MEDULOBLASTOMA ANAPLÁSICO: UM RELATO DE CASO
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | ID on line. Revista de psicologia |
Texto Completo: | https://idonline.emnuvens.com.br/id/article/view/2013 |
Resumo: | Introdução: As neoplasias cerebrais são os tumores sólidos mais comuns em crianças, correspondendo a 20% do total nessa população. Na maioria dos casos, o diagnóstico é tardio, com doença avançada e de pior prognóstico, representando a causa mais comum de morte dentre os carcinomas que ocorrem na infância. Múltiplos fatores podem contribuir para o atraso no diagnóstico, como a variabilidade clínica conforme a sua localização, o tipo histopatológico, a taxa de crescimento tumoral e a idade da criança. Objetivo: O objetivo desse trabalho consiste em refletir sobre as nuances da prática clínica, enfatizando os aspectos que podem promover o diagnóstico precoce de tumores do sistema nervoso central (SNC) na população pediátrica. Caso: K.G.O.S., sexo masculino, oito anos de idade, com cefaleia, náuseas e vômitos em jato, inicialmente medicado pelos pais com sintomáticos. Sem melhora, procuraram à Unidade Básica de Saúde, na qual também não houve resolução do problema. Assim, com a persistência do quadro, foi atendido, por duas vezes, em emergência pediátrica, onde foi administrado antiemético, sem qualquer investigação ou encaminhamento. A continuidade do quadro clínico, cerca de trinta dias após seu início, levou o genitor e a criança ao ambulatório de pediatria do Posto de Assistência Médica - PAM Crato, em abril de 2017. Nesse atendimento, diante de sinais e sintomas sugestivos de aumento de pressão intracraniana (PIC), foi aventada a hipótese de tumor cerebral, solicitado ressonância magnética do crânio, que confirmou massa craniana em fossa posterior, bem como hidrocefalia. O paciente foi então encaminhado ao centro de referência em oncologia pediátrica, em Fortaleza, no qual realizou procedimentos diagnósticos e terapêuticos. O exame histopatológico definiu tratar-se de meduloblastoma anaplásico, com características prognósticas desfavoráveis, ocorrendo o óbito da criança no vigésimo sétimo dia de pós-operatório. Conclusão: Conclui-se que a relevância desse caso consiste em promover uma reflexão tanto sobre fatores que dificultam o diagnóstico de tumor cerebral, quanto da importância em reconhecer os sinais de hipertensão intracraniana (HIC) e sua correlação com tumores de SNC. Ademais, considera-se que, apesar do desfecho negativo, o diagnóstico correto foi imprescindível para o encaminhamento ao serviço de referência, possibilitando o acesso do paciente ao diagnóstico definitivo e proposta terapêutica apropriada. |
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MEDULOBLASTOMA ANAPLÁSICO: UM RELATO DE CASOMeduloblastoma; Meduloblastoma Anaplásico; Tumor de Sistema NervosoIntrodução: As neoplasias cerebrais são os tumores sólidos mais comuns em crianças, correspondendo a 20% do total nessa população. Na maioria dos casos, o diagnóstico é tardio, com doença avançada e de pior prognóstico, representando a causa mais comum de morte dentre os carcinomas que ocorrem na infância. Múltiplos fatores podem contribuir para o atraso no diagnóstico, como a variabilidade clínica conforme a sua localização, o tipo histopatológico, a taxa de crescimento tumoral e a idade da criança. Objetivo: O objetivo desse trabalho consiste em refletir sobre as nuances da prática clínica, enfatizando os aspectos que podem promover o diagnóstico precoce de tumores do sistema nervoso central (SNC) na população pediátrica. Caso: K.G.O.S., sexo masculino, oito anos de idade, com cefaleia, náuseas e vômitos em jato, inicialmente medicado pelos pais com sintomáticos. Sem melhora, procuraram à Unidade Básica de Saúde, na qual também não houve resolução