiadas mulheres heterossexuais, com enfoque particular na saúde reprodutiva. Tendo assim como conseqüência um provável impacto negativo na qualidade da assistência, especialmente na atenção a saúde de mulheres homoafetivas, onde deve ser considerada a relevância da abordagem de suas sexualidades, para que assim aconteça uma orientação e uma educação correta. Com esse estudo objetivou-se conhecer as possíveis barreiras enfrentadas pelas mulheres homoafetivas na assistência de enfermagem na unidade de saúde. Trata-se de um estudo de caráter descritivo com uma abordagem qualitativa, realizado na Associação de Homossexuais de Iguatu - Ceará. A pesquisa cumpriu os requisitos da Resolução Nº. 196/96, do Conselho Nacional de Saúde/Ministério da Saúde. A amostra compôs-se de 12 sujeitos utilizando uma entrevista semi-estruturada, onde ocorreu no mês de maio de 2011. Os dados foram analisados mediante a técnica de análise de conteúdo e em seguida organizados em categorias com base nos objetivos do estudo. Mediante entrevista verificou-se que prevaleceu à faixa etária de 19 á 22 anos de idade, a maioria com ensino médio completo, e uma renda referente de 2 (dois) salários mínimos, além de estarem distribuías em profissões diversas. Observou-se que a maioria nunca procurou o atendimento. Acreditam que os enfermeiros ainda não estão preparados humanamente para lidar com a homoafetividade feminina e que a educação em saúde não vem sendo trabalhada de forma correta, pois visa à mulher como ser heterossexual. Da mesma forma, relatam também que não existe no conhecimento das mulheres nenhuma atividade realizada para o grupo em questão. Por fim, as mesmas sugeriram que fossem realizados mais treinamentos específicos para os profissionais saberem lidar melhor com o grupo em estudo durante a assistência, para assim melhorar a prevenção de doenças e promoção da saúde dessas mulheres focando principalmente no aspecto da homoafetividade. Conhecer a opção sexual individual do paciente se torna de importância absoluta diante da assistência fazendo de suma necessidade a indagação da mesma para que assim seja feito o atendimento de forma individual e correta, tentando tornar a assistência eficaz e derrubando de uma só vez a homofobia em direção paciente/profissional ou profissional/paciente. |
description |
Comprometido com a filosofia de saúde enquanto direito e preocupado em garantir à mulher assistência integral, o Sistema Único de Saúde enfatizou a preocupação com seu corpo de forma integral, criando o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher, porém desde sua implantação foram privilegiadas mulheres heterossexuais, com enfoque particular na saúde reprodutiva. Tendo assim como conseqüência um provável impacto negativo na qualidade da assistência, especialmente na atenção a saúde de mulheres homoafetivas, onde deve ser considerada a relevância da abordagem de suas sexualidades, para que assim aconteça uma orientação e uma educação correta. Com esse estudo objetivou-se conhecer as possíveis barreiras enfrentadas pelas mulheres homoafetivas na assistência de enfermagem na unidade de saúde. Trata-se de um estudo de caráter descritivo com uma abordagem qualitativa, realizado na Associação de Homossexuais de Iguatu - Ceará. A pesquisa cumpriu os requisitos da Resolução Nº. 196/96, do Conselho Nacional de Saúde/Ministério da Saúde. A amostra compôs-se de 12 sujeitos utilizando uma entrevista semi-estruturada, onde ocorreu no mês de maio de 2011. Os dados foram analisados mediante a técnica de análise de conteúdo e em seguida organizados em categorias com base nos objetivos do estudo. Mediante entrevista verificou-se que prevaleceu à faixa etária de 19 á 22 anos de idade, a maioria com ensino médio completo, e uma renda referente de 2 (dois) salários mínimos, além de estarem distribuías em profissões diversas. Observou-se que a maioria nunca procurou o atendimento. Acreditam que os enfermeiros ainda não estão preparados humanamente para lidar com a homoafetividade feminina e que a educação em saúde não vem sendo trabalhada de forma correta, pois visa à mulher como ser heterossexual. Da mesma forma, relatam também que não existe no conhecimento das mulheres nenhuma atividade realizada para o grupo em questão. Por fim, as mesmas sugeriram que fossem realizados mais treinamentos específicos para os profissionais saberem lidar melhor com o grupo em estudo durante a assistência, para assim melhorar a prevenção de doenças e promoção da saúde dessas mulheres focando principalmente no aspecto da homoafetividade. Conhecer a opção sexual individual do paciente se torna de importância absoluta diante da assistência fazendo de suma necessidade a indagação da mesma para que assim seja feito o atendimento de forma individual e correta, tentando tornar a assistência eficaz e derrubando de uma só vez a homofobia em direção paciente/profissional ou profissional/paciente. |
publishDate |
2014 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2014-02-28 |
dc.type.none.fl_str_mv |
|
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://idonline.emnuvens.com.br/id/article/view/269 10.14295/idonline.v8i22.269 |
url |
https://idonline.emnuvens.com.br/id/article/view/269 |
identifier_str_mv |
10.14295/idonline.v8i22.269 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://idonline.emnuvens.com.br/id/article/view/269/368 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Direitos autorais 2021 Ilara Parente Pinheiro Teodoro, Nágila Kelly Sidrone Felipe, Lívia Parente Pinheiro Teodoro https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Direitos autorais 2021 Ilara Parente Pinheiro Teodoro, Nágila Kelly Sidrone Felipe, Lívia Parente Pinheiro Teodoro https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
INSTITUTO PERSONA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR |
publisher.none.fl_str_mv |
INSTITUTO PERSONA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR |
dc.source.none.fl_str_mv |
ID on line. Revista de psicologia; v. 8, n. 22 (2014); 130-144 1981-1179 reponame:ID on line. Revista de psicologia instname:Instituto Persona de Educação Superior instacron:IPES |
instname_str |
Instituto Persona de Educação Superior |
instacron_str |
IPES |
institution |
IPES |
reponame_str |
ID on line. Revista de psicologia |
collection |
ID on line. Revista de psicologia |
repository.name.fl_str_mv |
|
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1723037426940641280 |