MEDULOBLASTOMA ANAPLÁSICO: UM RELATO DE CASO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Almino, Maria Isabel Rolim
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Lucena, Ana Cristina Ferreira de, Santos, Diego Oliveira dos, Aragão, Alexia Maria França, Silva, João Marcos Ferreira de Lima, Oliveira, Maria Joatônia Caldas Rolim de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: ID on line. Revista de psicologia
Texto Completo: https://idonline.emnuvens.com.br/id/article/view/2013
Resumo: Introdução: As neoplasias cerebrais são os tumores sólidos mais comuns em crianças, correspondendo a 20% do total nessa população. Na maioria dos casos, o diagnóstico é tardio, com doença avançada e de pior prognóstico, representando a causa mais comum de morte dentre os carcinomas que ocorrem na infância. Múltiplos fatores podem contribuir para o atraso no diagnóstico, como a variabilidade clínica conforme a sua localização, o tipo histopatológico, a taxa de crescimento tumoral e a idade da criança. Objetivo: O objetivo desse trabalho consiste em refletir sobre as nuances da prática clínica, enfatizando os aspectos que podem promover o diagnóstico precoce de tumores do sistema nervoso central (SNC) na população pediátrica. Caso: K.G.O.S., sexo masculino, oito anos de idade, com cefaleia, náuseas e vômitos em jato, inicialmente medicado pelos pais com sintomáticos. Sem melhora, procuraram à Unidade Básica de Saúde, na qual também não houve resolução do problema. Assim, com a persistência do quadro, foi atendido, por duas vezes, em emergência pediátrica, onde foi administrado antiemético, sem qualquer investigação ou encaminhamento. A continuidade do quadro clínico, cerca de trinta dias após seu início, levou o genitor e a criança ao ambulatório de pediatria do Posto de Assistência Médica - PAM Crato, em abril de 2017. Nesse atendimento, diante de sinais e sintomas sugestivos de aumento de pressão intracraniana (PIC), foi aventada a hipótese de tumor cerebral, solicitado ressonância magnética do crânio, que confirmou massa craniana em fossa posterior, bem como hidrocefalia. O paciente foi então encaminhado ao centro de referência em oncologia pediátrica, em Fortaleza, no qual realizou procedimentos diagnósticos e terapêuticos. O exame histopatológico definiu tratar-se de meduloblastoma anaplásico, com características prognósticas desfavoráveis, ocorrendo o óbito da criança no vigésimo sétimo dia de pós-operatório. Conclusão: Conclui-se que a relevância desse caso consiste em promover uma reflexão tanto sobre fatores que dificultam o diagnóstico de tumor cerebral, quanto da importância em reconhecer os sinais de hipertensão intracraniana (HIC) e sua correlação com tumores de SNC. Ademais, considera-se que, apesar do desfecho negativo, o diagnóstico correto foi imprescindível para o encaminhamento ao serviço de referência, possibilitando o acesso do paciente ao diagnóstico definitivo e proposta terapêutica apropriada.    
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