do problema. Assim, com a persistência do quadro, foi atendido, por duas vezes, em emergência pediátrica, onde foi administrado antiemético, sem qualquer investigação ou encaminhamento. A continuidade do quadro clínico, cerca de trinta dias após seu início, levou o genitor e a criança ao ambulatório de pediatria do Posto de Assistência Médica - PAM Crato, em abril de 2017. Nesse atendimento, diante de sinais e sintomas sugestivos de aumento de pressão intracraniana (PIC), foi aventada a hipótese de tumor cerebral, solicitado ressonância magnética do crânio, que confirmou massa craniana em fossa posterior, bem como hidrocefalia. O paciente foi então encaminhado ao centro de referência em oncologia pediátrica, em Fortaleza, no qual realizou procedimentos diagnósticos e terapêuticos. O exame histopatológico definiu tratar-se de meduloblastoma anaplásico, com características prognósticas desfavoráveis, ocorrendo o óbito da criança no vigésimo sétimo dia de pós-operatório. Conclusão: Conclui-se que a relevância desse caso consiste em promover uma reflexão tanto sobre fatores que dificultam o diagnóstico de tumor cerebral, quanto da importância em reconhecer os sinais de hipertensão intracraniana (HIC) e sua correlação com tumores de SNC. Ademais, considera-se que, apesar do desfecho negativo, o diagnóstico correto foi imprescindível para o encaminhamento ao serviço de referência, possibilitando o acesso do paciente ao diagnóstico definitivo e proposta terapêutica apropriada. INSTITUTO PERSONA DE EDUCAÇÃO SUPERIORAlmino, Maria Isabel RolimLucena, Ana Cristina Ferreira deSantos, Diego Oliveira dosAragão, Alexia Maria FrançaSilva, João Marcos Ferreira de LimaOliveira, Maria Joatônia Caldas Rolim de2019-09-08info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://idonline.emnuvens.com.br/id/article/view/201310.14295/idonline.v13i46.2013ID on line. Revista de psicologia; v. 13, n. 46 (2019): EDIÇÃO ESPECIAL – ANAIS DO II CURSO DE ONCOLOGIA DO CARIRI E XII JORNADA CEARENSE DE MASTOLOGIA; 471981-1179reponame:ID on line. Revista de psicologiainstname:Instituto Persona de Educação Superiorinstacron:IPESporhttps://idonline.emnuvens.com.br/id/article/view/2013/3006Direitos autorais 2021 Maria Isabel Rolim Almino, Ana Cristina Ferreira de Lucena, Diego Oliveira dos Santos, Alexia Maria França Aragão, João Marcos Ferreira de Lima Silva, Maria Joatônia Caldas Rolim de Oliveirahttps://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccess2019-09-09T00:56:20Zhttps://idonline.emnuvens.com.br/id/indexONG |
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Introdução: As neoplasias cerebrais são os tumores sólidos mais comuns em crianças, correspondendo a 20% do total nessa população. Na maioria dos casos, o diagnóstico é tardio, com doença avançada e de pior prognóstico, representando a causa mais comum de morte dentre os carcinomas que ocorrem na infância. Múltiplos fatores podem contribuir para o atraso no diagnóstico, como a variabilidade clínica conforme a sua localização, o tipo histopatológico, a taxa de crescimento tumoral e a idade da criança. Objetivo: O objetivo desse trabalho consiste em refletir sobre as nuances da prática clínica, enfatizando os aspectos que podem promover o diagnóstico precoce de tumores do sistema nervoso central (SNC) na população pediátrica. Caso: K.G.O.S., sexo masculino, oito anos de idade, com cefaleia, náuseas e vômitos em jato, inicialmente medicado pelos pais com sintomáticos. Sem melhora, procuraram à Unidade Básica de Saúde, na qual também não houve resolução do problema. Assim, com a persistência do quadro, foi atendido, por duas vezes, em emergência pediátrica, onde foi administrado antiemético, sem qualquer investigação ou encaminhamento. A continuidade do quadro clínico, cerca de trinta dias após seu início, levou o genitor e a criança ao ambulatório de pediatria do Posto de Assistência Médica - PAM Crato, em abril de 2017. Nesse atendimento, diante de sinais e sintomas sugestivos de aumento de pressão intracraniana (PIC), foi aventada a hipótese de tumor cerebral, solicitado ressonância magnética do crânio, que confirmou massa craniana em fossa posterior, bem como hidrocefalia. O paciente foi então encaminhado ao centro de referência em oncologia pediátrica, em Fortaleza, no qual realizou procedimentos diagnósticos e terapêuticos. O exame histopatológico definiu tratar-se de meduloblastoma anaplásico, com características prognósticas desfavoráveis, ocorrendo o óbito da criança no vigésimo sétimo dia de pós-operatório. Conclusão: Conclui-se que a relevância desse caso consiste em promover uma reflexão tanto sobre fatores que dificultam o diagnóstico de tumor cerebral, quanto da importância em reconhecer os sinais de hipertensão intracraniana (HIC) e sua correlação com tumores de SNC. Ademais, considera-se que, apesar do desfecho negativo, o diagnóstico correto foi imprescindível para o encaminhamento ao serviço de referência, possibilitando o acesso do paciente ao diagnóstico definitivo e proposta terapêutica apropriada. |
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Introdução: As neoplasias cerebrais são os tumores sólidos mais comuns em crianças, correspondendo a 20% do total nessa população. Na maioria dos casos, o diagnóstico é tardio, com doença avançada e de pior prognóstico, representando a causa mais comum de morte dentre os carcinomas que ocorrem na infância. Múltiplos fatores podem contribuir para o atraso no diagnóstico, como a variabilidade clínica conforme a sua localização, o tipo histopatológico, a taxa de crescimento tumoral e a idade da criança. Objetivo: O objetivo desse trabalho consiste em refletir sobre as nuances da prática clínica, enfatizando os aspectos que podem promover o diagnóstico precoce de tumores do sistema nervoso central (SNC) na população pediátrica. Caso: K.G.O.S., sexo masculino, oito anos de idade, com cefaleia, náuseas e vômitos em jato, inicialmente medicado pelos pais com sintomáticos. Sem melhora, procuraram à Unidade Básica de Saúde, na qual também não houve resolução do problema. Assim, com a persistência do quadro, foi atendido, por duas vezes, em emergência pediátrica, onde foi administrado antiemético, sem qualquer investigação ou encaminhamento. A continuidade do quadro clínico, cerca de trinta dias após seu início, levou o genitor e a criança ao ambulatório de pediatria do Posto de Assistência Médica - PAM Crato, em abril de 2017. Nesse atendimento, diante de sinais e sintomas sugestivos de aumento de pressão intracraniana (PIC), foi aventada a hipótese de tumor cerebral, solicitado ressonância magnética do crânio, que confirmou massa craniana em fossa posterior, bem como hidrocefalia. O paciente foi então encaminhado ao centro de referência em oncologia pediátrica, em Fortaleza, no qual realizou procedimentos diagnósticos e terapêuticos. O exame histopatológico definiu tratar-se de meduloblastoma anaplásico, com características prognósticas desfavoráveis, ocorrendo o óbito da criança no vigésimo sétimo dia de pós-operatório. Conclusão: Conclui-se que a relevância desse caso consiste em promover uma reflexão tanto sobre fatores que dificultam o diagnóstico de tumor cerebral, quanto da importância em reconhecer os sinais de hipertensão intracraniana (HIC) e sua correlação com tumores de SNC. Ademais, considera-se que, apesar do desfecho negativo, o diagnóstico correto foi imprescindível para o encaminhamento ao serviço de referência, possibilitando o acesso do paciente ao diagnóstico definitivo e proposta terapêutica apropriada. |
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